Capítulo 16

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Capítulo 16

Escutei Selena me chamando do outro lado da porta, mas estava muito bom dormir. Só queria ficar mais a metade do dia na cama, só mais quatro horas e eu seria feliz, ou quase isso, mas já seria um começo. A mulher me gritou e bateu na porta de leve, ela apenas me daria mais duas chances depois disso colocaria a porta a baixo de uma maneira nada amigável e a conhecendo ela faria de uma forma bem fácil.

Levantei antes que alguma tragédia acontecesse e gritei dizendo que já abriria a porta. Eu só precisava me vestir antes de fazer isso, Selena não ficaria nada feliz quando eu abrisse a porta pelado. Minhas costas latejavam e eu estava mais do que morto, poderiam até me enterrar.

- Até que enfim, em? – Selena estava parada de braços cruzados quando abri porta, e pode-se dizer que ela não estava nada animada quando me empurrou para o lado e entrou no meu quarto.

- Te convidei para entrar? – Perguntei ainda com os olhos meio fechados.

- Acho que você quer levar mais alguns pontos. – Ela sorriu animada, Selena adora me ameaçar, apesar de não ser muito alta dava conta de qualquer pessoa, era capaz de causar um ferimento sério, ou seja, ameaçar alguém sempre funcionava.

- Não obrigado. - Chutei a porta a fazendo se fechar.

- Deixe eu ver?

- Certo. - Eu realmente não entendia a fissura de Selena por cortes e cicatrizes, era esquisito de mais... Talvez não para ela, já que colecionava cicatrizes. - Mas saiba que isso é estranho. - Tirei a camisa.

- Eu sei. - Ela deslizou os dedos pelo corte. - É, não parece nada bonito, não foi um corte limpo, pedaços da sua pele soltaram. E a pancada deixou um hematoma bem generoso ai.

- Pelo menos não foi no rosto. - Ri colocando a camisa de volta.

- Claro, você odiaria ter esse rostinho lindo danificado. - Selena deu um tapinha em meu rosto. - Eu apenas vir dar uma olhada em você antes de ir e entregar isso. - Ela esticou o braço me entregando alguns papéis com o que eu precisava para fazer os exames. - E claro, os diários da garota morta foram descartados eu os trouxe para devolver para Karla.

- Nada, nadinha de nada nos diários? - Perguntei a olhando.

- Nada importante, escaneamos eles, mas não acho que vai servir de algo. - Ela deu de ombros. - Karla ainda está dormindo?

- Ela já deve estar acordada, ao contrário a afogue se a porta estiver aberta. - Pedi pegando uma jaqueta.

- Por que eu a afogaria? - Selena olhou preocupada.

- É um castigo, toda vez que ela dorme com a porta aberta, ela é punida. - Coloquei a jaqueta. - Não, eu não a afogo, só a assusto, para ver se ela entende que dormir com a porta aberta pode causar sua morte

- Sei. - Ela riu.

- Certo! Agora vai. Boa sorte com a garota. E se eu estiver com uma costela quebrada eu não volto hoje. - A emburrei para porta. - Nos vemos mais tarde.

- E ainda me expulsa. - Revirou os olhos. - Espero que não tenha nada quebrado. - Ela sorriu de um jeito carinhoso e foi embora atrás de Karla.

Peguei tudo o que precisava e sai do colégio em direção a Lake Forest, alguns dias atrás acabei por receber a ligação do joalheiro onde havia deixado a corrente da minha irmã, ele havia conseguido arrumá-la e não havia hora melhor do que aquela para pegá-la.

Apesar da corrente estar em perfeito estado, era visível a diferença do material que ele havia usado, a esperança era que Sammy não reparasse ou não desse a mínima, porque eu estava me importando. Depois de ter pago o trabalho do homem, que apesar de ter usado ouro mais claro do que o da corrente em si, mas que era muito bom, eu acabei por ver algo que achei bem interessante, delicado, mas que com toda certeza ficaria perfeito no pescoço de uma garota. O aniversario de Karla estava chegando, não era?

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