Acordei com a cama vazia, fazendo um biquinho por não sentir o peso dos meus bichinhos no meu pé, como toda manhã.
Olhei para o quarto, vendo os balões no teto e em seguida, pra minha mão, rindo sozinha e dando um gritinho.
Vou explodir de amor, agora é sério.
Levantei, fazendo minhas higienes e colocando um conjunto de moletom., meu mood favorito no frio.
Arrumei a cama e saí, dando um passinho pra trás assim que vi ele no corredor, com o moletom dele que eu tinha trazido, um pano amarrado cobrindo seu rosto e óculos escuro, segurando diversas sacolas.
- Que susto, garoto. - Ri.
- Tava torcendo pra chegar antes de você acordar. - Colocou as sacolas no sofá, desamarrando o pano e se aproximando, segurando meu rosto. - Bom dia, minha noiva. - Sorri.
- Bom dia, noivinho. - Pulei nele, que me segurou no colo, rindo enquanto eu o enchia de selinhos.
- Vem cá, hoje vou te apresentar o melhor café da manhã que já provou. - Abriu a sacola. - Esse é o melhor croissant que existe. - Tirou uma caixinha com dois croissant enormes. - A melhor baguete que existe. A melhor geleia que existe e... - Fez mistério, me fazendo rir. - E o melhor chocolate quente cremoso que existe. - Tirou uma garrafinha térmica.
- Salivei só de ver na caixa. - Peguei a caixinha da baguete, sentindo quentinha.
- Queria te levar pessoalmente mas...
- Tomariamos tudo, menos café em paz.
- É... - Fez uma caretinha.
- Aqui está ótimo. - Acariciei seu rosto, sabendo o quão chateado ele ficava de não conseguir fazer as coisas normalmente as vezes. - Já sei.
Desci da mesa, pegando talheres, pratos e xícaras, levando pra varanda e montando uma mesa de café da manhã, tão charmosa quanto a vista.
- Pronto, o murro no café da manhã na rua. - Disse, enquanto sentavamos e ele ria.
- Lá realmente não tem essa vista. - Me olhou, piscando e me fazendo rir.
- Muito galanteador, né?
- Só com a minha noiva. - Beijou minha mão.
- Tô chocada ainda, tá? - Rimos.
- E eu feliz demais. Quase te derrubar aquele dia foi a melhor coisa que meu jeito desastrado fez por mim.
- Te fazer pegar mais comida pra mim, também. - Ele gargalhou. - Na verdade, você se ofereceu, né? Fiquei balançada ali já.
- E eu, com medo de você me achar um idiota.
- Você foi um fofo. Você é um fofo. Sortuda demais de ser noiva de um príncipe. E pra melhorar, ainda é um gato! - Ele riu.
- E seu.
- Meu Deus, isso aqui... - Soltei assim que mordi o croissant.
- E melhora! - Colocou o chocolate quente na xícara, extremamente cremoso. Ele destacou mais um pouco do pão, molhou e deu na minha boca delicadamente.
Junção dos Deuses.
Juro, tudo que ele trouxe era grande, e mesmo assim, devoramos em segundos, enquanto conversavamos.
Assim que terminamos, recolhemos as coisas da mesa, mas por estar um friozinho gostoso, pegamos um cobertor e sentamos no sofá da varanda, abracadinhos, já que o prédio era alto e maior que os demais da rua, impossibilitando que nos vissem.
- Vocês estão parecendo uma família nessa foto. - Soltei, enquanto ele mostrava as fotos que tinha tirado com a Kim essa semana, junto dos filhos dela.
- Vou fazer uma montagem e te colocar no lugar dela pra ficar idealizando nossos filhos.
- Já reparou que ela dá em cima de você?
- Já. - Gargalhei alto.
- Jude!! - Ele riu.
- Não minto pra você, amor, prometi de dedinho aquele dia. Já reparei e tento falar de você sempre que possível pra ela se tocar.
- Tá bom, então já que você não mente, vamos supor que
- Nem vem, Cecilia. - Me interrompeu e rimos.
- Não, juro. Vamos supor que eu não existisse na sua vida
- Ela seria triste e sem graça.
- Olha como desconversa! Já sabe o que eu vou perguntar, né? Safado! - O belisquei fraquinho, enquanto ele gargalhava. - Se eu não existisse, você como um homem solteiro, ficaria com ela? - Ele riu mais.
- Não, dona Cecília. Não ficaria. - Cruzei os braços, semicerrando os olhos.
- A mulher é um absurdo de gata, Jude.
- Mas tem uns vinte anos a mais que eu, seria... Estranho, acho.
- E cunhado dela? Seria? - Ele riu alto.
- Meu maior medo era que visse esse vídeo. Queria poder apagar de toda Internet.
- Ele me assombra no tik tok sempre que pode.
- Pode desconsiderar o que eu falo nele. Não consigo me imaginar com nenhuma outra mulher que não seja você. - Semicerrei os olhos de novo, mas depois ri, passando a mão no rosto. - O que? - Perguntou risonho.
- Sei lá, só pensando em como a vida é maluca. Um ano e pouco atrás eu cheguei na Espanha cheia de medo, quase tendo certeza que voltaria quando a pós graduação acabasse e agora, estou em Paris a trabalho, debatendo com meu noivo o fato da Kim Kardashian dar em cima dele. Tipo... - Ele gargalhou.
- E sendo crush do Mbappe. - Ri alto.
- Para, o coitado só me achou bonitinha.
- Ficou apaixonado. Mas entendo, também fiquei na primeira vez que te vi.- Ri, balançando a cabeça negativamente. - Supomos que eu não existisse - Gargalhei.
- Para, nem vem!
- Se eu não existisse e você fosse uma mulher solteira... - Nem ele aguentou e riu antes de concluir.
- Eu amo muito você. - Soltei, depois da nosso crise de riso.
- Eu te amo, noivinha. Inclusive, estamos aqui no nosso ninho de amor, mas temos que contar pro pessoal, né?
- O que meu tio vai te chamar de inglês safado é brincadeira. - Ele gargalhou.
- Cada vez mais perto do Green Card brasileiro. Obrigado, Deus. - Olhou pro céu e eu ri.
Quando eu era novinha e me imaginava casada, sempre desejei alguém que me fizesse rir a ponto de eu ficar sem ar. Que não pode-se meu senso de humor duvidoso e que a relação fosse tão leve, que teríamos mais momentos de risada do que demonstrações rasas de amor.
E a cada momento que eu passava com o Jude, mas certeza tinha de que fomos feitos um pro outro.
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SPECIAL II • JUDE BELLINGHAM
FanfictionOnde um amor especial se transforma em um último romance. Segunda temporada.