Testando meus limites II

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  A semana estava acabando e eu seguia convicta na minha idéia de seguir normalmente minha vida. Gustavo chegou em casa com sacolas de frutas que havia comprado na feira. Chegou por trás e me deu um beijinho na bochecha:

👨🏻‍💻 - oi vida, trouxe aqui umas frutinhas pra você!

Como Gustavo conseguia ser totalmente o oposto do irmão? Ou será que antes de eu transformar Otávio em um monstro ele também era zeloso e amoroso?

Num gesto carinhoso toquei o rosto de Gustavo levemente deslizando meus dedos sobre ele:

💁🏽‍♀️ - aiaiai, o que seria dessa minha vida sem você?

Eu sempre era muito carinhosa com Gustavo, de todas as formas tentava retribuir a forma que ele me tratava.

👨🏻‍💻 - amor, aliás, amanhã minha mãe quer fazer uma almoção em família e ela não aceita não como resposta, hein!

Se passou pela minha cabeça que eu teria que me forçar a socializar com aquele demônio católico de ombros largos. Mas eu já não havia decidido que não ia deixar ele estragar as coisas, eu hein! Diante desses pensamentos fiz uma expressão meio "🤨" e concordei com Gustavo:

💁🏽‍♀️ - vou sim amor, eu que não aceito não como resposta! Depois daquele papelão do jantar, preciso mostrar a ela que sou um ser humano normal hahaha!

Eu estava ciente que estava prestes a testar a paciência daquele homem, mas ele que resolva isso com o ego dele! Ou talvez eu queira apenas declarar guerra com esse afronte? Aceitei o almoço que iria acontecer no sábado, ali eu já estava declarando guerra, não com Otávio! Mas eu estava declarando guerra comigo mesma, até onde vai a minha vontade de ser feliz custe o que custar? Poderia custar minha vida ou minha sanidade novamente. Mas tenham certeza, dessa ninguém me veria jogada ao chão com cheiro de cigarro e alcoólicos!

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