João Victor 🤍
Eu e meu amigão 🇧🇷Sorri ao ver a foto, totalmente concepcional. Jude com criança continuava sendo meu ponto mais fraco.
Acompanhei o jogo do estúdio, ficando feliz com o resultado de 3x0 e mais ainda por ter rolado gol do Endrick. Ele realmente era diferenciado.
O jogo ia acabar próximo do horário em que eu ia sair do serviço e Jude combinou de me buscar quando eu saísse e assim que atravessei a porta do estúdio, vi o carro dele na esquina, andando até lá e entrando.
- Oi, benzinho.
- Oi, pretinha. - Deu um sorriso fraco, enquanto eu selava nossos lábios.
- Não aguentava mais esperar pra falar o quanto você tá lindo hoje. Cada vez que te filmavam na transmissão, meu coração errava a batida de maneira diferente. - Ele riu.
- Valeu por deixar a roupa separada, jamais ficaria bonito assim pensando sozinho.
- Você leva muito jeito, tá? O bom gosto pra comprar as roupas é totalmente seu, eu só combino. - Beijei seu ombro e ele deu partida no carro, me passando o celular pra escolher a música.
Eu tentava puxar assunto sobre o jogo, contava sobre meu dia, falava aleatoriedades, mas ele seguia um pouco mais sério e monossilábico, o que estava me deixando intrigada.
Estacionamos na frente de casa e ele foi direto pra cozinha. Até pensei em deixa-lo sozinho com receio de ser por conta de não estar em campo hoje, mas ele estava mais do que animado quando nos despedimos de manhã.
Me aproximei dele, que enchia o copo d'água e parei na bancada, enquanto ele me olhava, novamente sério.
- Tá tudo bem, amor?
- Você tem alguma coisa pra me contar?
A gente literalmente não escondia nada um do outro, então eu sabia exatamente do que ele estava falando.
- Como você ficou sabendo? - Me encolhi um pouco, enquanto ele cruzava os braços.
- É o de menos, o ponto principal é que não foi por você.
- Amor, eu ia te contar...
- Antes de pegar o avião?
- Quando eu tomasse coragem.
- Ah Cecilia, não é algo tão complexo assim.
- Eu sei, mas estava digerindo, não era a intenção te esconder. Não fica chateado comigo.
- Mas eu estou. - Soltou, sincero. - Você é a primeira a saber de todas as minhas conquistas, enquanto eu descubro das suas em um local em que, aparentemente, todos sabiam, menos a pessoa que mora na mesma casa que você. Senti que... Sei lá, Ceci. Você não precisa me contar tudo da sua vida, somos um casal, mas ainda somos livres, só que o fato de não ter compartilhado algo tão especial, fez com que eu sentisse que não tem confiança em mim ou que estamos em um local de importância diferente na vida um do outro. Foi isso que me machucou.
Ele me lançou um olhar tão chateado que me dilacerou, fazendo eu me aproximar.
- Pretinho, não é nada disso. Eu confio completamente em você. Você é a pessoa que eu divido e quem eu mais quero compartilhar todas as conquistas, só estava esperando o momento certo pra contar. Você é o meu parceiro em tudo, não pensa o contrário disso... - Acariciei seu rosto, mas segurou minha mão.
- Eu... Vou tomar banho. Estou muito cansado. - Se afastou e eu suspirei, vendo ele subir pro quarto, enquanto eu queria dar um gritão.
Parabéns, dona Cecília.
Era sempre assim. Sempre que eu escondia algo, acabava metendo o pé pelas mãos. Sabia, tinha ciência e não aprendia nunca.
Nunca tinha visto ele tão sério, nem tão chateado, e saber que era culpa minha tinha me pegado muito.
Olhei pra porta, vendo Enzo e Valentina sentados qujetinhos, me olhando.
- Vacilei, vacilei, eu sei. - Fui até o cantinho deles, trocando a água por uma fresca, colocando ração, fazendo a janta e só então subi, vendo ele mexer no celular, deitado na cama.
Entrei no banheiro, tomei banho e quando saí, ele não estava mais. Desci, vendo que ele tinha posto nossa mesa, mas comemos mudos, no pior clima possível.
Eu não sabia o que fazer??? Tentava me explicar? Ia conversando aos poucos pra ver se ele já estava mais tranquilo? Deixava ele no cantinho dele?
Optei pelo último, permanecendo em silêncio. Ele lavou a louça e eu subi, escovando os dentes e passando meus produtos de skincare, vendo ele me observando pelo espelho, desviando o olhar assim que viu que eu tinha percebido.
Sai e ele entrou, enquanto eu deixava o quarto no clima que a gente gostava, deitando, ansiosa pra ele vim também, pra saber o que ele iria fazer, já que nunca tínhamos dormido sem dar boa noite um pro outro, nem com alguma parte do corpo desencostada, mesmo no calor.
Mas hoje, recebi ele na ponta da cama, virado de costas pra mim, ainda em silêncio.
Senti um nó na garganta, doidinha pra chorar, mas suspirei, fechando os olhos, tentando me obrigar a dormir.
Mas sem chance.
O máximo que conseguia era dar leves cochilo, acordando pouco depois. Estávamos competindo pra ver quem girava mais na cama há horas, suspirando a cada vez que iamos virar, ambos cansados, mas aparentemente, sem conseguir dormir.
Agora, ele estava de costas pra mim e eu, virada pra dele, observando sua pele, enquanto me perguntava se o abraçava ou não.
Mas arrisquei.
Dei um beijinho nas suas costas, vendo sua pele arrepiar e ele mexer o corpo. Jurei que fosse se afastar e estava pronta pra virar pra parede e chorar quietinha, mas ele virou o corpo também, ficando de frente pra mim, observando meu rosto, enquanto eu devia estar só aquele emoji com cara de dó.
Ele suspirou, me abraçando e beijando minha testa.
- Boa noite, Ceci. - Beijou o topo da minha cabeça.
- Boa noite, benzinho. - Falei baixinho e minutos depois, senti sua respiração ficando pesada, apagando logo em seguida.
Simplesmente a dependencia do abraço um do outro pra dormir.
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SPECIAL II • JUDE BELLINGHAM
أدب الهواةOnde um amor especial se transforma em um último romance. Segunda temporada.