Capítulo 1

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Finalmente!

Pela primeira vez em semanas eu tive uma ótima notícia em minha vida, depois de dois anos.

Dois longos anos, digo de passagem.

Eu teria as minhas adoráveis e merecidas férias.

Parei em frente a porta do meu apartamento o olhei como se tivesse cheirado algo, a melhor coisa naquele momento era poder entrar em casa, deitar no sofá e dormir.

Abri a porta, sorri passando por ela, eu poderia jurar que estava cheirando a mofo, o lugar estava a quase duas semanas fechado, não poderia estar.

Fechei a porta atrás de mim com o pé a fazendo bater e caminhei lentamente até o sofá cinza, joguei-me nele caindo de cara na almofada.

Era bom estar em casa!

Olhei para estante onde havia a TV e depois para o console.

Sorri animado com ideia de poder jogar um pouco para relaxar, mas no momento não sabia o que seria mais relevante, dormi, jogar, ou achar uma mulher por ai!

Provavelmente dormir é minha primeira opção, vinte e cinco horas e quarenta e cinco minutos acordado faz qualquer pessoa passar "o dormir" para o topo da lista do que fazer quando se chega em casa.

Virei para o lado e em minutos já não estava mais consciente.

Minha irmã sempre dizia que eu dormia com facilidade e em qualquer lugar. Até mesmo em pé se tivesse alguma oportunidade.

Acordei babando na almofada do sofá. Precisava fechar a boca quando estava dormindo.

Viviane dizia que sempre acontecia quando eu dormia no sofá.

Virei-me espreguiçando como se tivesse dormido durante horas, mas, na verdade, só foram três.

Tirei meu celular do bolso da calça, olhei o visor que marcava onze ligações perdidas.

Dez eram da minha mãe.

Ela provavelmente queria saber como eu estava, ou acreditava que eu estava em um hospital perdendo a vida.

E apenas uma era de Charles, o que não era nada bom.

Liguei para minha mãe antes de qualquer coisa, ela não gostaria de saber que liguei para meu chefe antes dela.

No segundo toque ela já havia atendido e perguntava tantas coisas que eu não dava conta de responder uma por uma.

- Só se acalma. - Pedi. - Eu estou bem, cheguei há algumas horas. Não, eu não fui para o hospital, eu estou bem mãe. - Mexi nos cabelos andando pela casa.

- Vai entrar de férias? - Sua voz deixou o tom de preocupação.

- Acho que amanhã. - Respondi abrindo a geladeira, dei uma boa olhada nela, havia apenas cerveja e algumas latas de refrigerante.

Por que mesmo eu não tinha água na geladeira? - Não sei ao certo. - Peguei uma lata de refrigerante.

- Sammy quer ir para Califórnia passar alguns dias por lá. Anderson não quer ir e eu não posso passar mais do que uma semana por lá. - Ela estava começando a ficar irritada.

Apesar dos meus pais serem casados, meu pai morava na Califórnia e minha mãe na saída de Chicago em Illinois.

Anderson e Sammy eram meus irmãos mais novos.

Sendo Anderson oito anos mais novo e Sammy dez.

- Mas as aulas já começaram, não? - Perguntei confuso, ela nunca deixaria um dos seus filhos perder mais de dois dias de aula.

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