Capítulo XLVIII

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Liah

Meu coração estava na mão, eu sabia que Allana era maluca, mas não ao ponto de me sequestrar por causa de Dylan.

Deus...

Eu estava com muito frio, o piso gelado me deixava arrepiada, fora que eu não tinha sequer uma blusa ou casaco para camuflar o frio. Encosto minhas pernas no meu peito, junto às minhas mãos em forma de conchinha e tento aquecê-las com a boca, o ar quente trazia um pouco de alívio, mas nada duradouro. Logo ouço Allana falando com alguém ao telefone.

- Eu sei! Mas assim, Eu te passarei o endereço por E-mail, caso você decida vir com "companhia", eu sumi do mapa com ela e você nunca mais saberá onde ela está! Ouviu bem? - Ela diz e ouço alguém do outro lado da linha falar alguma coisa fazendo com que Allana concorde com a cabeça. - Irei te passar o endereço. Até mais. - Ela diz e desliga, digita alguma coisa no celular e após se vira e me encara.

- Logo o teu príncipe chegará. - Ela diz chegando mais perto. - Enquanto isso, aproveite a sua acomodação.

- Você não presta mesmo! Espera eu me soltar daqui sua Vadia! Você me paga! - Grito tentando me aproximar dela, mas as correntes presas aos meus pés não deixam.

- Hahaha. - Ela riu irônica. - Se puder me dar licença, irei me arrumar para o meu Dylanzinho. - Ela se vira e sai pela porta, a trancando logo em seguida.

Maluca!

"Preciso dar um jeito de sair daqui". - Meu subconsciente falava.


Dylan

Allana havia me passado o endereço de onde estavam, tratei logo de chamar alguns professores e falei onde Liah estava, eles acharam loucura da Allana fazer isso, logo pegaram uma Van, entramos dentro dela, Mar, Matt e Luís insistiram para ir junto, dois professores foram junto, decidiram chamar a Polícia, mas para a segurança de Li, pedimos que chegassem lá de surpresa.

Fomos em direção ao local que o endereço apontava.

Eu estava tão nervoso...

E se Allana fazer algum mal para Li?

Eu nunca irei me perdoar.


*-*-*

Quase duas horas de viagem até o endereço, finalmente enxergamos uma casa velha isolada, meu coração estava disparado, cada vez mais chegávamos perto de Li...

Pedi que me deixassem em um local um pouco longe da casa, não poderíamos perder o risco de Allana ver todas aquelas pessoas dentro da Van e fazer algum mal para Li. Corri em disparada ao local, quanto mais eu chegava perto, mais meu coração disparava, Eu precisava salvar Li, ver se estava bem.

Finalmente cheguei.

Abri a porta aos poucos, a madeira velha rangia, a escuridão era forte, meus olhos tentavam se acostumar, e ao entrar em outra porta, pude ver a melhor imagem da minha vida.

- Li!

O Idiota do Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora