♦ Capítulo 9 ♦

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Boa noite, meus tchucos! Agora, mais um capitulo de PDN! E dedicado especialmente a Tay Oliveira!

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Katherine

Sabe, meninas. Eu poderia dizer que o começo do meu dia estava sendo o pior de minha vida. Mas é claro que não. De pior ele havia se tornado um dos mais encantadores. Explicação para o que eu estava sentindo? Nenhuma!

Ele cuidava de mim assim como o homem mais importante da minha vida fazia comigo. Em seus braços eu me sentia entregue, sem preocupações e com a certeza de que não sairia dali nunca mais. Meu corpo reagia com arrepios que vinham desde os pés até a minha nuca. Seu inocente gesto de carinho me deixa nas nuvens.


Agora, como é que eu estava presa aquele olhar enigmático e que me comia com os olhos? Por mais que ele se esforçasse o bastante para demonstrar apenas a sua enorme preocupação comigo e meu maldito pânico, eu tinha certeza de que ele queria mesmo era que eu estivesse sentada em seu colo em outras circunstâncias. Ah, mas como eu desejava isso também.

Estava sentindo o ar fugir de meus pulmões, depois ser salva pelo deus grego, sentir-me melhorando aos poucos e a luz retornar, levando-nos a saída que devíamos ter encontrado a um bom tempo. Surpreendida pelos funcionários, eu os olhava. Olá, meu nome era confusão nesse exato momento. Piscando os olhos várias vezes, a Katherine de sempre ressurgia aos poucos e começava a listar mentalmente todas as ações que deveria tomar. E então, ele abriu a boca.

Até o momento em que ele abre a boca. A sua boca deveria abrir junto com a minha em um beijo, e não para falar besteiras. Homens e a mania de falar o que não deve. Ok, eu não era nenhuma santa. Mas ninguém merecia levar uma cantada tão cretina e idiota. Ele era um idiota. Idiota com diploma. Senti o início de uma cólica e constatei: Eu estava de TPM. E como tal, não deixaria de ser o que somos na maioria das vezes que essa tensão nos atingia: Irritar por qualquer coisa.

Sai de seu colo como um vulcão. Mas um vulcão prestes a entrar em erupção e fazer aquele safado ser tomado por toda a minha lava. A risadinha malévola dentro de mim ecoava na minha cabeça e o que eu mais queria era sair dali e me refugiar em meu quarto. Empresa hoje? Nem pensar mais. Dei uma olhada rápida em meu relógio de pulso para saber das horas. Olhei pela segunda vez, pois para ser sincera, eu nunca reparava nas horas logo de primeira. Como um touro, eu estava atropelando todos a minha frente até ser chamada por aquela voz sexy. Droga, mais uma vez o desconforto em meu íntimo e o arrepio me relembrando que a pouco tempo atrás, estava sem seu colo. Virei de uma vez para poder finalizar com ele. Assim que ouvi suas barbaridades, eu senti outra coisa: Eu ia pular nele e arrancar o seu pescoço! Depois ficaria pisando sobre ele com o meu salto altíssimo.

Respirei bem fundo para não acabar concretizando os meus pensamentos maléficos.

Dei o meu melhor sorriso. Aquele sorriso que damos quando queremos conquistar um homem, sabe? Aquele arrebatador que convida os homens a nos beijar sem ao menos saber o nosso nome. E para encerrar com classe, eu ergui a mão esquerda e mostrei o dedo do meio. Se ele pensava que eu ia mesmo dar o meu número, estava bem enganado. Eu havia ficado frágil naquele momento? Sim. Passei mal? Sim. Achei que ia morrer? Sim. Mas eu era egoísta. Ele havia cuidado de mim, me "salvara" e até me fez molhar um pouco a calcinha. Mas passou. E certamente aquela era a primeira e última vez que eu o veria. Sai do hotel depois de observar pela ultima vez a sua cara de tacho, totalmente decepcionado. Assim, eu caminhei rumo ao meu Mustang Shelby vermelho de 1967 customizado. Qual é? Achou mesmo que só homem é que tem paixão por carro? Como a minha mãe não permitia aproximar-me dela e sendo filha única, eu acabei me apegando mais ao meu pai. E foi aí que eu cresci apaixonada por carros antigos, motos e futebol. Pois é, eu era artigo raro. E alguns homens até se sentiam encantados por mim quando eu dizia gostar dessas coisas. Olhe, não vou ser mentirosa. Desde pequena eu ficava babando nas pernas torneadas e os bumbuns ostentados dos jogadores. Mas também amo a jogada, os lances perfeitos, os dribles fodas e os gols incríveis.

Prazeres da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora