TRINTA E UM.

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Acordei com a cama vazia, fazendo um biquinho por não sentir o peso dos meus bichinhos no meu pé, como toda manhã

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Acordei com a cama vazia, fazendo um biquinho por não sentir o peso dos meus bichinhos no meu pé, como toda manhã.

Olhei para o quarto, vendo os balões no teto e em seguida, pra minha mão, rindo sozinha e dando um gritinho.

Vou explodir de amor, agora é sério.

Levantei, fazendo minhas higienes e colocando um conjunto de moletom.,  meu mood favorito no frio.

Arrumei a cama e saí, dando um passinho pra trás assim que vi ele no corredor, com o moletom dele que eu tinha trazido, um pano amarrado cobrindo seu rosto e óculos escuro, segurando diversas sacolas.

- Que susto, garoto. - Ri.

- Tava torcendo pra chegar antes de você acordar. - Colocou as sacolas no sofá, desamarrando o pano e se aproximando, segurando meu rosto. - Bom dia, minha noiva. - Sorri.

- Bom dia, noivinho. - Pulei nele, que me segurou no colo, rindo enquanto eu o enchia de selinhos.

- Vem cá, hoje vou te apresentar o melhor café da manhã que já provou. - Abriu a sacola. - Esse é o melhor croissant que existe. - Tirou uma caixinha com dois croissant enormes. - A melhor baguete que existe. A melhor geleia que existe e... - Fez mistério, me fazendo rir. - E o melhor chocolate quente cremoso que existe. - Tirou uma garrafinha térmica.

- Salivei só de ver na caixa. - Peguei a caixinha da baguete, sentindo quentinha.

- Queria te levar pessoalmente mas...

- Tomariamos tudo, menos café em paz.

- É... - Fez uma caretinha.

- Aqui está ótimo. - Acariciei seu rosto, sabendo o quão chateado ele ficava de não conseguir fazer as coisas normalmente as vezes. - Já sei.

Desci da mesa, pegando talheres, pratos e xícaras, levando pra varanda e montando uma mesa de café da manhã, tão charmosa quanto a vista.

- Pronto, o murro no café da manhã na rua. - Disse, enquanto sentavamos e ele ria.

- Lá realmente não tem essa vista. - Me olhou, piscando e me fazendo rir.

- Muito galanteador, né?

- Só com a minha noiva. - Beijou minha mão.

- Tô chocada ainda, tá? - Rimos.

- E eu feliz demais. Quase te derrubar aquele dia foi a melhor coisa que meu jeito desastrado fez por mim.

- Te fazer pegar mais comida pra mim, também. - Ele gargalhou. - Na verdade, você se ofereceu, né? Fiquei balançada ali já.

- E eu, com medo de você me achar um idiota.

- Você foi um fofo. Você é um fofo. Sortuda demais de ser noiva de um príncipe. E pra melhorar, ainda é um gato! - Ele riu.

- E seu.

- Meu Deus, isso aqui... - Soltei assim que mordi o croissant.

- E melhora! - Colocou o chocolate quente na xícara, extremamente cremoso. Ele destacou mais um pouco do pão, molhou e deu na minha boca delicadamente.

Junção dos Deuses.

Juro, tudo que ele trouxe era grande, e mesmo assim, devoramos em segundos, enquanto conversavamos.

Assim que terminamos, recolhemos as coisas da mesa, mas por estar um friozinho gostoso, pegamos um cobertor e sentamos no sofá da varanda, abracadinhos, já que o prédio era alto e maior que os demais da rua, impossibilitando que nos vissem.

- Vocês estão parecendo uma família nessa foto. - Soltei, enquanto ele mostrava as fotos que tinha tirado com a Kim essa semana, junto dos filhos dela.

- Vou fazer uma montagem e te colocar no lugar dela pra ficar idealizando nossos filhos.

- Já reparou que ela dá em cima de você?

- Já. - Gargalhei alto.

- Jude!! - Ele riu.

- Não minto pra você, amor, prometi de dedinho aquele dia. Já reparei e tento falar de você sempre que possível pra ela se tocar.

- Tá bom, então já que você não mente, vamos supor que

- Nem vem, Cecilia. - Me interrompeu e rimos.

- Não, juro. Vamos supor que eu não existisse na sua vida

- Ela seria triste e sem graça.

- Olha como desconversa! Já sabe o que eu vou perguntar, né? Safado! - O belisquei fraquinho, enquanto ele gargalhava. - Se eu não existisse, você como um homem solteiro, ficaria com ela? - Ele riu mais.

- Não, dona Cecília. Não ficaria. - Cruzei os braços, semicerrando os olhos.

- A mulher é um absurdo de gata, Jude.

- Mas tem uns vinte anos a mais que eu, seria... Estranho, acho.

- E cunhado dela? Seria? - Ele riu alto.

- Meu maior medo era que visse esse vídeo. Queria poder apagar de toda Internet.

- Ele me assombra no tik tok sempre que pode.

- Pode desconsiderar o que eu falo nele. Não consigo me imaginar com nenhuma outra mulher que não seja você. - Semicerrei os olhos de novo, mas depois ri, passando a mão no rosto. - O que? - Perguntou risonho.

- Sei lá, só pensando em como a vida é maluca. Um ano e pouco atrás eu cheguei na Espanha cheia de medo, quase tendo certeza que voltaria quando a pós graduação acabasse e agora, estou em Paris a trabalho, debatendo com meu noivo o fato da Kim Kardashian dar em cima dele. Tipo... - Ele gargalhou.

- E sendo crush do Mbappe. - Ri alto.

- Para, o coitado só me achou bonitinha.

- Ficou apaixonado. Mas entendo, também fiquei na primeira vez que te vi.- Ri, balançando a cabeça negativamente. - Supomos que eu não existisse - Gargalhei.

- Para, nem vem!

- Se eu não existisse e você fosse uma mulher solteira... - Nem ele aguentou e riu antes de concluir.

- Eu amo muito você. - Soltei, depois da nosso crise de riso.

- Eu te amo, noivinha. Inclusive,  estamos aqui no nosso ninho de amor, mas temos que contar pro pessoal, né?

- O que meu tio vai te chamar de inglês safado é brincadeira. - Ele gargalhou.

- Cada vez mais perto do Green Card brasileiro. Obrigado, Deus. - Olhou pro céu e eu ri.

Quando eu era novinha e me imaginava casada, sempre desejei alguém que me fizesse rir a ponto de eu ficar sem ar. Que não pode-se meu senso de humor duvidoso e que a relação fosse tão leve, que teríamos mais momentos de risada do que demonstrações rasas de amor.

E a cada momento que eu passava com o Jude, mas certeza tinha de que fomos feitos um pro outro.

E a cada momento que eu passava com o Jude, mas certeza tinha de que fomos feitos um pro outro

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SPECIAL II • JUDE BELLINGHAM Onde histórias criam vida. Descubra agora