𝑴𝒆𝒖𝒔 𝒄𝒆𝒊𝒇𝒂𝒅𝒐𝒓𝒆𝒔🗝

𝑆𝑖𝑛𝑔𝑙𝑒 𝑡𝑖𝑒 🖤🌹

Ruby, Klaus e Theodore se afastaram da pista de dança, onde a música pulsava e as luzes dançavam em um espetáculo hipnotizante. A festa na alcateia estava em pleno andamento, mas eles buscavam um momento de tranquilidade, um espaço para compartilhar seus pensamentos e sentimentos. Sentaram-se em um canto mais distante, onde as sombras da noite se misturavam com os sussurros de risos e conversas.

Ruby olhou para eles,sentindo uma conexão intensa que ia alem de  qualquer coisa que possa existir. Klaus e Theodore eram mais do que companheiros; eles eram suas almas gêmeas, almas que se entrelaçavam de uma forma que ela nunca havia experimentado antes. O calor dos seus olhares e o conforto de suas presenças lhe trouxeram um senso de pertencimento em meio ao agito da festa.

"Então, vocês realmente são ceifadores de almas?" Ruby perguntou, a curiosidade brilhando em seus olhos. Ela sempre soube que Klaus e Theodore eram diferentes dos lobos ou qualquer outra coisa, mas essa revelação a surpreendeu.

Klaus sorriu suavemente, seu olhar profundo refletindo o mistério que o cercava.

"Sim, Ruby. Nós dois somos ceifadores. Não da forma como você pode imaginar, mas sim como guias que ajudam as almas a encontrar seu caminho."

"É um dom raro," completou Theodore, com um brilho no olhar. "Nós não apenas colhemos almas que já partiram; também ajudamos aquelas que ainda estão ligadas à vida a entenderem sua jornada. Para nós, é uma forma de proteger o equilíbrio entre os mundos."

Ruby balançou a cabeça, absorvendo as palavras deles. Ser híbrida, uma combinação de bruxa e loba, lhe permitia ver o mundo de maneiras que poucos poderiam. No entanto, nunca imaginara cruzar caminhos com ceifadores

"Isso é maravilhoso! Sempre acreditei que existisse algo entre a vida e a morte. Uma conexão. Mas nunca pensei que haveria pessoas como vocês para guiar essas almas."

Klaus e Theodore se entreolharam, um entendimento silencioso passando entre eles. Era uma sensação rara, parte da profundidade da conexão que compartilhavam. Assim como Ruby, eles também estavam acostumados a serem diferentes, a se sentirem como outsiders em um mundo que muitas vezes não entendia suas naturezas.

"Ruby," disse Klaus, com um tom suavemente sério. "Ser ceifador  é mais do que apenas um dom. É uma responsabilidade. Devemos lidar com os medos e as esperanças de quem passou para o outro lado. Ajudar almas perdidas pode ser doloroso, mas também é profundamente gratificante."

"Theodore e eu sempre acreditamos que, quando uma alma parte, ela deve ser recebida com compaixão e amor," continuou Klaus. "Nem todas as almas estão prontas para ir. Algumas se apegam a este mundo, e cabe a nós mostrar a elas que há paz para além da vida."

Ruby ficou em silêncio por um momento, ponderando sobre a profundidade da missão de Klaus e Theodore. "Como vocês lidam com esse peso? Deve ser difícil... lidar com a dor e a perda o tempo todo."

Theodore, sempre sensível, explicou: "Encontramos maneiras de nos conectar com o que há de mais bonito nesse trabalho. E temos um ao outro para apoiar. Quando a dor se torna demais, você descobre que pode sempre contar com a sua alma gêmea." Ele sorriu para Klaus, e um calor parecia irradiar entre os dois, um testemunho da amizade que os unia.

Ruby sorriu, tocada pela profundidade do que ouviu. "Eu nunca imaginaria encontrar duas almas tão intensas quanto vocês em uma festa na alcateia. Vejo agora por que essa conexão entre nós é tão forte." O ar parecia vibrar em volta deles enquanto Ruby se permitia explorar essa nova conexão.

Nesse momento, ela percebeu que não estava apenas entre estranhos; estava entre almas que se reconheciam. Os três eram diferentes, mas juntos formavam um todo perfeito, equilibrando-se em suas respectivas energias.

A música da festa continuava a fluir, mas Ruby, Klaus e Theodore estavam imersos em um universo particular. Conversaram sobre o que era ser híbrida, a dificuldade de encontrar seu lugar em um mundo que muitas vezes não compreendia suas dualidades. Ruby falou sobre suas experiências como bruxa e loba, compartilhando histórias de magia e instinto que a moldaram.

"A integração de minhas identidades é um constante aprendizado," Ruby refletiu. "Como bruxa, quero proteger e curar, enquanto como loba, sinto a necessidade de correr livremente. Às vezes, é desafiador."

Klaus a ouviu atentamente, enquanto Theodore pegou a mão dela, oferecendo suporte. "Acreditamos que ser híbrida também é uma forma de conexão mais profunda," Klaus falou. "A combinação de suas forças é algo poderoso. Nunca subestime seu potencial, Ruby."

Ruby olhou nos olhos de seus amigos, a gratidão transbordando em seu coração. "Vocês são incríveis. E sou tão grata por ter encontrado almas tão generosas e compreensivas como vocês. Nunca pensei que um futuro companheiro poderia ser algo que eu desejaria,ate aparecer dois"

"Então, por que não dançamos mais um pouco?" Theodore sugeriu, quebrando a intensidade do momento com seu sorriso encantador. "A vida é feita para ser comemorada. Mesmo as almas que partem merecem um pouco de alegria, não é?"

Com um brilho nos olhos e um novo sentido de propósito, Ruby concordou, levantando-se. Eles voltaram juntos para a pista de dança, onde a alegria e a presença da alcateia os envolviam. A conexão entre eles, agora mais forte do que nunca, prometia uma jornada repleta de amor, resistência e um profundo entendimento do que significava viver como indivíduos e como um laço único.

"𝑁𝑎̃𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑒 𝑎 𝑝𝑒𝑛𝑎 𝑠𝑜𝑓𝑟𝑒𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑒́𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑎̃𝑜 𝑟𝑒𝑐𝑜𝑛ℎ𝑒𝑐𝑒 𝑠𝑒𝑢 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟; 𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑟 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜 é 𝑎𝑞𝑢𝑒𝑙𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑧 𝑙𝑢𝑧, 𝑛𝑎̃𝑜 𝑑𝑜𝑟 ."🦋