Refeitório.

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Depois de finalmente conseguir convencê-lo a sairmos do apartamento a tempo de assistir à aula de história, fomos correndo até o campus e nos sentamos pouco antes de o professor Chaney começar a aula

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Depois de finalmente conseguir convencê-lo a sairmos do apartamento a tempo de assistir à aula de história, fomos correndo até o campus e nos sentamos pouco antes de o professor Chaney começar a aula.

Gustavo virou o boné vermelho de beisebol para trás para me dar um beijo nos lábios, na frente de toda a classe.

Quando estávamos a caminho do refeitório, ele pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos enquanto caminhávamos.

Parecia muito orgulhoso de estar segurando a minha mão, anunciando para o mundo que finalmente estávamos juntos.

Odorico percebeu, olhando para nossas mãos e então para mim, com um sorriso sarcástico no rosto.

Ele não era o único.

Nossa singela demonstração de afeto atraiu atenção e murmúrios por onde quer que passássemos.

Na porta do refeitório, Gustavo soprou a última fumaça do cigarro e olhou para mim quando hesitei.

Eduarda e Vetuche já estavam lá dentro, e Odorico tinha acendido outro cigarro, me deixando para entrar lá sozinha com Gustavo.

Eu tinha certeza de que as fofocas já tinham alçado voo e chegado a um novo nível, já que Gustavo havia me beijado na frente de todo mundo na aula de história, e eu temia enfrentar aquele palco.

— Que foi, Beija-Flor? — ele me perguntou, me puxando pela mão.

— Todo mundo está olhando pra gente.

Ele levou minha mão até a boca e beijou meus dedos.

— Eles vão superar isso. É só o choque inicial. Lembra quando começamos a andar juntos? A curiosidade foi morrendo depois de um tempo e eles se acostumaram a ver a gente juntos. Vamos lá — disse ele, me puxando pela porta.

Um dos motivos pelos quais eu tinha optado pela Universidade Easternera o número reduzido de alunos, mas o interesse exagerado por escândalos que vinha por tabela às vezes era exaustivo.

Era uma piada corrente: todo mundo sabia como a indústria de fofocas era ridícula e, ainda assim, todo mundo participava descaradamente.

Nós nos sentamos nos lugares de costume depois de pegar a comida.

Eduarda sorriu para mim com uma expressão de reconhecimento.

Ela conversou como se tudo estivesse normal, mas os jogadores de futebol americano na outra ponta da mesa me encaravam como se eu estivesse em chamas.

Gustavo bateu com o garfo na minha maçã.

— Você vai comer isso, Flor?

— Não, pode comer, baby.

Minha orelha ardeu quando Eduarda se virou para olhar para mim.

— Escapou... — falei, balançando a cabeça.

Belo Desastre | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora