Ciúmes.

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Mais uma vez, quando girei a maçaneta, a porta se abriu com tudo e caí para frente

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Mais uma vez, quando girei a maçaneta, a porta se abriu com tudo e caí para frente.

Gustavo me segurou, e consegui voltar a ficar em pé.

— Quer parar com isso? — falei, fechando a porta depois de entrar.

— Aninha? Que tipo de apelido é esse? — disse ele com desdém.

— E Beija-Flor? — respondi com o mesmo desdém. — Um pássaro que fica voando e fazendo um barulho esquisito?

— Você gosta de Beija-Flor — disse ele, na defensiva. — É um pássaro lindo, que nem você. Você é meu beija-flor.

Eu me segurei no braço dele para tirar os sapatos de salto e depois entrei no quarto.

Enquanto trocava de roupa e colocava o pijama, fiz o melhor que pude para continuar brava com ele.

Gustavo se sentou na cama e cruzou os braços.

— Foi bom?

— Sim — suspirei —, foi fantástico. Perfeito. Ele é...

Não consegui pensar em uma palavra adequada para descrever Luan, então só balancei a cabeça.

— Ele beijou você?

Pressionei os lábios um no outro e fiz que sim com a cabeça.

— Ele tem lábios muito macios.

Gustavo ficou horrorizado.

— Não me interessa que tipo de lábios ele tem.

— Vai por mim, é importante. Fico tão nervosa com o primeiro beijo, mas esse até que não foi ruim.

— Você fica nervosa com um beijo? — ele me perguntou, com ar divertido.

— Só com o primeiro. Odeio primeiro beijo.

— Eu também odiaria, se tivesse que beijar o Luan Pereira.

Dei uma risadinha e fui até o banheiro tirar a maquiagem.

Gustavo foi atrás de mim e se apoiou no batente da porta.

— Então vocês vão sair de novo?

— Vamos. Ele vai me ligar amanhã.

Sequei o rosto e cruzei o corredor, pulando na cama para me deitar.

Gustavo tirou a roupa e ficou só de cueca, sentando-se na cama de costas para mim.

Um pouco curvado, parecia exausto.

Olhou de relance para trás por um instante, para me ver, e os músculos perfeitos de suas costas se retesaram.

— Se vocês estavam curtindo tanto, por que você voltou tão cedo pra casa?

— Ele tem uma prova importante na segunda-feira.

Gustavo torceu o nariz.

— Quem se importa com isso?

— Ele está tentando entrar em Harvard. Precisa estudar.

Ele bufou e deitou de bruços.

Vi quando enfiou as mãos debaixo do travesseiro, parecendo irritado.

— É, é isso que ele fica dizendo pra todo mundo.

— Não seja idiota. Ele tem prioridades... Acho responsável da parte dele.

— A mina dele não deveria estar no topo das prioridades?

— Não sou a mina dele. Saímos uma vez, Gu — falei em tom de bronca.

— E o que vocês fizeram?

Olhei para ele com um ar meio hostil e ele riu.

— Que foi? Estou curioso!

Vendo que ele estava sendo sincero, descrevi tudo, desde o restaurante, passando pela comida e depois pelas coisas doces e divertidas que o Luan dissera.

Eu sabia que minha boca estava congelada em um ridículo sorriso, mas não conseguia evitá-lo enquanto descrevia minha noite perfeita.

Gustavo me observava com um sorriso entretido enquanto eu tagarelava, e até me fez perguntas.

Embora parecesse frustrado com a situação, eu tinha a distinta sensação de que ele gostava de me ver tão feliz.

Ele se ajeitou na cama e bocejei.

Ficamos nos encarando por um instante antes de ele soltar um suspiro.

— Fico contente que você tenha se divertido, Flor. Você merece.

— Obrigada — abri um sorriso.

Meu celular tocou na mesa de cabeceira, e me levantei, um pouco torta, para olhar o número de quem ligava.

— Alô?

— Já é amanhã — disse Luan.

Olhei para o relógio e ri.

Era meia-noite e um.

— E.

— Então, que tal na segunda-feira à noite? — ele me perguntou.

Cobri a boca por um instante e inspirei fundo.

— Ah, tudo bem. Segunda à noite está ótimo.

—  Que bom! A gente se vê na segunda — disse ele.

Dava para ouvir o sorriso em sua voz.

Desliguei o celular e olhei de relance para Gustavo, que observava a cena com uma leve irritação.

Desviei do olhar dele e me encolhi como uma bolinha, tensa de animação.

— Você é uma menininha mesmo — disse Gustavo, dando as costas para mim.

Revirei os olhos.

Ele se virou e me puxou, para que ficássemos cara a cara.

— Você gosta mesmo do Luan?

— Não estrague as coisas para mim, Gustavo!

Ele ficou me encarando por um instante, balançou a cabeça e desviou o olhar de novo.

— Luan Pereira — disse.

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Continua....☆

I. Espero que estejam gostando, não se esqueçam de votar e comentar muito.

II. Capítulo revisado, porém pode conter alguns erros.

--Beijos, 🦋

Belo Desastre | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora