Prazeres da Noite

♦ Capítulo 6 ♦

Então amiguinhos e amiguinhas, vamos a continuação do elevador com defeito? Esse capítulo será bem empolgante! Foi feito pelo celular, portanto se encontrarem algum erro, avisem-me! Bom domingo!

✤ ✤ ✤

Enzo

Tudo bem. Eu estava acostumado a deixar as mulheres derretidas por mim. Era uma coisa natural que a minha beleza causava nelas. Eu não tinha culpa! Eu sei que sou gostoso e perfeito. É a verdade, garotas. Que posso fazer? Nada, apenas pegar você  e te deixar com as pernas bambas e o fôlego bem alterado. Mas, sempre tinha algumas que se faziam de difícil e ignoravam o deus grego aqui. Era a minoria, ok? Eu sempre tinha a mulher que eu quisesse. E com essa aqui não seria diferente. Eu havia lhe perguntado duas vezes e ela simplesmente fingiu que eu não estava ali. Essa não seria fácil. Mas eu não desistiria. E quando o elevador pifou, eu vi. Aquela seria uma ótima oportunidade para conhecê-la e pegar o seu número. Ei, você não imaginou que eu iria aproveitar essa situação, certo? Bem, se fosse da vontade dela...

Como eu estava do lado dela, senti sua respiração aumentar o ritmo. Não acredito que ela passaria mal logo agora! Como eu conseguiria o telefone dessa deusa? E cara, eu não era homem de cuidar de mulher nenhuma além da minha mãe. O que eu iria fazer? Pense, Enzo. Mas pense com a cabeça de cima, seu idiota.

— Você está bem? — Ok, podem me xingar agora. Eu não sabia como lidar com uma situação dessa! E fazer uma pergunta tão besta assim só provava o quanto eu era um idiota. Lógico que ela não estava bem! Eu escutei um "uhum" bem baixinho.

Não sei explicar mas, senti um aperto em meu peito. Uma estranha vontade de cuidar daquela garota. O que ela estava fazendo comigo? Enzo, você não tem tempo para raciocinar agora. Ela está precisando de ajuda.

— Olhe, nós vamos ficar bem. Concentre-se apenas na minha voz e respire devagar.. Concentre-se na minha respiração.

Cara, que situação louca! Minha mão foi de encontro a sua que estava fria. Céus, não permita que essa mulher desmaie. Por favor.

— Obriga.. Obrigada. — Sua voz era como uma melodia dos anjos soando em meu ouvido. E mais ainda quando saía em um sussurro. Novamente, eu me senti estranho. Sua presença me causava sensações até então desconhecidas. Eu me sentia bem ao seu lado, mesmo que estivéssemos presos em um elevador. Sua mão apertava a minha e eu acompanhava sua respiração.

— Olhe, eu não quero aproveitar dessa situação, mas você precisa se sentar. Eu vou me sentar primeiro e se quiser, pode descansar em meu colo.

O que eu não daria para que ela sentasse em mim, mas em outras circunstâncias. Sentando primeiro, puxei-a gentilmente para o meu colo. Não senti nenhuma resistência, talvez pelo fato de que ela estava mole. É, a desconhecida estava bem mal. Ah, se eu tivesse o dom de deixa-la melhor. Argh, se meus amigos me vissem desse jeito e pensando assim, com certeza me zoariam por toda a eternidade.

— Vamos, você não está sozinha e logo vamos sair daqui. Respire devagar. Eu estou com você. Que coisa mais brega, mas eu faria de tudo para que ela ficasse bem. Com a outra mão livre, comecei a acariciar seu cabelo sedoso e com um perfume bem peculiar. Era um cheiro delicioso, um cheiro de.. Cerejas! Mulheres e a mania de usar produtos com cheiros envolventes.

Eu estava entregue ao seu cheiro e só prestava atenção a sua respiração aos poucos voltando a normalidade. Apoiei meu queixo no alto de sua cabeça e continuei acariciando-a. Se assim ela permitisse, eu perderia todo o meu tempo lhe dando carinho. Droga, ela estava amolecendo o meu coração sem nem ao menos saber o seu nome. Maldito poder que vocês mulheres tem sobre nós. Mas de uma coisa eu tinha certeza. Essa seria a primeira e a última vez.

Eu apenas fiquei com pena dessa mulher impotente que tornara-se frágil devido a um provável medo (Ou seria pânico?) de lugares fechados.

Quem diria que um cretino como eu cuidaria de uma dama sem segundas intenções. O mundo realmente estava acabando.