Mudança.

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Brady era pelo menos uma cabeça mais alto que Gustavo, e engoli em seco quando os vi em pé, prontos para o combate

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Brady era pelo menos uma cabeça mais alto que Gustavo, e engoli em seco quando os vi em pé, prontos para o combate.

Brady era enorme, tinha duas vezes o tamanho de Gustavo e era só músculos.

Eu não conseguia ver a expressão no rosto de Gustavo, mas era óbvio que Brady estava ali para derramar sangue.

Adam aproximou os lábios de minha orelha e disse:

— Acho que você vai querer tampar os ouvidos, menina.

Coloquei as mãos em concha, uma em cada ouvido, e ele sinalizou o começo da luta com o megafone.

Em vez de atacar, Gustavo deu uns passos para trás.

Brady desferiu um golpe, do qual ele se esquivou indo para a direita.

O adversário atacou de novo, e Gustavo abaixou a cabeça, desviando para o outro lado.

— Que merda é essa?! Isso não é uma luta de boxe, Gustavo! —Adam gritou.

Gustavo deu um soco no nariz de Brady.

O barulho no porão era ensurdecedor.

Gustavo acertou um gancho de esquerda no maxilar do adversário, e levei as mãos à boca quando este tentou acertar mais alguns socos, mas todos atingiram o ar Brady caiu de encontro a seu séquito quando Gustavo lhe deu uma cotovelada no rosto.

Achei que a luta estava quase terminando, porém Brady voltou a lançar golpes, mas parecia que ele não conseguia mais manter o ritmo.

Ambos estavam cobertos de suor, e tive um sobressalto quando Brady errou mais um soco, batendo forte a mão em uma pilastra de cimento.

Quando ele se curvou segurando o punho cerrado, Gustavo partiu para o ataque final.

Ele foi implacável, acertando primeiro o rosto de Brady com o joelho, depois golpeando-o com os punhos cerrados repetidas vezes, até o adversário cambalear e cair.

O barulho foi às alturas quando Adam saiu do meu lado para jogar o quadrado vermelho sobre o rosto ensanguentado de Brady.

Gustavo sumiu entre os fãs, e pressionei as costas na parede, tateando o caminho até chegar à entrada por onde tínhamos vindo.

Chegar onde estava a lanterna foi um alívio imenso.

Eu estava aflita, com medo de ser nocauteada e pisoteada.

Meus olhos focaram a entrada, e fiquei esperando que a multidão dispersasse.

Depois de vários minutos sem sinal de Gustavo, eu me preparei para refazer os passos até a janela.

Com o número de pessoas que tentavam sair ao mesmo tempo, não era muito seguro ficar andando por ali.

Assim que pisei na escuridão, ouvi o som de pegadas esmagando o concreto solto no chão.

Belo Desastre | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora