Temo miseravelmente ceder, temo ainda mais não obedecer a voz no meu peito que me tortura gritando: << Ceda! Ambas sabemos que você quer.>>
Helena
Era uma vez...
Alguns anos atrásHelena: Por que eu não posso simplesmente, só um pouquinho, arrancar um pouco daquele cabelo e como consequência alguns dentes dela também?
Maria Clara: Porque não é assim que uma mulher deve se comportar, Helena.
Helena: Eu devo só olhar e sorrir as provocações daquela mulher vulgar?
Maria Clara: Olha o que dizes, Helena.__observou ao redor certificando-se que só há nós as duas aqui__As paredes têm ouvidos.
Helena: Quem parece não ter ouvidos é aquela mulher que um dia, eu juro, eu mesma a baterei tanto que aí sim, as paredes desejarão não ter ouvidos para não ouvi-la chorar e aí, querida Maria Clara, saberás como uma mulher deve se comportar frente a uma situação dessa.
Maria Clara: Você é... como que dizem por aqui na vila?__perguntou de forma retórica__Uma Maria-Rapaz mesmo.__parou de novo, mas dessa vez para rir e mostrar seus dentes perfeitamente alinhados como seus lábios marrom, que se estendiam junto com o seu sorriso mais bonito de orelha a orelha__Como tenciona um dia se casar, ter uma família, um lar, agindo assim, minha amiga?
Helena: Se depender de mim NUNCA. Você sabe como eu sou, eu nunca quis ter isso entende? Submissão? Um casamento que mais parece uma prisão? É isso que você quer, Maria Clara?
Maria Clara: Você sabe que nem todos são assim e não é bem assim, além do mais, o que tem de mal não opinar se eu posso ser apenas uma dona de casa que faz compras quase todos os dias com o salário de um homem, que se a gente tiver sorte, de um homem bonito, atraente e rico como o Ricardo?__deu um dos seus suspiros longos__Se eu tivesse um homem como ele, acredita, ser submissa não seria um problema, principalmente se fosse ser na cama.
Sorriu-me como sempre me fazendo sorrir também, é o que sempre acontece quando o assunto é o Banqueiro Ricardo Guerrera: suspiros, desejos e como minha amiga insiste em dizer calcinhas molhadas, no caso a dela e as das de mais mulheres dessa vila que se derretem por ele, na verdade, não entendo porquê tanto fascínio, mas aí eu lembro que afinal << ele é só um dos homens mais bonito e rico da vila>> como elas dizem e é, mas não entendo o motivo de que muitas abdicam das suas opiniões e sua voz se casando só para ter um futuro resolvido e... ah, claro, sua pessoa desvalorizada como a maioria dos homens casados dessa vila fazem com suas esposas. Nenhum futuro bem resolvido me faria deixar de ser quem sou.
Após mais algumas palavras trocadas com
Maria Clara, despedi-me dela e deixei-a na loja de vestidos onde ambas trabalhamos, e estou voltando para casa porque o meu turno já tinha acabado faz tempo, tipo há 24h, mas fazer o quê se eu amo conversar com a minha melhor e única amiga? Eu e meus pais vivemos um pouco longe do centro da vila, o que faz com que as minhas idas e voltas ao centro da vila sejam realizadas com o auxílio de uma bicicleta que tenho desde os 15 anos, hoje com os meus 19 anos ainda caibo nela perfeitamente, minha fiel companheira, só perde o lugar para a Maria Clara que jura não sentir ciúmes dela, mas eu vejo as faíscas entre ambas.Acabei de entrar em casa e antes mesmo de chegar à cozinha, ouço meus pais falarem... Como assim eles têm alguém para eu me casar já?
Gente, por favor ajudem essa escritora iniciante aqui votando nos capítulos e comentando.💋

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Escrava Do Que Desejo
أدب الهواةHelena é uma jovem que vê-se dividida entre desejos e necessidades enquanto ao seu redor o mundo muda completamente graças a chegada de uma pessoa... Eleanor.