♦ Capítulo 27 - O Baile de Fantasia (Parte I) ♦

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Katherine Morgan está, digamos que, um pouco cansada. Sabe, lidar com um homem cheio de fogo ilimitado, está acabando comigo. Mas, com um orgulho que me é infinito, jamais admitiria isso para um homem. E mesmo que estivéssemos nus e deitados no chão de minha enorme sala, eu ainda tive tempo para pensar no que aconteceu mais cedo. 

Enzo e Helena? Meu "amor"? Eu sentia uma pontada estranha no meu peito, um sentimento desconhecido, sabe? Eu apenas queria matar os dois.

Acho que mataria a Heleno primeiro, por ser tão cara de pau.

Ou o Enzo, por ter me traído?

Ora, Katherine! Antes de tudo, você quer mesmo falar de traição? O cara nem seu namorado é! E olha que ele tentou! Muito obrigada, consciência. Eu não preciso que me lembre disso. Droga, eu precisava resolver logo isso. Eu precisava mesmo dispensar aquele deus grego?

Sim. Escute a sua intuição.

Tudo bem.

— Mark... Você é muito gostoso. — Digo, e sem nenhum pudor, levanto-me do chão e vou procurando as minhas peças. Vestido? Ok. Peças íntimas? Ok. Mas é lógico que eu não poderia deixar de andar rebolando bem devagar, apenas para atiçar aquele meu nerd garanhão.

— Katherine, Katherine... Se continuar desse jeito, eu serei obrigado a te pegar de jeito e te foder mais uma vez. 

— Eu ia adorar, Mark! Mas realmente, eu preciso resolver alguns problemas.

— Jura que são problemas, Katherine? Ou um certo casal? — Seu tom é irônico, e já consigo sentir no ar o seu ciúme. Antes de qualquer coisa, eu odiava contar o que vou ou deixo de fazer. 

— Mark, me perdoe. Mas eu não preciso te dar satisfações, ok? Somos apenas amigos com benefícios. E nada mais. Deixe o seu número com Annie que mais tarde eu te ligo.

— Okay, meu anjo.

Quem diria, eu dispensando mais uma sessão de sexo para resolver esse problema que está me deixando com dor de cabeça. Assim, vestimos nossas roupas e nos encaramos. Mark me fita com tamanha intensidade que sinto seus belos orbes de um azul como o do céu, me hipnotizar e me levar a outro mundo. 

— Então, até.

— Até, Nyx.

Mark faz questão de me beijar nos lábios, o que, com jeito, eu consigo desviar e beijar a sua bochecha. Mas ele não desiste, e suas mãos param em meu rosto e me obrigam a colar meus lábios nos dele. Eu sei o quanto um homem com pegada me enlouquece. E se eu não o parar agora, eu vou desistir de tudo e agarrá-lo ali mesmo. De novo.

— Vai, Mark. — Reúno todas as minhas forças e o empurro, afastando-o de mim. O que vejo é um sorriso cínico e seus olhos brilharem de uma maneira bem misteriosa. 

— Se é o que quer. Estarei esperando pelo nosso próximo encontro, Katherine.

Mark vai embora e me deixa com a sensação de que fui pega por um furacão. Devidamente arrumada e com o cabelo pós foda igual daquelas personagens de livros eróticos que adoram dizer isso do proprio cabelo, dou a volta na mesa e sento na minha enorme poltrona. Pego o telefone e disco para o ramal de Annie, no qual peço que ela venha até minha sala.

— Kath do céu! Que homem é esse! Ele tem irmão gêmeo? — E aí sou atingida mais uma vez por um furacão. Só que esse, era menor e ruivo. — Ele é tããão gostoso!

— E eu não sei? Mas, o Mark não tem irmão gêmeo. Desculpa, amiga!

— Ah. Eu queria tanto um desse para mim. Eu quero um amor pra vida toda, alguém que me acorde com um café e...

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