Ajuda.

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— Ana Flávia! Você está aí! Te procurei por toda parte! — disse Eduarda, irrompendo pela porta e erguendo o celular

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— Ana Flávia! Você está aí! Te procurei por toda parte! — disse Eduarda, irrompendo pela porta e erguendo o celular.

— Acabei de desligar o telefone. Estava falando com o meu pai. O Rodrigo ligou para eles ontem à noite.

— O Rodrigo?

Meu rosto se contorceu em repulsa.

— Por que ele ligaria para os seus pais?

Eduarda ergueu as sobrancelhas, como se eu devesse saber a resposta.

— Sua mãe continua desligando o telefone na cara dele.

— O que ele queria? — perguntei, me sentindo nauseada.

Ela pressionou os lábios.

— Saber onde você estava.

— Eles não contaram pra ele, contaram?

A expressão de Eduarda se entristeceu.

— Ele é seu pai, Ana Flávia, meu pai achou que ele tinha o direito de saber.

— Ele vai vir até aqui — falei, sentindo os olhos arderem. — Ele vai até aqui, Duda!

— Eu sei! Sinto muito! — ela disse, tentando me abraçar.

Eu me afastei cobrindo o rosto com as mãos.

Um par de mãos fortes, protetoras e familiares pousou nos meus ombros.

— Ele não vai machucar você, Beija-Flor — disse Gustavo. — Não vou deixar.

— Ele vai dar um jeito — disse Eduarda, me observando com o olhar pesado. — Ele sempre faz isso.

— Tenho que cair fora daqui.

Apertei o casaco nas costas e peguei a maçaneta.

Estava tão perturbada que não conseguia coordenar o movimento de abaixar a maça e puxar a porta ao mesmo tempo.

Tão logo as lágrimas de frustração rolaram nas minhas bochechas geladas, Gustavo cobriu minha mão com a dele e me ajudou a abrir a porta.

Olhei para ele, consciente da cena ridícula que eu estava fazendo, esperando ver um olhar confuso ou desaprovador em seu rosto, mas ele olhava para mim sem nada além de compreensão.

Ele passou o braço em volta dos meus ombros, e juntos descemos as escadas e passamos pela multidão até chegar à porta da frente.

Eduarda, Vetuche e Gustavo se esforçavam para manter o mesmo passo que eu, enquanto seguíamos em direção ao Charger.

Eduarda apontou algo com a mão e me agarrou pelo casaco, me fazendo parar no meio do caminho.

— Ana Flávia! — ela sussurrou, mostrando-me um pequeno grupo de pessoas.

Belo Desastre | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora