(Continuação)

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Julia tinha uma irritabilidade ultra sensível, ou talvez eu apenas tivesse essa habilidade de irritá-la. Num instante estava lá disposta a jogar-se aos meus pés - com meias calorosas - e no instante seguinte permanecia firme fingindo total desprezo pela minha imutável decisão.

- Você é um anormal, sabia? – eu concordei com a cabeça. Eu ser um cara estranho era uma questão que vagava em minha mente todos os dias. Ela me encarou por um breve instante, mas percebendo que eu não iria dizer nada, completou: - Vou sair sozinha então.

            Julia levantou-se da minha cama e saiu do meu quarto com a mesma cara emburrada de sempre.

- Como se eu acreditasse. – sussurrei.

            Olhei mais uma vez para o livro que estava em minhas mãos, ao menos estava decidido a lê-lo até o fim dessa vez.

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