♦ Capítulo 47 ♦ A despedida de solteiro. Nicolas, eu te mato!

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Eu bem que tentei fugir daqueles panacas. Mas não consegui.

Quando eu vejo que fui praticamente sequestrado por eles e parado bem aqui na casa do Nicolas, eu descobri que estava terrivelmente fodido. A Katherine nunca foi mulher de demonstrar ciúmes e tão pouco ter essas crises que algumas mulheres estão acostumadas a dar, mas agora eu meio que mereci. Pois é, eu não deveria ter permitido que aquela stripper sentasse em meu colo e me agarrasse! Porra, acredita em mim!

Eu não tive culpa quando ela decidiu marcar o meu pescoço e deixar a merda de um chupão. Aqueles filhos da mãe souberam muito bem como me embebedar ao ponto de conseguirem me arrastar para essa maldita despedida de solteiro.

Agora estou aqui, estreando o nosso sofá enquanto Katherine está trancafiada no nosso quarto da nossa casa. Não sei se vocês lembram, mas já estamos morando na tal casa chique pra caralho nesse bairro privado onde nada acontece. Sei lá, talvez eu tenha exagerado em comprar uma casa aqui. Não é que eu esteja me sentindo só; Okay, você me pegou. Eu estou me sentindo terrivelmente só e abandonado. Por que eu fui inventar de cair na conversa daqueles caras? Logo eu, que os conhece tão bem, acreditei que iríamos apenas em um bar, jogar um pouco de sinuca e curtir a noite com os amigos.

Caralho! Nem parece que meu casamento está chegando! Bem, se é que vai ter um depois dessa cagada que eu fiz. A sua mulher sabe que você não a traiu, pois a ama mais do que tudo nessa vida. A sua mulher também sabe que você é louco por ela e até seria capaz de dar um rim por ela.

Mas nada disso adianta quando ela descobre que uma qualquer deixou a sua marca em meu pescoço. Nisso, eu tenho que concordar com ela. Katherine é a única com o direito de marcar o gostosão aqui. E agora, vem essa morena peituda pra cacete, senta no meu colo, rebola e com a cabeça cheia de bosta, morde meu pescoço. Suga a minha pele e deixa bem ali, a marca roxa pra qualquer um ver.

Mas de que adianta eu dizer que a amo se Katherine deseja matar-me? Só me resta ficar nesse sofá, com a garrafa de Whisky e me punindo a cada minuto por ter permitido ser enganado por eles.

Só de lembrar, eu sinto meu sangue ferver e a vontade de sair e matar cada um deles, colocá-los em praça pública e sair rindo feito um neurótico. Mas eu sou um rapaz bonzinho, vou ficar aqui no sofá curtindo a minha depressão pós despedida de solteiro.

Ah, se eu pudesse voltar no tempo.

Quatro horas atrás

— Tá. Vocês só vão beber? É isso?

Por mim, nós casaríamos no ano que vem. Eu gostaria que Katherine estivesse bem, com o nosso filho já nascido. Mas não, Katherine é teimosa como uma mula! Mesmo sabendo que não pode fazer esforço e tão pouco passar por grandes emoções, ela insistiu para que nos casássemos. A sua médica já lhe disse que o bebê pode vir a qualquer momento. Nem parece que esses oito meses passaram assim tão depressa! Parece que ontem eu a engravidei e agora, piscando os olhos, Katherine já está prestes a dar a luz.

— Mas é claro, cara! — Estou em uma conferência com Nicolas, Renan e Richard via Skype em meu celular. Katherine está no banho, lavando o cabelo e cantando uma música qualquer que ela deixara tocando no aparelho de som.

— Até parece que não confia na gente, Enzo! — Entre aqueles retardados, o Renan é o mais sério. É também o mais filho da mãe, aquele ser insensível e meio louco. Mas, se até ele está me convencendo de que será nada demais, só me resta confiar naqueles caras.

— Tudo bem, caras. Eu vou só paparicar a Kath, tomar um banho e me encontro com vocês no mesmo barzinho de sempre, daqui uma hora. Beleza?

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