57. ACABOU

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** Conforme eu havia avisado, houve uma interrupção nas postagens dos capítulos devido à Bienal.**

** No próximo sábado, estarei em eventos em Foz do Iguaçu.**

** Hoje, portanto, serão dois capítulos: o de hoje (57) e o de sábado (58). **

** Espero que gostem! **

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Elas gritaram de raiva; um enorme clarão branco às suas costas fez ambas se voltarem, prontas para a luta, mas não era necessário. O clarão era o Palácio de Senira, que fez sumir primeiro seu Rei agonizante e, em seguida, sua Rainha inconsciente.

O Lorde de Moolna parou diante de Rainha e princesa. Estava ofegante, sangrando por diversos pontos da armadura, movendo-se com dificuldade. Mas a segurança e o brilho de seus olhos claros continuavam intactos.

– Majestade, alteza, acabou. Precisamos passar para providências práticas agora.

Acabou.

A palavra soava estranha.

O piso do Salão dos Tronos estava coberto por mortos, sangue e gemidos. Poucos estavam de pé, ou levantando. O Poder de Durina zunia pelas paredes em relâmpagos e flashes azuis. Os Tronos brilhavam como se a Linhagem tivesse dado ordens de ativação, mas não havia Linhagem neles.

– Majestade, o que aconteceu aqui é inédito, e seus Tronos continuam se comportando de forma anômala. Isso é inquietante.

– O Lorde tem razão, mãe, os Tronos estão ativados! A senhora precisa controlá-los, deixe que eu vejo papai! Mande Durina abrir as portas do Salão!

Ficar em choque era um luxo a que as Linhagens não podiam se permitir. A Rainha olhou o companheiro caído. Ele estava cercado por uma tênue aura azulada, indicando que já estava sob a proteção de Durina. Sua vontade era estar com Sammal; seu dever a empurrava para seu Trono, e foi para lá que ela se transportou. Sentou e brilhou no mesmo azul de Durina, estendendo sua percepção para o Palácio inteiro.

As portas do Salão dos Tronos abriram, exibindo a carnificina para os que estavam do lado de fora. Depois dos inevitáveis instantes de estupefação, eles entraram, procurando ajudar no que fosse possível. Havia mais perplexidade do que lágrimas; infelizmente, atlantes eram um povo muito acostumado com a violência.

Sarah correu para junto do pai, mandando Durina localizar Enrique. Para sua surpresa, o Palácio respondeu que Enrique estava ileso, inconsciente e sob bloqueio, mas se recusou a fornecer sua localização.

(– Mãe!) – assustou-se a garota.

(– Se ele está ileso e sob a proteção de Durina, verificaremos mais tarde onde está.) – A resposta da Rainha veio técnica e distante, mostrando que o contato com o Palácio era intenso. Sarah engoliu em seco. A mãe estava certa. Havia assuntos mais urgentes.

(– Precisa de mim nos Tronos?)

(– Não. Do lado de fora, Durina protegeu bem nossa gente. Cheque Lila.)

Sarah, surpresa, procurou a amiga. Então Senira tinha levado os Reis e deixado sua princesa?! Era difícil não ver a armadura prateada, mas não encontrava Lila em lugar algum. Tentou contato mental. Sem resposta!

(– Com o Lorde de Moolna) – orientou a Rainha, e saiu do contato.

O Lorde estava perto da parede que fora a retaguarda das princesas, e Sarah, alarmada, viu Lila estendida no chão. Correu para lá, vendo o doutor Carl se abaixar com cuidado. Quando os alcançou, ele afastava a mão da face da princesa de Senira. Sem capacete, cabelos compridos esparramados pelo chão, o rosto de Lila estava transfigurado de dor.

Olho do FeiticeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora