Agora você joga o meu jogo

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Pós missa e ao chegar na casa da familia deles, todo mundo já começou a procurar uma função na hora de fazermos o café. De fato, a família de Gustavo e Otávio era como aquelas famílias de comercial de margarina, daquele tipo mesmo que cozinha em família rindo e falando sobre as coisas positivas da vida. Estávamos preparando um café com pão caseiro, bolo e croissant, cada um numa função de fazer a massa, o recheio do bolo e etc...

Eu fiquei encarregada de fazer o bolo de laranja e Gustavo de preparar a massa do pão, realmente era um momento acolhedor entre família em todo mundo ria e fazia piadinhas de tiozão. Em um momento fui até o armário procurar o fermento, foi quando Otávio colocou a mão no meu ombro direito  e perguntou se eu queria ajuda. Ninguém da família ali na cozinha desconfiou de nada, pois poderia ser apenas um gesto de gentileza de cunhados. A verdade é que Otávio havia forçado a mão no meu ombro de uma forma que parecia ser natural e prestativo. Claro que Gustavo estava feliz com a forma que eu estava conhecendo o irmão como cunhado. Os olhares discretos na cozinha aconteciam o tempo todo e na presença de todos.  Eu amava tanto aquele perigo, a sensação de que eu e Otávio tinhamos um segredo ali em meio aquela família. O café ficou pronto e todos nos sentamos para tomá-lo, antes de tudo fizemos uma oração em agradecimento pelo alimento. Em meio a toda família de olhos fechados orando, volta e meia Otávio abria os olhos para me olhar, ele não fazia de forma voluntária, era só que ele se sentia tentado a conferir se eu estava o olhando. Numa dessas olhadas discretas dele, fiz um sinal de beijinho com a boca, de forma silenciosa. Tenho certeza que por dentro aquele homem virava eu fera com essas provocações. Eu adorava a estética da casa da família, eles tinham uma sala apena com instrumentos, acredita? Piano, violoncelo, flauta e etc, era literalmente uma sala de música.

Mais tarde após o almoço todos sentamos na sala pra assistir a um filme, daqueles sobre superação e drama. Eu estava entediada, o filme era chato e não me prendia, sem falar no fato de Otávio me olhar insistentemente e de forma discreta ali no meio de todos.  Em um momento sussurrei no ouvido de Gustavo:

💁🏽‍♀️ - amor, eu vou tomar um ar fresco na sala de música, você se importa?

👨🏻‍💻 -  tudo bem, vida. Vai lá, vou te esperar aqui.

Ao me levantar do sofá, discretamente direcionei um olhar sugestivo até Otávio e saí pra sala de música. Ele sabia que eu estava o chamando pelo olhar. Então ele ficou ali na sala por mais uns 6 minutos antes de ir atrás de mim. Eu estava lá naquela sala, esperando por ele. Até que após esses minutos ele chega de forma afobada fechando a porta. Ele já chegou me empurrando pra cima do piano me beijando loucamente enquanto segurava firme no meu cabelo, o que mais eu devo fazer além de admitir que aqueles beijos deixavam minha calcinha completamente encharcada? Ele puxava meu cabelo com força enquanto apertava minha coxa, eu me derretia naquela boca rosada com aquele bigode gigante fazendo parte do beijo. Otávio ficava ofegante e me dizia com a voz trêmula:

🧔🏻 - você ainda vai me matar!

Esse "você ainda vai me matar" era o bordão que Otávio sempre usava comigo, virou um bordão na verdade. Acho que ele se sentia tão anunciado por mim que não conseguia mensurar em outras palavras o fato de eu deixá-lo louco! Então ficar dizendo que eu ia matá-lo era uma forma de expressar que eu sempre o deixava no ápice da adrenalina misturada com atuação

Desejo visceralOnde histórias criam vida. Descubra agora