𝑫𝒂𝒏𝒄𝒆 🌱🦋

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𝑃. 𝑇=𝑅𝑢𝑏𝑦🥀

A música pulsava na noite clara, iluminando o ambiente com suas batidas vibrantes. A festa na alcateia estava a todo vapor, e Ruby se destacava como uma estrela em meio ao calor da celebração. Com seus cabelos longos e negros como a noite, ela se movia graciosamente, cada movimento seu parecia contar uma história, um convite ao deleite e à aventura.

Os olhos dos metamorfos estavam fixos nela. Não era apenas sua beleza que hipnotizava, mas a maneira como ela dançava, como se cada batida da música pulsasse em perfeita harmonia com seu coração. Ruby sentia a energia ao seu redor, a excitação palpável no ar, e isso a encorajava a se soltar ainda mais, a se deixar levar pela intensidade do momento.

Ela passava as mãos pelo corpo, em um movimento suave e sedutor, como se estivesse explorando cada centímetro de sua própria pele. A forma como ela dançava lembrava a lua cheia que iluminava a noite, um raro espetáculo que atraía todos os olhares. O brilho de seus olhos parecia refletir a luz das estrelas, intensificando ainda mais o encantamento que emanava de sua presença.

Os lobos foram ficando cada vez mais atrativos pela dança magnética de Ruby. Alguns, mais ousados, se aproximavam, buscando o momento em que poderiam se apresentar, mas a jovem parecia distante, como se estivesse em um transe único e pessoal. Ela estava ali, mas ao mesmo tempo em uma dimensão própria, onde nada mais importava a não ser o ritmo da música e a liberdade do momento.

A alcateia era um lugar de tradições e rituais, mas naquela noite todos pareciam dispostos a quebrar as regras. A dança de Ruby parecia ser um símbolo dessa quebra. Ela girava, dava piruetas, e seus cabelos longos balançavam na brisa noturna, como se fossem ondas de uma maré invisível. Olhares se cruzavam entre os lobos, e alguns deles chegavam a se arriscar a se aproximar, mas Ruby estava em seu próprio mundo.

Naquele instante, cada metamorfo se sentia atraído, como se estivesse diante de uma deusa. O poder e a sensualidade de Ruby não eram apenas físicos; havia algo mais profundo, algo que falava sobre liberdade, desejo e a busca do inatingível. Cada passo dela reverberava no chão e no coração dos lobos, prendendo-os em um feitiço irrecusável.

Finalmente, um lobo mais ousado, chamado kael, decidiu reunir coragem e se aproximar. Ele era conhecido por sua força e presença dominante na alcateia. Ao se posicionar ao lado de Ruby, ele soltou um sorriso confiante, um convite silencioso. Ruby, percebendo sua presença, desviou o olhar da dança e o encarou, um brilho acre de interesse nos olhos.

"Você dança como se o mundo ao seu redor não existisse," Kael observou, a voz profunda e suave, como um sussurro entre as árvores da floresta. Ruby sorriu, uma expressão de conhecimento e desafio.

"E você, lobinho, parece mais interessado em observar do que em participar," ela respondeu, com um tom de brincadeira, provocando-o a se juntar a ela na dança.

Kael hesitou apenas um momento, mas a intensidade do olhar de Ruby o fez se perder. Ele estendeu a mão, e ela aceitou, puxando-o para o centro da dança. Instantaneamente, ambos estavam imersos na música, em uma sincronia que parecia desafiar as leis do tempo. Os corpos se moviam juntos, uma mistura de força e graça, uma fusão que deixava os demais lobos em estado de hipnose.

A intensidade da dança cresceu, e logo uma roda de metamorfos se formou ao redor deles. Cada um batia os pés no chão, criando um ritmo labiríntico, enquanto Ruby e Kael se moviam em perfeita sincronia. A química entre eles era palpável, uma energia que poderia ser tocada. Os lobos ao redor torciam e incentivavam, como se estivessem assistindo a um ritual que transcenderia o físico.

Enquanto a noite se desenrolava, Ruby e Kael ergueram a dança a um nível onde todos pareciam esquecer que eram criaturas da noite, esquecendo as regras que os separavam e que muito importavam em outras ocasiões. Era pura liberdade.

A música atingiu seu clímax, e a dança se tornou uma explosão de celebração e cumplicidade. Ruby e Kael, exaustos, finalmente pararam, os risos preenchendo o momento. O olhar entre eles agora carregava uma promessa, um convite ao desconhecido que se estendia além da dança.

E assim a noite continuou, marcada pelo brilho de Ruby e a força de Kael, um lembrete de que, em uma alcateia, mesmo sob a luz da lua, havia espaço para uma paixão momentânea e liberdade em um mundo que muitas vezes era governado por instintos e tradições.

𝑄 : 𝑇 ⏱️

Depois de algumas trocas de palavras e olhares significativos, eles decidiram se unir à dança. Os metamorfos, em sua essência mais selvagem, moviam-se ao ritmo contagiante da batida tribal, seus corpos em harmonia com a natureza e a energia da lua cheia. Ruby e Kael se deixaram levar pela música, seus movimentos se sincronizando perfeitamente, como se sempre tivessem dançado juntos.

Kael a puxou pela cintura, a proximidade entre eles trazendo uma onda de eletricidade. O mundo ao redor parecia desaparecer, e a única coisa que importava era aquele momento a dois. Ele passou a mão pelos cabelos de Ruby, encarando-a com um olhar que misturava desejo e necessidade. O calor entre eles aumentava, e, em um instante, a inércia foi quebrada. Kael curvou-se, seus lábios encontrados com os dela em um beijo que era a soma de todas as suas emoções.

O beijo era feroz, intenso e apaixonado, como se o universo inteiro os estivesse incentivando a não perder aquele instante. Ruby sentiu como se a batida de seu coração estivesse em sintonia com o ritmo da música, pulsando em um entendimento profundo daquelas emoções que nasciam ali, sob a luz da lua. Ela se entregou ao momento, permitindo-se perder-se na paixão que os envolvia.

Os dançarinos ao seu redor pareciam desaparecer, como se estivessem em um mundo à parte. A única coisa que existia era o calor crescente entre eles, a forma como Kael a mantinha firme em seus braços. Cada movimento era uma promessa, cada toque uma declaração não dita. Ruby poderia sentir-se perdida e assustada com a intensidade daquela conexão, mas também era incrivelmente libertador.

Depois daquele beijo, eles se afastaram levemente, ainda envolvidos um no outro, ambos ofegantes, como se houvesse uma nova força entre eles. Ruby sorriu, seu rosto um pouco corado, e Kael retribuiu o sorriso, seus olhos brilhando com uma mistura de alegria e um desvelo quase protetor. Eles continuaram a dançar, agora com um novo entendimento. A química entre eles era palpável, um laço que se formara rapidamente, caloroso e intenso como o fogo que queimava dentro da alcateia.

O tempo, naquele momento, parecia ter parado. Ruby tinha consciência de que aquele dia não se repetiria; o desejo de aproveitar cada segundo era forte, quase urgente. Ela não queria pensar no amanhã, apenas no agora. Enquanto eles dançavam, o mundo parecia girar ao seu redor, e elas se tornaram nada mais do que dois seres conectados em um momento transcendental.

Kael fez um movimento sutil para girá-la, e Ruby riu, sua alegria contagiante se espalhando para ele. Havia algo etéreo naquele momento que os envolvia, como se a própria natureza estivesse os abençoando. Ao mesmo tempo, uma parte dela sabia que ele era um estranho, e aquela magia poderia ser temporária. Mas a ideia de aproveitar o momento a fez esquecer essas preocupações. Ruby estava determinada a viver aquela noite intensamente.

A música aumentou, e o ritmo acelerou, refletindo a energia crescente entre eles. Kael a conduziu com uma firmeza suave, e Ruby seguiu seus movimentos, permitindo-se ser levada pela correnteza da noite. Um olhar trocado, um sorriso cúmplice, e a dança se tornava cada vez mais próxima, quase como uma conversa mútua sem palavras.

Com a dança, o ambiente se tornava mais familiar e seguro. O chão sob seus pés, embora coberto de folhas, parecia um tapete mágico. A conexão entre eles se tornava mais forte a cada segundo, como se tivessem dançado juntos em várias outras vidas.

Enquanto a lua brilhava intensamente acima, iluminando suas figuras entrelaçadas, Ruby e Kael sabiam que aquela noite ficaria gravada em suas memórias. Era um momento precioso, um instante de pura liberdade e paixão que nada poderia apagar. Eles dançariam até que suas forças se esgotassem, celebrando não apenas o que era, mas a possibilidade do que poderia vir a ser, mesmo que soubessem que tudo acabaria ao romper da aurora.

Naquela noite mágica, sob a luz da lua cheia, Ruby e Kael se perderam um no outro, vivendo intensamente, mesmo que por um breve momento, como se o mundo ao seu redor fosse nada mais do que um pano de fundo para sua história de amor fugaz, mas inesquecível.

𝑴𝒆𝒖𝒔 𝒄𝒆𝒊𝒇𝒂𝒅𝒐𝒓𝒆𝒔🗝Onde histórias criam vida. Descubra agora