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HELENA

Eu senti meu corpo inteiro reagir àquele elogio. Quando o olhar dele caiu dos meus olhos para a minha boca, como se estivesse considerando cada milímetro do que estava prestes a fazer, eu sabia o que ia acontecer, e o que me assustava não era a incerteza... era o quanto eu queria aquilo.

Minha respiração falhava, o peito subia e descia rapidamente, e meus lábios se entreabriram, não de propósito, mas por pura antecipação.

Ele estava tão perto agora que eu podia sentir a leveza de seu hálito, o cheiro da pele dele, tudo me prendendo ali.

Seus dedos, ainda no meu queixo, subiram levemente, segurando meu rosto. Muralha se inclinou para frente e sua boca encontrou a minha com uma urgência que fez meu corpo inteiro se acender. O toque inicial foi suave, mas durou pouco.

Logo o beijo ganhou intensidade, sua língua explorava cada canto da minha boca, como se ele tivesse esperando por esse momento há muito tempo. E ali eu meu perdi. O mundo lá fora, os problemas em casa, o caos interno... nada disso importava mais.

Minhas mãos foram para pescoço dele, puxando ele pra mais perto. A língua dele encostou na minha, e senti um calor subir pelo corpo. Cada movimento era intenso, como se a gente tivesse segurando isso há muito tempo. Eu só queria mais, precisava de mais. 

Seus dedos puxavam meu cabelo, e essa pressão me fez ofegar contra os lábios dele, mas mesmo sem ar, eu não queria parar. Não conseguia. Minha cabeça girava, mas a sensação de falta de fôlego só aumentava o desejo.

O gosto dele era viciante, e a força que usava para me manter ali, me deixava tonta. Meu corpo estava colado ao dele, meu peito subia e descia rapidamente, mas minha boca não conseguia se afastar. A língua dele se movia com uma intensidade que me fazia tremer, e quanto mais eu sentia o gosto dele, mais eu queria.

Eu estava sem ar, cada segundo me deixava mais ofegante. Minha pele ardia, cada parte de mim estava acesa. Quando tentei respirar, Muralha interrompeu o beijo, mas não me soltou.

Ele segurou meu rosto com firmeza, e antes que eu pudesse reagir, senti os dentes dele deslizando devagar pelo meu lábio inferior, puxando-o para trás com uma lentidão torturante. O gesto era ao mesmo tempo possessivo e provocador, e o leve roçar dos dentes dele na minha pele me fez arfar.

Ele sorriu de lado, aquele sorriso malicioso, sem desviar os olhos dos meus, e puxou meu lábio com mais firmeza dessa vez, o suficiente para arrancar outro gemido de mim. Não havia como esconder a onda de desejo que percorria meu corpo. 

Seus lábios se afastaram dos meus lentamente, mas logo ele começou a distribuir beijos pelo meu pescoço, descendo devagar, como se quisesse gravar seu toque em cada pedaço da minha pele.

Quando chegou perto da minha clavícula, senti seus dentes roçarem ali antes de morder levemente, e depois ele sugou a pele com intensidade, me deixando ciente de que uma marca ficaria.

— Você tem um gosto delicioso, Helena. — ele sussurrou rouco, a voz carregada de provocação, enquanto voltava a puxar meus lábios com os dentes. Suas mãos escorregaram pelas laterais do meu corpo, apertando minha cintura, me prendendo contra ele. — Tá sentindo o quanto você me deixa louco?

Eu não conseguia ignorar o volume rígido pressionando minha coxa.

Ele soltou um riso baixo e selvagem, seus dedos brincando com a barra da minha blusa, enquanto seus olhos predatórios me devoravam. 

— Vou te marcar todinha, doutora. — ele murmurou, a voz rouca e carregada de desejo, tão próxima ao meu ouvido que o calor de sua respiração parecia incendiar minha pele. — Desde o momento que eu coloquei os olhos em você, eu só conseguia pensar em como seria ter você assim... desse jeito, entregue, gemendo pra mim.

As mãos de Muralha desceram pelo meu corpo, firmes e possessivas, até que seus dedos encontraram meus seios. Ele os segurou com força, como se quisesse marcar sua presença ali, e meu corpo reagiu instantaneamente ao toque. Eu arfava, sem conseguir me controlar.

Ele levou o nariz até o vale entre eles, inspirando fundo, como se estivesse gravando meu cheiro na memória, e isso me fez perder o fôlego.

— Você não tem ideia do que vou fazer com você. — ele sussurrou, enquanto suas mãos apertavam mais. — Vou te fazer gritar meu nome, vou te deixar implorando por mais.

As palavras dele faziam o meu corpo latejar de desejo

Eu senti a respiração dele se acelerar, e o jeito que ele me segurava... como se não quisesse me soltar. Meus dedos se enroscaram nos cabelos dele, e, por um momento, eu esqueci tudo. Esqueci de quem eu era, de onde estava. Só conseguia pensar no quanto eu queria aquilo.

Quando nossos lábios finalmente se separaram, estávamos ambos ofegantes. Ele ainda segurava meu rosto, nossos olhos se cruzaram mais uma vez.

— Eu me segurei pra não fazer isso ontem, sabia? — ele falou, a voz rouca, quase como se ele estivesse tentando recuperar o fôlego.

Eu não conseguia responder com palavras. Apenas assenti, minha respiração ainda descompassada.

Eu também.

Muralha abaixou o rosto, encostando sua testa na minha por um momento, como se estivesse tentando se controlar. Eu senti o calor do corpo dele, e tudo dentro de mim gritava para continuar.

Ele riu de leve, um som abafado, enquanto afastava uma mecha do meu cabelo que tinha caído sobre meu rosto.

— A gente devia parar? — ele murmurou, mas a forma como seus dedos ainda estavam em mim dizia o contrário.

— Eu não quero parar. — sussurrei de volta, sem pensar, a confissão escapando antes que eu pudesse me conter.

Me levantei da cama, o corpo ainda ardendo pelo desejo que ele tinha acendido em mim. Sentia os olhos dele em cada movimento meu, me observando como um predador prestes a dar o bote. Sob aquele olhar faminto, comecei a tirar a blusa que vestia, puxando pela barra e levantando devagar, revelando minha pele aos poucos.

Os olhos de Muralha queimavam em mim, analisando cada centímetro que eu desnudava, os lábios dele entreabertos, a respiração pesada. Ele não desviava o olhar por um segundo sequer, como se estivesse pronto para me devorar.

Pela primeira vez na vida, eu iria me entregar ao que eu realmente desejava, sem medo, sem freios. Eu só queria ser livre, sentir essa liberdade queimando dentro de mim, nem que fosse só por um instante.

 Eu só queria ser livre, sentir essa liberdade queimando dentro de mim, nem que fosse só por um instante

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Não é por nada não, mas no próximo capítulo tem hot... 🫣🔥

⚠️ Deixei a imagem deles no finalzinho de Aprisionada pelo Dono do Morro e vou deixar aqui para quem ainda não leu o segundo livro! 💕

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