Acordei com o barulho da porta sendo fechada. Abro meus olhos preguiçosamente observando o movimento de Jamie no quarto a procura de alguma coisa. Dou algumas risadinhas abafadas no travesseiro, ele deve está a procura do distintivo de xerife dele. Ontem estavamos brincando de policia e ladrão, mal sabe ele que está comigo.
- Droga.- Chingou baixinho mais deu pra ouvir. Aperto a boca pra não rir. Ele olha pra mim e fecho os olhos rapidamente.- Você escondeu, não foi?
- Humm...
- Sua safada.- Jamie se joga na cama em cima de mim, fazendo eu rir. Descubro meu rosto tirando o lençou de cima de mim.- Diga aonde você escondeu?
- Eu não peguei nada.- Digo meii rouca. Jamie segura meus pulsos em cima da minha cabeça e sua boca no meu pescoço.
- Quer que eu te prenda que nem naquele dia?- Nego rindo.- Então me devolva.
- Está entre minhas calcinhas.- Digo rindo. Antes que ele saisse de cima de mim, Jamie dá uma mordida forte no meu pescoço me fazendo gritar. Ele sai de cima de mim. Caminha até a cômoda no catinho do quarto e abre a primeira gaveta. A gaveta das minhas calcinhas. Ele encara elas e sorri maliciosamente.
- Eu adoro essa.- Ele tira da gaveta uma calcinha fio dental vermelha de renda.- Está nos meus planos pra hoje a noite.- Solto uma risadinha.
- Tudo bem. Agora me deixa que quero dormir.- Jogo um travesseiro nele, que segura antes de tocá-lo.- Matrix!
- Marlene quer falar com você hoje, estarei na prefeitura se precisar de algo.- Faço uma careta. Prefeitura. Eu não gosto desse lugar, aquela mulher me dá nojo. Aposto que ela fica dando em cima dele toda hora.
- Lana vai estar com você?- pergunto como não quer nada.
- Vai sim, com os outros do conselho. Estamos resolvendo um evento de boas-vindas aos turistas que estão chagando nesses dias. Tudo isso graças á você.
Mesmo eu tendo sumido das câmeras ja faziam duas semanas, minhas fãs ficaram sabendo que eu mudei para cá. A maioria vinha me ver, outros vinha conhecer o lugar. Por isso comecei a tirar fotos românticas de mim e de outros casais pela cidade. Como o amanhecer do sol na velha ponte, como era chamada. Dava pra ver várias montanhas, e no meio delas o sol surgia no horizonte. Eram muitas fotos de pontos turisticos, como também a pensão e o restaurante da vovó. Eu publicava todos pelo Twitter, e ainda escrevia uma legenda. E agora a pensão está lotada.
Quando voltei pra cá a duas semanas, fiquei por alguns dias no quarto do Jamie, até alugarmos um apartamento bem perto da delegacia. Não era grande, mais era o suficiente pra nós dois. Mesmo eu ainda tentando aprender a cozinhar. Tentei fazer um ensopado ontem, e não ficou como devia.
- Assistente, não quero demora.- Diz pegando o distintivo e pondo no bolso.- Tenho vários papeis esperando por você na mesa.
- Engraçadinho.- Digo antes dele fechar a porta.
Me levanto da cama feito um zumbi. Caminhando preguiçosamente até o guarda-roupa a procura de uma roupa. Pego uma calça jeans, uma blusa de mangas vermelha e meu sobretudo preto. Já falei que aqui faz frio pra caralho? Poís, é. Faz frio pra caralho aqui. Deixo as roupas que escolhi em cima da cama e vou para o banheiro fazer minha higiene matinal.
Depois de terminar de tomar banho e tudo mais, me visto e coloco meu cachecol vermelho. Calço minhas botas e saio do quarto. Nosso apto é pequeno, mais deu pra por alguns móveis que comprei com alguma parte do meu dinheiro.
Quando estou caminhado rumo a lanchonete da vovó, vejo Lana vindo na minha direção toda sorridente segurando um copo de café.
- Bom dia, Dakota.- Sorri maliciosamente.
- Bom dia, Lana.- Falo no mesmo tom sarcastico que ela.- Pensei que estaria na delegacia.
- Estou indo pra lá agora, estava termindo os ultimos detalhes da festival.
- Humm...estou indo. Morrendo de fome.- Aceno pra ela balançando os dedinhos toda sorridente.
Vejo Marlene na frente da lanchonte conversando com um homem ruivo, de meia idade. Ela acena quando me ver chegar.
- Bom dia, vai tomar café da manhã?
- Sim.- Dou um sorrisinho para o homem loiro.- Quer vim?
- Quero sim. Até depois, Max.- Ela dar um beijinho na bochecha dele, o mesmo fica vermelho de vergonha. Aí, tem coisa.
Sorrio quando Sean se afasta de nós. Falo algumas besteiras pra ela, antes de abrir a porta e ver uma manada de pessoas na lanchonete. Meu Deus! Lotado, não consigo ver nenhuma cadeira vazia. Andie servia os clientes dando saltinhos pelo espaço, vovó sorria enquanto entregava os pedidos, por incrivel que pareça todas essas pessoas aqui são de fora. Um dia eu quis ficar sozinha com Jamie no bosque e fazer um piquenique, mais a ideia foi pro brejo. Havia muitas pessoas fazendo o mesmo.
Me aproximo do caixa pra fazer meu pedido a Max. Ele é bem bonito. Bonito mesmo, um tipo de homem que todas querem. Meigo, simpático, muscúloso, alto, cabelos escuros e olhos mais azuis que os meus. Marlene fala com algumas pessoas na lanchonete. Ja sitei que ela é ajudante em uma escolinha?! Pois é, ela ajuda. Em falar em ajudar, tenho uma pilha de papel me esperando na delegacia. Ninguem merece.
- Bom dia, Max. O de sempre.- Sempre quis dizer isso, mas nos lugares que eu ia sempre ía somente um vez.
- Waffes, café com leite e rosquinhas?!
- Tuchê.- Faço legal com o polegar e dou uma piscadela.
- E você, Marzinha? Chocolate quente com canela e chantilly?- Marlene vira os olhos quando ele a chama de marzinha. Rio baixinho.
- Isso mesmo, Max.- Responde fria. Não sei se foi verdade ou foi minha imaginação. Max fica com uma cara triste quando Marlene o responde com ignorânica.
- Esta com alguma, mulher.- Pergunto depois que Max volta quando entrega o papel.
- Ela é dificil.- Diz sem nem olhar pra Marlene.
- Aposto que mais um pouco de esforço você a conquista.
- Espero o mesmo.- Dessa vez ele olha pra ela. A mesma fingi limpar algo na manga da blusa.- Como anda os preparativos do festival?
- Estão indo. As pessoas estão amando os lugares. A velha ponte foi considerada um dos lugares mais romanticos do país. Devia levar a sua pretendente lá.
- Vou tentar.- A funcionária aparece com nossos pedidos e Max nos entrega.- Até mais, Dak.
- Até.
Escolhemos uma mesa no lado de fora, ja que dentro está lotado. As mesas eram redondas, com panos vermelhos e brancos. Sentamos na mesa ao lado um casal.
- Devia dar uma chance pra ele, Marlene.- Digo assim que ponho meu café na mesa.
- Até você? Minha irmã diz a mesma coisa, e ela só tem treze anos.- Rimos.
- Ele é bonito. Sei que você passou por um relacionamento conturbado, mas não significa que será a mesma coisa com o Max.- Ela faz um careta enquanto encara o café na sua frente.- Dar uma chance, se não der certo termina.
- Tudo bem, vou com ele no fim do espediente dele, okay?
- Okay. Vocês podem conversar no dia do festival.
- tá, tá. Isso eu vejo depois.
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Parando para amar
RandomDakota Johnson é uma modelo que está cansada de paparazzis e holofotes. Ela entào descidi viajar e ficar distante de tudo, mais isso acaba ficando de tudo mesmo. Dakota acaba parando em uma cidade pacata e isolada do mundo.