HELENA
A necessidade de aliviar o calor que se formava no meu estômago crescia. Eu fiz menção de me mover sobre ele, de esfregar meu corpo contra o dele para tentar aplacar o desejo que crescia dentro de mim, mas a mão dele me impediu. Com um gesto firme, ele segurou minha cintura, mantendo-me presa no lugar.
— Não tão rápido. — ele disse
— Muralha... — pedi.
— Sabe o que você vai fazer, Helena? — Ele perguntou. — Você vai sentar em mim, vai sentir o quanto eu te quero. Mas primeiro... — Ele sorriu, apertando minhas coxas ainda mais forte, seus dedos quase me machucando, mas eu não ligava. — Primeiro você vai me dizer o quanto você tá louca por isso.
Eu gemi mais alto, incapaz de controlar a avalanche de sensações que me dominava.
— Eu quero você.— Eu sussurrei, minhas palavras saindo quase desesperadas. — Quero sentir você. Eu sinto que vou explodir... por favor...
Ele sorriu, satisfeito, e me levantou para tirar o samba canção que vestia. Meus olhos acompanhavam cada movimento, até que levei minhas mãos até o cós, ajudando.
Tirei minha calcinha e no momento em que me abaixei sobre ele, senti a cabeça do membro dele forçando minha entrada devagar. Antes que qualquer coisa mais acontecesse, o pensamento me atravessou, e as palavras escaparam antes que eu pudesse me conter.
— Você tem alguma camisinha? — perguntei, com a voz levemente trêmula.
Muralha parou por um instante, pensando. Ele não disse nada, apenas esticou o braço até a gaveta da mesa de cabeceira e puxou uma embalagem prateada.
Segurei a camisinha e Muralha se ajeitou um pouco mais deitado, me deixando o espaço e o tempo que eu precisava.
Com cuidado, rasguei a embalagem e deslizei a proteção sobre ele. Ele soltou um suspiro grave, os músculos tensos por baixo de minhas mãos.
— Você pensa me tudo, né, doutora?! — ele murmurou, seus olhos escurecidos de desejo enquanto me assistia.
Sorri e dei de ombros.
Me abaixei de novo sobre ele, sentindo sua mão possessiva na minha cintura. O calor do corpo dele me envolvia, e a proximidade me deixava nervosa e excitada ao mesmo tempo.
— Isso. — Ele murmurou, segurando minhas coxas enquanto eu me ajustava em cima dele.
Desci devagar, sentindo a pressão e o tamanho dele me alargando. Fechei os olhos, tentando me acostumar com a nova sensação. Uma leve dor surgia, mas eu sabia que era parte do momento.
A dor não foi tão intensa quanto eu achei que seria.
— Você tá bem? — Ele perguntou, sua voz baixa e cheia de preocupação.
— Sim, eu só... — respondi, sentindo meu coração acelerar. — Posso ficar um pouquinho assim? Só pra me acostumar...
— Claro. — Ele sorriu, me olhando com ternura. — Você tem todo o tempo do mundo. Quero que faça tudo no seu tempo, linda.
Enquanto eu permanecia ali, imóvel, ele começou a me beijar suavemente, suas mãos acariciando meu rosto. Muralha passou o nariz por todo o meu rosto, como se quisesse levar meus pensamentos para longe do desconforto que eu estava sentindo.
Quando me senti pronta, comecei a subir e descer sobre ele, um movimento gradual que logo se tornou mais intenso. A pressão aumentava e o prazer começava a substituir a dor.
— Isso, Helena. — Ele sussurrou entre dentes, os olhos brilhando de desejo. — Me cavalga.
Ele me segurava com força, suas mãos marcando minha pele, seus lábios encontrando meus seios enquanto ele deixava chupões por todo o meu corpo.
Eu estava fora de mim, completamente entregue a ele. Cada estocada era mais forte que a anterior, e logo eu estava gemendo sem parar, minhas unhas cravando os ombros dele enquanto meu corpo se movia no ritmo que ele queria.
