Virgem.

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Cruzei os braços pronta para brigar, me preparando para explodir depois do inevitável sermão

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Cruzei os braços pronta para brigar, me preparando para explodir depois do inevitável sermão.

Gustavo deu várias tragadas no cigarro, e, quando ficou claro que ele não explicaria nada, minha paciência se esgotou.

— Por que você fez isso? — perguntei.

— Por quê? Porque ele estava atacando você na frente do meu prédio! — ele gritou.

Seus olhos não tinham foco, e pude ver que ele não estava em condições de ter uma conversa racional.

Mantive a voz calma.

— Posso estar ficando no seu apartamento, mas o que eu faço, e com quem, é da minha conta.

Ele jogou o cigarro no chão.

— Você é tão melhor que isso, Flor. Não deixe o cara te comer no carro como se você fosse uma dessas minas fáceis.

— Eu não ia transar com ele.

Ele fez um gesto indicando o espaço onde antes estava o carro do Luan.

—Então, o que vocês estavam fazendo?

— Você nunca ficou de amasso com alguém, Gustavo? Nunca ficou só brincando, sem deixar as coisas chegarem a esse ponto?

Ele franziu a testa e balançou a cabeça, como se eu estivesse falando bobagem.

—Qual o propósito disso?

— Para um monte de gente, existe esse conceito... especialmente para aqueles que namoram.

— As janelas estavam embaçadas, o carro estava balançando... Como eu ia adivinhar? — ele disse, movendo os braços na direção da vaga vazia no estacionamento

— Talvez você não devesse ficar me espionando!

Ele esfregou o rosto e balançou a cabeça.

— Não aguento isso, Beija-Flor. Sinto que estou ficando louco.

Levantei as mãos e depois as deixei cair e bater nas coxas.

— Você não aguenta o quê?

— Se você for pra cama com ele, não quero ficar sabendo. Vou ficar na cadeia um bom tempo se descobrir que ele... Só não me conte nada.

— Gustavo — falei com raiva —, não acredito no que você acabou de falar. Isso seria um grande passo para mim!

— É o que todas as garotas dizem!

— Não estou me referindo às vadias com quem você andar Estou falando de mim! - eu disse com a mão no peito.

— Eu nunca... argh! Não importa.

Saí andando, mas ele me agarrou pelo braço e me fez girar para ficar de frente para ele.

— Você nunca o quê? — me perguntou, se contorcendo um pouco.

Belo Desastre | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora