Depois que Holly termina de comer. Tiro os pratos da mesa e vou lavá-los. Eloise a leva pra sala, liga a televisão e volta pra cozinha. Ela me observa pensativa, isso me deixa irritada.
- Você pode parar de me olhar, se quiser.- Digo. Ela balança a cabeça. Com certeza seus pensamentos estavam bem longe de serem de mim.
- Desculpa. Só estava pesando que tipo de pessoa abandona uma criança no meio da noite.- Holly dispertou o lado piedoso da Eloise.
- Uma pessoa má, que deve ser punida por isso. A coitada não sabe nada, ainda é muito pequena.- Termino de lavar os pratos, e os coloco no escorredor.
- Amanhã bem cedo vamos pra delegacia. Só estou com medo de que eles não acreditem em nós.- Ela fala cabisbaixa.
- Claro que eles vão acreditar. Temos testemunhas. Uma testemunha.- O porteiro.
- Bob?- Assenti.- Tem razão. Eu estou cansada, estou indo dormir.
- Eu vou ficar mais um pouco acordada.- Digo. Ela acena pra mim em seguida me manda beijos. Sorrio e aceno também.
Olho para o relógio da cozinha. Ainda é cedo pra dormir, mais acho que Eloise está cansada por conta da visita que ela fez ao novo prédio que fará parte da compania da empresa do pai dela. Só tinha que está cansada mesmo. Vou pra sala, a TV está no canal da Disney. Pelo menos Eloise sabe um canal apropriado pra crianças. Holly está sentada formalmente no sofá com sua completa atenção voltada pra televisão, ou melhor para a Tinker bell. Que tipo de criança senta assim? Será que ela está desconfortável? Me sento ao lado dela, mas diferente. Coloco minhas pernas pra cima do sofá. Logo minha atenção esta no filme. A fadinha está voando em um balão que se movimenta graças ao pozinho mágico.
- Ela quebrou a bola azul.- Holly fala sem desviar o olhar da televisão. Será que se eu perguntar sobre a mãe, ela saberá responder? Ela está engraçada com minha blusa.- E agora vai pra um lugar bem loge dos amigos dela.- Ela fala triste.
- Como ela quebrou a bola azul?- Pergunto interessada. Logo ela olha pra mim feliz por eu ter feito a pergunta.
- Por causa do amigo dela. Ela ficou vermelha que nem um tomate.- Ela começa a gargalhar. Por quê nunca quis conviver com uma criança antes? Será por quê coloquei na minha cabeça que elas eram irritantes?!- E agora ela precisa concertar a bola.
- E por quê essa bola é importante?
- Ela vai trazer pozinho mágico azul.- Ela levanta os braços e a manga da blusa desce. Solto uma risada silenciosa.
- Como você sabe?
- Eu já assisti. Minha mãe me levava para o trabalho dela, e eu assisti lá.- Minha chance.
- E sua mãe é boa? Pra levar você para o trabalho dela.- Ela balança a cabeça.
- Ela fala que não me queria, que eu atrapalho a vida dela. Ela me bate quando digo que estou com fome.- Minha garganta aperta, estou com vontade de chorar de esganar quem tem coragem de bater em uma criança.- Ela me deixa sozinha em casa, com fome. E eu tenho medo do namorado dela.
- Por quê você tem medo dele?- Não quero precioná-la demais.
- Ele me queimou com um cigarro uma vez, quando eu pisei no pé dele sem querer.
- O que sua mãe fez?
- Ela não viu. E quando fui contar ela não acreditou em mim. Disse que eu me queimei sozinha.- Ela me mostra a palma da mão direita, uma pequena bola de carne vermelha no meio. Que pessoas más, isso me deixa furiosa.
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Parando para amar
RandomDakota Johnson é uma modelo que está cansada de paparazzis e holofotes. Ela entào descidi viajar e ficar distante de tudo, mais isso acaba ficando de tudo mesmo. Dakota acaba parando em uma cidade pacata e isolada do mundo.