O Renascimento da Lady Assassina

CAPÍTULO 75

Um mês e meio depois (pagode)

Uma jovem estava sentada no centro de uma ampla sala, as pernas cruzadas em uma postura de meditação. Seu rosto, de uma beleza quase sobrehumana  mantinha-se frio e impassível, embora estivesse levemente coberto por uma fina camada de suor, revelando o esforço por trás da calmaria aparente. Ao seu redor, uma aura avermelhada pulsava suavemente, como uma chama em brasa, envolvendo todo o seu corpo com uma energia sufocante.

Poucos segundos depois, a luz ao redor dela começou a intensificar-se, crescendo em intensidade até quase se tornar cegante. No entanto, o brilho não superava o vermelho incandescente que agora emanava de seus olhos, que se abriram repentinamente. A aura ao seu redor reagiu, ondulando e vibrando como se respondesse ao comando invisível de sua presença.

Ela manteve-se imóvel por mais alguns segundos, os olhos cravados à frente, em uma contemplação silenciosa. Então, um sorriso sutil, quase imperceptível, se formou em seus lábios, como se tivesse acabado de desvendar um segredo profundo. Sem pressa, a mulher levantou-se com graça e determinação.

Com passos firmes e silenciosos, ela caminhou em direção à porta, deixando para trás apenas o leve resquício da energia vibrante que a envolvia.

Wei Wei on

Assim que abri a porta, ouvi passos rápidos vindo em minha direção. Algo pequeno e ágil se lançou contra minhas pernas, agarrando-se com força. Baixei os olhos e encontrei uma certa cabecinha repleta de cabelos longos e prateados, macios ao toque. Sorri, um misto de carinho e diversão, ao ver o rosto emburrado do pequeno. Suas bochechas infladas e o olhar ofendido me lembravam um esquilo bravo, pronto para me repreender.

- Yan Yan...

O chamei num tom brincalhão, enquanto o pegava nos braços com facilidade, apertando gentilmente uma das suas bochechas redondas.

- Mamãe... você mentiu pra mim!

Ele protestou, sua voz carregada de indignação infantil. Os grandes olhos vermelhos me encararam como se eu tivesse cometido a pior traição do mundo.

" Yan Yan..."

Meu coração apertou um pouco. Ele era uma criatura de puro gelo e poder, mas naquele momento, tudo o que via era um garotinho chateado. Suspirei, tentando acalmar a situação.

- Yan Yan...  Eu não podia interromper o cultivo.

Ele cruzou os braços, o olhar acusatório ainda firme, como se não estivesse convencido. Eu sabia que havia passado duas semanas além do tempo prometido, e aquilo claramente o magoou, sabia que ele compreendia, mas na verdade, desde que ele 'Nasceu', eu mal tive tempo para passar com ele, primeiro foi o conflito com aquele Imperador lunático enquanto salvava Cheng Rui, depois toda a tensão da batalha, e depois eu caí em sono por esgotamento, assim que acordei, fiquei mais um mês e meio longe dele, apenas de ser um animal espiritual, ele é apenas uma criança, que por sinal agora é meu filho.

" Terei que compensa-lo quando voltarmos a Capital...."

- Me desculpe....

Ele permaneceu em silêncio por um momento, seus olhos estudando meu rosto com a mesma seriedade de um ancião. Mas logo sua resistência começou a se desfazer, e ele recostou a cabeça no meu ombro, soltando um suspiro longo.