Tutor.

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Rostos familiares preenchiam os assentos da nossa mesa predileta do almoço

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Rostos familiares preenchiam os assentos da nossa mesa predileta do almoço.

Eu me sentei entre Eduarda e Odorico.

Os outros lugares foram ocupados por Vetuche e seus companheiros da Sigma Tau.

Era difícil ouvir alguma coisa com o barulho que fazia no refeitório, e o ar-condicionado parecia ter pifado de novo.

O ar estava denso com o cheiro de comida frita e peles suadas, mas, de alguma forma, todo mundo parecia mais elétrico que de costume.

— Oi, Brazil — disse Vetuche, cumprimentando o cara sentado à minha frente.

A pele bronzeada e os olhos cor de chocolate contrastavam com o boné branco do time de futebol americano da Eastern enterrado na testa.

— Senti sua falta depois do jogo no sábado, Tuche. Bebi uma cerveja ou seis por você — disse ele, com um sorriso amplo e branco.

—Valeu. Levei a Duda para jantar — ele respondeu, inclinando-se para beijar o topo dos longos e loiros cabelos de Eduarda.

— Você está sentado na minha cadeira, Brazil.

Brazil se virou, viu Gustavo parado atrás dele, depois olhou surpreso para mim.

— Ah, ela é uma das suas minas, Gu?

— Definitivamente não —eu disse, balançando negativamente a cabeça.

Ele olhou para Gustavo, que o encarava, esperando.

Brazil deu de ombros e então levou a bandeja até a ponta da mesa.

Gustavo sorriu para mim enquanto se ajeitava na cadeira.

— E aí, Flor?

— O que é isso? — perguntei, sem conseguir desviar o olhar da bandeja dele.

Aquela comida misteriosa parecia um pedaço de cera.

Gustavo deu risada e bebeu um pouco de água.

— A moça do refeitório me dá medo. Não vou criticar as habilidades culinárias dela.

Não deixei de notar o olhar inquisitivo dos que estavam sentados à mesa.

O comportamento de Gustavo estimulava a curiosidade deles, e contive um sorriso por ser a única garota que eles já tinham visto Gustavo insistir em ter sentada perto dele.

— Ai... a prova de biologia é depois do almoço — resmungou Eduarda.

— Você estudou? — perguntei.

— Ah, não. Passei a noite jurando para o meu namorado que você não vai dormir com o Gustavo.

Os jogadores de futebol americano sentados na ponta da nossa mesa interromperam suas risadas idiotas para nos ouvir com mais atenção, fazendo com que os outros alunos percebessem.

Belo Desastre | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora