Protegida pelo Dono do Morro [Série Donos do Morro #3]

23

HELENA

Minhas mãos tremiam quando comecei a tirar a blusa, mas assim que meus dedos alcançaram a barra do tecido, hesitei.

Os olhos dele percorreram meu corpo lentamente, de cima a baixo, como se estivesse estudando cada detalhe, cada curva, cada pedaço de pele exposta.

Muralha era tão intenso que fazia meu corpo inteiro queimar, apesar do desejo, a vergonha ainda me travava.

Eu tremi, e ele percebeu. Um sorriso lento e perverso se formou em seus lábios, enquanto seu olhar continuava a me despir.

Eu não podia desistir agora. Eu quero isso.

— Tira tudo. — Ele disse, sem rodeios, sem me dar tempo de pensar ou hesitar. — Agora.

Eu congelei por um segundo, o coração disparando ainda mais, sua expressão era séria, sem nenhum traço de paciência.

Ele estava no controle, e eu sabia disso. 

E mais, eu estava gostando disso.

Ao invés de medo, senti algo mais profundo me puxando. O calor subiu pelas minhas bochechas, mas meus dedos obedeceram, puxando a camiseta para cima e jogando ela no chão.

Quando meus dedos alcançaram a barra da minha calça jeans, hesitei de novo.

— Tudo. — Ele rosnou, seus olhos cravados em mim, carregados de desejo e impaciência.

Eu engoli em seco, meu corpo inteiro estava tomado por ansiedade e nervosismo.

Sem dizer nada, obedeci. 

Olhei hesitante para ele enquanto eu puxava a calça para baixo e afastava com os pés, sentindo o olhar dele cravar ainda mais fundo em mim.

Meu corpo estava exposto.

Eu mantive meus olhos no chão, incapaz de encará-lo enquanto sentia sua presença me rodeando. Eu sabia o que ele estava vendo.

Os meus peitos grandes demais, que chegavam a ceder.

As coxas volumosas que pareciam não combinar com o restante do corpo.

As estrias marcavam minha pele, uma lembrança de que eu nunca conseguiria ser perfeita.

A barriga, com aquela gordura teimosa que parecia não ir embora por mais que eu tentasse.

A vergonha subiu pelo meu corpo, fazendo minha pele formigar.

Como ele podia me olhar desse jeito, tão intenso, tão devorador?

Eu estava prestes q procurar algum jeito de esconder essas partes de mim. Mas então sua voz grave e firme quebrou o silêncio.

— Levanta a cabeça, Helena. — Muralha ordenou, sua voz rouca. — Não se atreva a se esconder de mim. Eu quero te ver inteira. — Ele fez uma pausa, seus olhos queimando os meus. — Porra, olha pra você... você é gostosa pra caralho.

Eu era?

Hesitei, mordendo o lábio. Quando, finalmente, levantei o rosto, nossos olhares se encontraram.

— Por que tá se escondendo, hein? — Ele continuou, um sorriso torto brincando em seus lábios, enquanto seus olhos continuavam a me devorar de cima a baixo. — Você tem noção do que faz comigo? Do quanto você me deixa maluco? — Ele estendeu a mão.

Eu não conseguia falar, meus lábios entreabertos, a respiração curta.

— Vem cá. — Chamou, dando duas batidinhas ao seu lado na cama.