Ana Flávia Castela é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão. E acredita que seu passado sombrio está bem distante, porém, quando, para cursar a faculdade, se muda para uma nova cidade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy do loca...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Naquela noite, Eduarda se sentou no chão de ladrilho do banheiro e ficou falando dos meninos enquanto eu prendia os cabelos em um rabo de cavalo na frente do espelho.
Eu não estava prestando muita atenção, pensando em como Gustavo vinha sendo paciente — para os padrões dele, claro —, sabendo que ele não gostava da ideia de o Luan ir me buscar para sair noite sim, noite não.
Passou como um lampejo pela minha mente a expressão em seu rosto quando pedi que me liberasse da aposta e, novamente, quando disse a ele que as pessoas estavam falando que ele estava apaixonado por mim.
Eu não conseguia parar de me perguntar por que ele não tinha negado isso.
— O Tuche acha que você está sendo dura demais com ele. Ele nunca teve ninguém com quem se importasse o bastante para...
Gustavo enfiou a cabeça pela porta e sorriu enquanto me olhava mexendo nos cabelos.
— Quer ir comer alguma coisa? — ele me perguntou.
Eduarda se levantou para se olhar no espelho, passando o dedo pelos cabelos dourados para penteá-los.
— O Tuche quer ir num restaurante mexicano novo que abriu lá no centro. Se vocês quiserem ir também...
Gustavo balançou a cabeça em negativa.
— Pensei em sair sozinho com a Flor hoje.
— Vou sair com o Luan.
— De novo? — ele falou, irritado.
— De novo — respondi animada.
A campainha tocou e passei correndo por Gustavo para abrir a porta.
Luan estava parado na minha frente com os cabelos arrumadinhos, naturalmente preto e liso, e o rosto bem barbeado.
— Você alguma vez está menos do que maravilhosa? — ele perguntou.
—Tomando como base a primeira vez em que ela veio aqui, vou dizer que sim — comentou Gustavo atrás de mim.
Revirei os olhos e sorri, erguendo um dedo para que Luan me esperasse.
Então me virei e joguei os braços em volta de Gustavo, que ficou rígido e surpreso depois relaxou, me abraçando forte.
Olhei nos olhos dele e sorri.
— Obrigada por organizar a minha festa de aniversário. Podemos deixar o jantar para outro dia?
Diversas emoções passaram pelo rosto de Gustavo, então os cantos de sua boca se voltaram para cima.
— Amanhã?
Dei um apertozinho nele e abri um sorriso.
— Com certeza.
Eu me despedi dele com um aceno, e Luan me pegou pela mão.
