- Seu filho da puta, o que é que está escrito naquele cartão? - Elevei a voz assim que escutei a voz de Bill do outro lado da linha.
- Bom dia para a madame também. - Bill bufou.
- Bom dia princesa. - Disse irônico. - Agora, por favor, me responda.
- E me faça o favor de não xingar a minha mãezinha, ela gosta muito de você, então não faça isso com ela. Não dê esse desgosto. - Bill estava extremamente ofendido.
- Ok, desculpe. Seu veado, o que está escrito naquele cartão, eu não me lembro de ter dito para você enviar um cartão. - Eu queria muito quebrar a cara dele.
- Você é tão insensível. - Bufou. - Conversei com Vanessa e ela me deu um resumo sobre a garota. Ela é única, certo? No meio de tantos iguais, ela se destaca. