Capitulo 29

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- Como assim, não?!- Andie so faltou voar para meu pescoço.

- Por qual motivo eu a procuraria? Eu fiz isso uma vez e ela acabou com a vida dela, não vou reptir o mesmo erro.

- E por acaso...- Levanto a mão pra ela parar.

- Eu preciso ir.- Quando estou me levantando ela abri a boca:

- Vou trazer o que pediu, fique.- Ela me dá as costas e vai pra cozinha. A lanchonete está meio vazia, as pessoas devem está tirando fotos antes de voltarem pra suas cidades a tempo de chegarem em casa em 4 de julho. Quatro de julho. Lembro dos meus pais.

Quando tinha dez anos as ruas estavam lotadas de pessoas e o desfile passava na pista, na avenida principal. Estava tão lotado de pessoas que não conseguia ver nada. Eu queria muito ver, mas meu pai dizia que eu estava grande demais pra ficar no seu ombro. No mesmo dia, minha prima descobriu está grávida da Andie. Meu pai ficou tão feliz que me colocou nos seus ombros e me levou pra ver o resto do desfile.

- Aqui está.- Andie me tira dos meus desvaneios.- O que anda pensando?

- No dia que Andrea descobriu que estava grávida.- Digo. Andie as vezes gostava de ouvir falar sobre a mãe dela. A mesma foi criada pelo pai depois que Andrea morreu no porta, ela tinha problema de pressão e a gravidez foi muito arriscada.

- Eu ficava com sua mãe quando meu pai ia trabalhar.

- Você contou pra Dakota o que aconteceu aos seus pais?- Nego. Minha mãe me abandonou quando tinha dois anos e meu pai morreu de parada cardíaca quando soube que a segunda esposa o deixou também. Eu não queria falar deles pra Dakota. Saber sobre minha infância ruim e medíocre.

- Não quero falar deles.- Por fim acabei sendo criado por Andrea e  minha tia. Mais Andrea logo foi embora como meu pai e minha mãe, e deixou a pequena Andie comigo.

- Eu te amo, Jamie. Mas você foi um filho da mãe completo com a Dakota.- Minha prima mal fala palavrões, mas quando fala tem suas razões.

- Eu também amo você, mais não se irriti comigo se eu disser que irei jantar com a Lana.- Ela arregala os olhos pra mim. Ela faz uma carranca e abre a boca pra falar alguma coisa mas logo fecha.

- Foda-se.- Ela sai bufando. Balanço a cabeça. Andie é igualzinha a Andrea. O que ela diria em uma situação com essa?

- Você deveria parar de ser um babaca, Jamie. Sabe que não está sozinho.- Ela colocou a mão no meu ombro. Levanto a cabeça, meu rosto inundado de lágrimas.- Se um dia eu não estiver aqui, você cuidará dela. Só não seja um idiota.- Rimos. Andrea acaria a barriga inchada.

Sorrio com o pensamento que me vem a cabeça, não tem nada a ver com minha situação de agora, mais é sempre bom lembrar das pessoas que amamos. Principalmente dela, Dakota.

São exatamente seis horas em ponto, eu devia mandar uma mensagem pra Lana cancelando nosso jantar. Mas seria errado, nunca desmarque um encontro com alguem de ultima hora. Não que seja um encontro, mas se um homem e uma mulher vão a um restaurante talvez seja.

Pego minhas roupas vou para o banheiro e tomo um banho rápido. Não seco nem mesmo o cabelo quando terminando de arrumar.

Lana já me esperava na frente da delegacia com um vestido preto, os cabelos bem penteados e uma maquiagem um pouco exagerada. Ela sorri quando me ver chegando.

- Boa noite, Jamie.- Ela me dá u beijo na minha bochcha.

- Boa noite.

- Vamos, resevei uma mesa pra dois.- Só é a gente mesmo. Caminhamos até chegar ao restaurante e o recepcionista nos levou para a nossa mesa, bem de frente pra televisão.- Fico feliz em ter aceitado meu convite, queria te perguntar uma coisa.

- Os senhores vão querer alguma coisa.

- Vinho.- Lana pede.

- Um martini de pêssego pra mim.- Não quero vinho.- O que ia me perguntar.- Na televisão está passsando algo sobre a guerra civil, logo começa um programa de moda. A legenda aparece que logo irão mostrar algumas fotos de campanha de verão e primavera, de todas as revistas.

- Estamos sendo tão próximos nesses dias.- Minha atenção se volta pra TV que logo começa a passar as fotos de modelos de propaganda em casais. Começando pelas empresas de Seattle. O garçom logo tras nossos pedidos, dou um gole no meu martini. Que está uma delicia.- Continuando...eu estava pensando em sermos mais que isso.

- Dakota?- Lana geme em desgosto quando quando falo o nome da Dakota. Digo o nome dela, por quê acabo de vê-la na TV com um homem bronzeado, alto e na opinião das mulheres deve ser bonito. Ele estava com uma bermuda vermelha e uma blusa branca, segurava na cintura da Dakota enquanto a mesma descançava a cabeça no ombro dele e olhava seriamente pra câmera. Me engasgo com o Martini quando aparece a proxima foto deles. Com roupa de banho, mas a Dakota está de maiô, que é bom. Ela não parece está gorda nessa foto.- Jesus!

- O que foi?

- Acabo de ver a Dakota na televisão.- Me levanto.

- Aonde vai?- Lana pergunta.

- Procurar por Andie. Sinto muito, fiquei sem fome.- Ela me olha feio quando me afasto da mesa. Preciso saber quem é o cara que está com ela.

Chego na lanchonete e um pequeno grupo sorria enquanto olhava pra TV. Já dá pra imaginar o que viram.

- Ela está linda.- Minha tia fala que nem uma apaixonada.

- E aquele cara com ela? É gato!

- Andie!- Minha tia a repreende.

- Desculpa, vó. Mas a Dak ganhou na loteria.- Meu coração aperta, eu ainda a amo, e vê-la com esse cara me deixou mal. Muito mal. Eu não preciso ficar aqui e escutar os comentários sordidos deles.

Descido ir pra delegacia ficar sozinho.

A cela onde ficamos pela primeira vez parece sem vida e sem chão. Esse lugar todo exala Dakota, sua presença e cheiro ainda está presente aqui, nesse lugar. Logo minha raiva de ser um imbecil vira lágrimas de arrependimento, que nunca poderam voltar atraz.

Parando para amarOnde histórias criam vida. Descubra agora