A mão dele desceu pelas minhas costas até a minha bunda, e sem aviso, ele deu um tapa forte, o barulho ecoando pelo quarto. Eu arquejei com a dor, mas logo me perdi no prazer que vinha logo em seguida. Ele fez de novo, dessa vez com mais força, e eu senti meu corpo inteiro tremer.
— Tá gostando, né? — Ele perguntou com um sorriso malicioso, me puxando para mais perto. — Quero que todo mundo veja, doutora. Quero que todos saibam que você é minha.
Eu estava extasiada, incapaz de formar qualquer pensamento além da necessidade desesperada de continuar sentindo ele. Minha mente estava em branco, meu corpo em chamas, e cada movimento que ele fazia me levava mais perto do limite.
— Rodrigo! — Eu gritei, minha voz rouca, quase falhando de tanto prazer.
Minhas pernas tremiam ao seu redor, meu corpo se movia sem controle, cavalgando sobre ele com uma fome que parecia insaciável. Ele me segurava firme pelos quadris, seus dedos cravados em minha pele enquanto me guiava para cada estocada profunda.
— Caralho, Helena... — Ele gemeu entre dentes, sua voz grave e carregada de desejo. — Tão apertada... porra, assim eu não vou aguentar...
Eu podia sentir seu corpo inteiro se tensionando sob o meu, cada músculo rígido e pulsante. O som de nossos corpos se chocando ecoava pelo quarto, abafado apenas pelos gemidos. Meus movimentos se tornaram mais desesperados, cavalgando mais rápido.
— Isso... — ele arfou, sua respiração pesada, quase desesperada. — Vai, caralho, não para... fode comigo assim...
Eu me inclinava para frente, minhas mãos apoiadas em seu ombro enquanto sentia o prazer crescer, como uma onda prestes a nos engolir. Ele cravava as unhas em mim, suas palavras sujas e cheias de tesão só me deixavam mais louca.
— Porra, Helena... eu vou gozar... merda, você me enlouquece...
O corpo dele tremia embaixo do meu, suas palavras se transformaram em gemidos abafados quando finalmente chegou ao ápice. Num último movimento desesperado, ele puxou meu corpo para baixo, me forçando a cavalgar ainda mais fundo enquanto seu corpo explodia em espasmos.
E gritei seu nome mais quando finalmente cheguei ao clímax. O prazer explodiu dentro de mim, tomando conta de cada fibra do meu ser. Meus músculos relaxaram, e, com um último tremor de prazer, eu desabei sobre ele, ofegante, nossos corpos colados.
Ele segurou minha nuca com força, trazendo minha boca para a dele. O beijo que veio em seguida foi feroz, faminto, os lábios dele devorando os meus com urgência. Sua língua invadiu minha boca, e eu correspondi no mesmo ritmo, deixando o desejo nos consumir mais uma vez.
O gosto do suor, o sabor da pele, tudo se mesclava naquele momento, o beijo era profundo, molhado, carregado de uma eletricidade que fazia meus sentidos se perderem, me prendendo nele, no toque, no gosto, no cheiro.
Quando finalmente nos afastamos, nossas testas encostadas, a respiração de ambos continuava desregulada, como se o ar não fosse o suficiente para saciar a intensidade daquele momento.
Rodrigo me envolveu com seus braços, me segurando firme contra seu peito enquanto nossas respirações descompassadas se misturavam. Por um momento, não existia nada além do som de nossos corações acelerados e da sensação de estarmos completamente entregues um ao outro.
Eu sentia o suor escorrer pela minha pele, meu rosto enterrado em seu pescoço, enquanto ele ainda murmurava baixo, seus dedos deslizando pelas minhas costas.
— Caralho... — ele murmurou, rindo baixo, ainda tentando recuperar o fôlego. — Você é inacreditável, doutora. Inacreditável.
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Protegida pelo Dono do Morro [Série Donos do Morro #3]
Lãng mạnRodrigo Kim Almeida, ou simplesmente Muralha, é um líder implacável e temido no morro do Horizonte, mas vê a sua vida mudar drasticamente após perder a perna em um confronto violento com rivais. Isolado e cheio de dor, ele rejeita ajuda e se afasta...