Capítulo XV

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Uma Marina alegre abriu a porta, mas ao ver o meu rosto vermelho e os olhos cheios de lágrimas que escorriam aleatoriamente, mudou totalmente a expressão facial.

- L-Li? O que aconteceu? - Perguntou ela.

Eu não consegui falar nada, apenas consegui mexer minhas pernas e a abracei.
Ela me leva para dentro de seu quarto, me coloca sentada na borda da cama, ainda me abraçando. Ficamos abraçadas por alguns minutos, até que ela corta o silêncio.

- Por acaso você está assim por que tem o Dylan no meio? - Perguntou ela a mim, incrível a capacidade dela praticamente de ler meus pensamentos.

Assenti com a cabeça, lágrimas rolaram pelo meu rosto novamente, ela me abraça de novo, achei muito bom ela não perguntar mais alguma coisa, senão eu desabaria em lágrimas só por lembrar.

Depois de uma hora, o meu estômago anuncia vida.

- Vish, estou com fome. - Digo colocando a mão na minha barriga.

- Vamos até a cantina comer alguma coisa. - Disse ela se levantando e colocando uma sandália.

- Ok. - Digo colocando o meu tênis que havia tirado a poucos minutos antes para não sujar a cama de Mar.

Saímos do quarto, até que no caminho encontramos Matt.

- Oi Matt! - Disse Mar.

- Olá meninas! Para onde estão indo? - Perguntou ele.

- Estamos indo para a cantina, nós estamos com fome, só espero não ser bolo de carne, senão já perco a fome. - Falo, os dois riam.

- Tomara. Mas geralmente eles não servem bolo de carne. - Disse Mar.

- Vai saber se esse dia não é hoje. - Falo fazendo uma careta de nojo.

- Vamos logo! Quer nos acompanhar Matt? - Disse Mar, Matt nega.

- Obrigado Mar, mas eu vou ir para a biblioteca, vivo lá mais do que fico no meu quarto. - Disse ele dando uma leve risada. - Tchau garotas! - Disse ele acenando e se afastando.

Acenamos de volta e fomos para o refeitório, o cardápio era o seguinte: Sanduíche integral, suco de maracujá e torta de morango. Fiquei com água na boca, peguei o meu lanche e sentei em uma mesa próxima a janela para ver as estrelas, Mar fez a mesma coisa. Comemos, conversamos bastante, até que olho para o visor do meu celular: 22:00.

- O meu deus Mar! Já é muito tarde! Vamos voltar antes que levemos uma advertência por ficar andando pelos corredores a essa hora. - Digo indo em direção a uma lixeira e jogando o resto de comida.

- Vamos. - Disse Mar coçando os olhos e bocejando.

Fomos até uma metade do corredor juntas, até que tivemos que cada uma seguir o seu caminho. Resolvi conectar meus fones de ouvido no meu celular, comecei a ouvir música distraída, quando alguém tapa a minha boca e me puxa para um lugar escondido do corredor, meus olhos estavam fechados, esperando o pior, mas nada acontece, abro meus olhos devagar e me deparo com um par de olhos verdes me olhando.

- Que susto Luís! Eu quase morri aqui! - Digo tirando os fones de ouvido e o encarrando.

- Me desculpa. - Disse ele.

- Tudo bem, mas não faça isso de novo. - Digo assustada.

- Prometo. - Disse ele mostrando um lindo sorriso.

- Mas então, como me encontrou? Quer dizer, o que estava fazendo aqui a essa hora da noite? - Pergunto.

- Estava de passagem, os garotos sairam para treinar para o jogo, isso já faz mais de 3 horas, fiquei sozinho então resolvi dar uma volta. - Disse ele.

- A bom. Eu vou indo. - Digo, quando vou sair daquele beco, Luís me puxa pelo pulso, colando nossos lábios. Fiquei sem reação, e me deixei levar.

- Mas o que aconteceu aqui? - Digo quando nos separamos.

- Hã... -Disse ele colocando a mão atrás da nuca. - Vou voltar para o meu quarto. Boa noite Liah. - Disse ele saindo dali, me deixando sozinha, digerindo o que aconteceu.

Sem entender nada, volto para o meu quarto, Dylan já dormia, um aperto no meu coração se criou, mas apenas retiro o meu tênis e deito na minha cama. O sono logo vêem, adormeço.

O Idiota do Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora