Eu me joguei no sofá.
Ele se sentou ao meu lado e puxou minhas pernas para o seu colo.
— O que você quer fazer hoje, Flor?
— Dormir. Ou descansar... ou dormir.
— Posso te dar seu presente antes?
Dei um empurrão no ombro dele.
— Fala sério! Você comprou um presente pra mim?
Sua boca se curvou em um sorriso nervoso.
— Não é uma pulseira de diamantes, mas acho que você vai gostar.
— Vou amar, mesmo sem ver o que é.
Ele tirou minhas pernas do colo dele e sumiu dentro do quarto de Vetuche.
Ergui uma sobrancelha quando o ouvi murmurando, e então ele surgiu com uma caixa, que colocou no chão, aos meus pés, agachando-se atrás dela.
— Anda logo, quero ver sua cara de surpresa — ele sorriu.
— Anda logo? — perguntei, levantando a tampa da caixa.
Meu queixo caiu quando um grande par de olhos negros se ergueu para mim.
— Um cachorrinho? — falei num gritinho agudo, enfiando a mão dentro da caixa.
Ergui o filhotinho peludo e escuro até perto do rosto e ele lambeu minha boca.
Gustavo tinha um sorriso iluminado no rosto, triunfante.
— Gostou?
— Se gostei? Amei! Você me deu um cachorrinho!
— É um cairn terrier. Precisei dirigir durante três horas para pegá-lo na quinta-feira depois da aula.
— Então, quando você disse que ia com o Vetuche levar o carro dele a oficina...
— Fomos pegar o seu presente — ele assentiu.
— Ele rebola — dei risada.
— Toda garota do Kansas precisa de um Totó — disse Gustavo, ajudando-me a pôr a bolinha minúscula e peluda no colo.
— Ele realmente tem cara de Totó e esse vai ser o nome dele.
Falei, franzindo o nariz para o cachorrinho, que não parava de se contorcer.
— Você pode deixá-lo aqui. Eu cuido dele quando você voltar para o Morgan.
Sua boca formou um meio sorriso.
— Assim posso ter certeza que você vai vir aqui quando seu mês acabar.
Pressionei os lábios.
— Eu viria de qualquer forma, Gu.
— Eu faria qualquer coisa por esse sorriso no seu rosto.
— Acho que você precisa de um cochilo, Totó. Sim, precisa sim — arrulhei para o cãozinho.
Gustavo assentiu, me puxou para o colo dele e se levantou.
— Então vem.
Ele me carregou até o quarto, puxou as cobertas e me colocou no colchão.
Esticando-se por cima de mim, fechou as cortinas e caiu no próprio travesseiro.
— Obrigada por ficar comigo na noite passada.
Falei, acariciando os pelos macios do Totó.
— Você não precisava dormir no chão do banheiro.
— A noite passada foi uma das melhores da minha vida.
Eu me virei para ver a expressão dele.
Quando vi que estava falando sério, lancei lhe um olhar dúbio.
— Dormir entre a privada e a banheira no chão frio com uma imbecil vomitando foi uma de suas melhores noites? Isso é triste, Gu.
— Não, te fazer companhia quando você estava mal e ter você dormindo no meu colo foi uma das minhas melhores noites. Não foi confortável, não dormi merda nenhuma, mas passei seu aniversário de dezenove anos com você. E você é bem meiga quando está bêbada.
— Tenho certeza que eu estava muito charmosa vomitando.
Ele me puxou para perto, dando uns tapinhas de leve no Totó, que estava aninhado no meu pescoço.
— Você é a única mulher que conheço que continua linda mesmo com a cabeça dentro da privada. Acho que isso diz algo sobre você.
— Obrigada, Gu. Não vou fazer você bancar minha babá de novo.
Ele se apoiou no travesseiro.
— Não tem problema. Ninguém segura seus cabelos para trás como eu.
Dei uma risadinha e fechei os olhos, me deixando afundar na escuridão.
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Continua....☆
I. Espero que estejam gostando, não se esqueçam de votar e comentar muito.
II. O próximo capítulo....
III. Capítulo revisado, porém pode conter alguns erros.
--Beijos, 🦋
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Belo Desastre | miotela
FanfictionAna Flávia Castela é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão. E acredita que seu passado sombrio está bem distante, porém, quando, para cursar a faculdade, se muda para uma nova cidade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy do loca...