Capítulo XXXVIII

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Liah

Estava sentindo uma grande tontura, minha cabeça girava a mil por hora, o que aconteceu?
Ao abrir os meus olhos, um feixe de luz invade a minha visão, fazendo com que eu apertasse os olhos com mais força. Fui levantando devagar, e ao se sentar na cama, percebo que estou em um quarto diferente... e até que por fim lembrei do motivo que estava ali...
Aquilo doía tanto, que até mesmo o meu tornozelo machucado era menos doloroso... por que ele fez isso comigo? O que eu fiz para merecer?

Uma lágrima solitária cai mas eu a trato logo de limpá-la pois percebo que não estava sozinha ali.
Ao lado, vejo uma cama, e nela Luís estava deitado. Tratei logo de me levantar, mas fui uma anta de apoiar todo o peso do corpo no pé machucado, então, caí com tudo em cima de Luís.

- Que Caralho! - Eu grito tentando me levantar de cima dele.

- Calma ai - Ele diz dando uma risadinha.

Ele me ajuda a se levantar, mas por um descuido, eu acabo dando um selinho nele, mas é claro, nossos rostos estavam a milímetros um do outro.

- M-me desculpa - Falo sentando rapidamente na cama que eu estava deitada a poucos minutos atrás.

- Não foi nada Li - Ele se levanta, ficando frente a frente comigo, mas o que ferrou é que o garoto ta sem camisa!

Viro o rosto um pouco envergonhada, afinal, acabei de brigar com o meu melhor amigo e já to vendo outro sem camisa. Ele se senta perto do meu tornozelo, e começa a fazer uma massagem para aliviar a dor, aquilo estava ajudando e muito, pois logo a dor aliviou, quase sumindo.

- Quero voltar para o meu quarto... - Digo meio envergonhada - afinal, logo, logo vai escurecer.

- Mas Li, quando escurecer, todos vão se reunir ao redor de uma fogueira... - Ele diz sentando na sua cama.

- Vou voltar para o meu quarto. Preciso tomar um banho antes - Digo firme.

- Eu te levo então - Ele diz colocando uma camisa que estava pendurada em um ganchinho na parede.

Dou uma risadinha, eu conseguia caminhar agora, meu pé estava bem melhor, ainda doía um pouquinho, mas quem não quer aproveitar uma ajudinha?

Luís entrelaça um de seus braços na minha cintura, enquanto um dos meus braços circulava o seu pescoço. Logo, estávamos a caminho do meu quarto.

[...]

Depois que cheguei no meu quarto, agradeci Luís, caminhei ainda com um pouquinho de dor até o banheiro, desenfaxei o meu tornozelo e fui tomar um banho rápido. Depois, fui até o meu mini guarda-roupa, coloquei uma regata branca, um moletom pois a noite fica fria, calças jeans e calcei meu coturno preto. Não iria enfaixar meu tornozelo novamente, pois ele estava bem melhorzinho. Passei um pouco de perfume e amarrei meus cabelos em um coque frouxo. Pego meu fiel celular, fui desbloquear a tela onde tinha uma foto minha e do Dylan, eu estava nas costas dele fazendo uma careta e ele fazia o mesmo... me bateu uma saudade desse dia e também uma grande tristeza, pois nunca poderia imaginar que ele me usaria para tentar esquecer alguém.

Esquece ele Liah! Sua vida não depende dele!

Com esse pensamento em mente, fui em direção á porta, mas a mesma se abre e vejo Dylan.

Por quê ele tinha que entrar justo agora que eu estava tentando esquece-lo?

Minhas pernas pararam de se mover, fiquei parada ali igual a uma estátua olhando para ele, seus olhos azuis encaravam os meus, mas logo se tornaram frios e sombrios.

- Vai aonde agora? - Ele pergunta, por um momento esqueci que estávamos brigados e até pensei que ele estava perguntando preocupado, querendo saber aonde eu ia e Blá, blá, blá, mas ai pensei: Ops! Ele está sendo só curioso mesmo.

- Vou sair - Me limitei a dizer o óbvio.

Ficamos em um silêncio constrangedor, mas logo eu decido quebrar.

- Vai continuar dormindo no mesmo quarto que eu? - Falo com desdém, afinal, ele poderia voltar para o seu quarto ou até mesmo dormir no mesmo quarto da Vaca, ops, da Allana.

- Vou continuar aqui - Ele diz e eu fico incrédula.

- Depois do que me disse, você acha que vai continuar no mesmo quarto que eu? Não quero mais olhar para essa sua carinha nojenta! - Falo irritada.

- Se você soubesse o porque de eu estar fazendo isso... - Ele sussura tristemente, mas acabei por não entender muito bem.

- Repete - Digo arqueando uma das minhas sombrancelhas.

- Não - Ele diz grosso - Você não disse que ia sair? - Ele fala apontando para a porta.

Apenas me limito a sair pela porta, antes que eu chorasse ou batesse nele por ser tão idiota agora.

Dylan

Mar havia me prometido que não contaria nada do que eu falei à ela para Liah, pois isso seria muito arriscado. Decidi voltar para o meu quarto, meu e de Liah... Tudo isso está me matando por dentro, eu não queria isso, mas...

Não tenho outra escolha.

Ao chegar lá, vi Li, começamos a nossa "pequena" discussão, assim que ela saiu, soltei um grito, eu não quero mais isso! Eu a amo Caralho! Mas por amá-la, preciso mante-la segura... Então qual escolha eu tenho?

Tomo um banho rápido, visto uma calça moletom preta, coloco uma camisa e um moletom e calço meus Hocks. Passo um pouco de perfume e fui em direção a fogueira, pois sabia que todos iriam se reunir lá.

O Idiota do Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora