Surpresa.

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— Ana Flávia? — disse Vetuche, batendo na porta

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— Ana Flávia? — disse Vetuche, batendo na porta.

— A Duda vai fazer umas coisas na rua, e ela pediu pra eu te falar, caso você precise sair também.

Gustavo não tinha tirado os olhos dos meus.

— Flor?

— Ah, sim — respondi ao Vetuche. — Tenho umas coisas pra resolver.

— Tudo bem, então ela te espera — ele disse, e seus passos foram sumindo no corredor.

— Flor?

Peguei algumas coisas no armário e passei por Gustavo.

— Podemos conversar sobre isso depois? Tenho muita coisa para fazer hoje — respondi.

— Claro — ele disse, com um sorriso forçado.

Foi um alívio fugir até o banheiro.

Entrei e fechei rapidamente a porta.

Ainda me restavam duas semanas ali no apartamento, e não tinha como adiar aquela conversa, pelo menos, não durante tanto tempo assim.

A parte lógica do meu cérebro insistia que Luan fazia meu tipo: atraente, inteligente e interessado em mim.

Eu não conseguia entender por que me importava tanto com Gustavo.

Qualquer que fosse o motivo, isso estava nos levando à loucura.

Eu me sentia dividida em duas:

A pessoa dócil e educada que eu era com Luan, e a pessoa confusa, irritada e frustrada em que me transformava quando estava perto de Gustavo.

E a faculdade inteira tinha visto Gustavo passar de imprevisível para quase volátil.

Eu me vesti com rapidez, deixando os meninos para ir até o centro da cidade com Eduarda, ela me contou, entre risadinhas, sua aventura sexual com Vetuche de manhã, e escutei assentindo quando achava que devia.

Estava difícil me concentrar no assunto com os diamantes da minha pulseira criando pequenos pontos de luz no teto do carro, fazendo com que eu me lembrasse da escolha diante da qual eu de repente me encontrava.

Gustavo queria uma resposta, e eu não a tinha.

— Tudo bem, Ana Flávia. O que está acontecendo? Você anda quieta.

— Esse lance com o Gustavo... é uma confusão.

— Por quê? — ela me perguntou, e seus óculos de sol se elevaram um pouco quando ela torceu o nariz.

— Ele me perguntou o que estamos fazendo.

— E o que vocês estão fazendo? Você está com o Luan ou não?

— Eu gosto dele, mas faz só uma semana. Não estamos namorando sério ou algo do tipo.

— Você sente algo pelo Gustavo, não é?

Belo Desastre | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora