115 - ENRIQUE

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Capítulo normal desta vez, gente, não gigantesco!

Mas, para quem estava com saudades de Enrique, 

ele está aqui de novo.

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SARAH RETORNOU A DURINA com o pai e as famílias de Alek e Donasô. Assim que chegaram, Sarah explicou a Alek o que pretendia fazer em relação a Enrique, em especial porque Alek seria sua primeira cobaia para testar sua aptidão ao bloqueio de habilidades. O preposto achou a ideia excelente e colocou-se à disposição para o que fosse necessário.

– Papai já está em contato com o Palácio. – Sarah indicou as portas fechadas do Salão dos Tronos, dentro do qual o pai estava. – Para verificar como o aprendizado deve acontecer. Suponho que, como quase tudo, vai começar com um exame mental meu, para verificar a melhor forma de ajustar minha mente para isso que, afinal, não deixa de ser o desenvolvimento de uma nova habilidade.

Realmente, o Rei Sammal encerrou o contato com o Palácio duas horas após trazendo aquela exata informação: o primeiro item era um exame em Sarah.

– Precisa de mamãe para fazer?

– Não. O foco são áreas mentais específicas de acesso relativamente simples, uma vez que se relacionam com nossa habilidade de Linhagem. Quando solicitei as informações, expliquei ao Palácio o motivo de serem necessárias e o que pretendíamos fazer. Durina aceita sem ressalvas a posição da Linhagem, o que é excelente: não precisaremos fazer tudo sozinhos, como Linhagem; o Palácio vai nos apoiar. E nem preciso dizer que Palácio e Linhagem, trabalhando em sintonia, alcançam resultados expressivos com mais facilidade e menos demora.

– Resumindo, até Durina está de paciência torrada com meu companheiro – constatou a princesa.

– Sim. Faço o exame junto com o Palácio e, logo depois da avaliação, Durina informa qual o melhor modo de iniciar o aprendizado, levando em conta suas particularidades mentais.

– Bom, o que estamos esperando? Vamos ao exame, pai!

DARAH RETORNOU A LIRINEUX.

Denaro e Carl haviam voltado da Ilha do Céu com o relato do caos instalado lá, e todos tinham rido da confusão durante horas, em Senira. E, do ponto de transporte até Lirineux, era mais uma hora e meia. Assim, quando Darah chegou, não foi surpresa o assunto já ser notícia mundial: o doutor Enrique Morales e suas belas acompanhantes haviam se envolvido em uma situação extremamente constrangedora na Ilha do Céu.

Bel, Rafa, Maria Clara e Trovão estavam em frente a três televisores, cada um em um canal de notícias, inteirando-se de cada detalhe e rindo a valer, cercados de refrigerantes, sucos e pipoca. Saudaram o retorno da doutora Darah com muito entusiasmo, perguntando se ela já sabia das novidades. Afinal, ela e Sarah sempre voltavam sem saber de nada que acontecia no mundo!

Darah sorriu.

– Dessa novidade, eu sei. E Sarah também. Decidiu ir para casa com o pai, deve estar aqui em dois ou três dias, no máximo. Assuntos de família.

– Sarah deve ter adorado! – riu-se Maria Clara.

– Doutora Darah, por favor, não me considere impertinente nem nada, mas... Isso foi coincidência? – Os olhos de Bel cintilavam de expectativa ao perguntar. – Quer dizer, é conveniente demais ter acontecido justo agora.

Darah sorriu novamente.

– Não foi coincidência, mas Sarah, meu marido e eu não fomos responsáveis. Soubemos apenas depois que havia acontecido... Quando os encarregados de acabar com o dia de Enrique nos contaram. Sarah está muito bem. Riu um bocado e considerou muito bem feito, como, aliás, todos nós.

Olho do FeiticeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora