Prazeres da Noite

♦ Capitulo 2 ♦

Boa noite! Mais um cap. fresquinho de Prazeres da Noite. Espero que gostem! Aguardo seu comentário!

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Enzo

Por incrível que pareça, consegui dormir extremamente bem. Nada de dores de cabeça e tão pouco aquele cretino sonho. Não, eu não posso contar. Esse sonho que tenho desde criança, soaria como uma loucura desse meu cérebro perturbado. Vocês não iriam entender. Ou iriam?

Okay, depois não digam que eu avisei.

Ela era como a perfeição. A criatura mais linda e divina que já vi. O seu cabelo esvoaçava e diante da colina, eu a observava. Seu rosto expressava tamanha dor, que a minha vontade era a de toma-la em meus braços e dizer que tudo ficaria bem. Nenhum mal lhe atingiria. Eu prometo! Como prometi em todos os meus sonhos. O seu longo vestido branco de seda e transparente, me permitia avaliar cada centímetro de seu corpo perfeito. Os seios pequenos, a cintura fina e pernas estonteantes me deixavam sem ar. Seus olhos castanhos transmitiam tamanha solidão e tristeza, que o meu coração batia descompassado. E o final, bem. Eu odiava ele. A minha pequena amada sorria para mim, com os seus lábios sedutores pronunciando sempre as mesmas palavras:

— Salve-me.

A cena a seguir me deixava assustado. Minha garganta se fechava e o pouco ar que me restava, era usado para gritar e pedir que ela parasse. Que eu a amaria de todas as formas e jamais lhe causaria dor. Mas, a dona da minha mente e do meu coração, cometia um dos piores pecados: O suicídio. Correndo, eu tentava agarrá-la para que não fizesse isso. Mas era em vão. Sempre, em todos esses meus 31 anos de vida, era o mesmo fim. A bela morena colocava fim em sua vida. Jamais me senti tão impotente. E bastante suado.

— Droga! Esse sonho de novo. Cara, me deixa em paz! — Eu dizia, como se os anjos, deuses, ou sei lá o quê você acredita, me ouvissem e parassem com essa tortura. E esse era um dos motivos que me fazia dormir pelado, pois, imagine você dormir, ter o mesmo sonho esquisito e acordar todo molhado? É, não era nada agradável.

— Meu amor, você está bem? — Minha mãe batia na porta e eu sabia o quanto ela detestava ficar no vácuo. Como um bom filho que sou, levantei-me da cama e enrolei uma toalha na cintura, pois cá entre nós, pode ser normal a mãe nos ver peladões quando crianças, mas na fase adulta, a coisa fica bastante estranha. E estranha é o primeiro nome dela!

  — Sim mãe, estou ótimo! — Disse, após abrir a porta e me deparar com aquela cara feliz e boba, e os óculos de sempre.

—  Meu querido, você tem que voltar no médico! Não é normal ficar assim e.. – Lá vinha minha mãe com a mesma ladainha de que eu precisava me tratar e blábláblá. Cara, eu era gostoso, não louco!

— Meu bebezinho grande da mamãe, tire essa toalha e deixe-me ver como você está! Não gosto quando você traz certas garotas aqui e fica nessa orgia desesperada.

— MÃE! Não era uma orgia e,  — É. Era uma orgia sim mas, lógico que não ia assumir para minha amada mãe. – Olhe, eu estou bem e você deveria descer para o café, ok? Já já desço.

E assim eu expulsei minha mãe, fechando a porta bem na sua cara.  Yasmin Miller Schneider era a insistência em pessoa! Para piorar, parecia ter um parafuso a menos na cabeça. Mas era a melhor pessoa do mundo. Com um coração imenso e apesar da riqueza, sempre procurava ajudar os necessitados e era isso que me fazia ter tanto orgulho dela. Dei uma olhada no quarto e realmente, tive que concordar com minha mãe. O quarto estava uma bagunça! Eu odiava aquilo, mas infelizmente, eu teria que ficar um bom tempo perto dela. Eu era filho único e por mais que ela não transparecesse, eu via em seus olhos a imensidão do seu luto.

—  É, Enzo. Será que pode melhorar, hein?

Fiquei de olho no espelho, esperando alguma resposta do meu reflexo. E olha que engraçado, esse homem com barba pra fazer, cabelo bagunçado e com chupões no pescoço e no meu impecável tanquinho, não respondeu. Dei de ombros e fui para o chuveiro. Eu precisava de um bom banho. Um encontro ás 22:00 no hotel Luxury arrancou um sorriso sacana de mim e se você pudesse vê-lo, estaria soltando gemidos agora.

Vamos, Enzo. A noite promete.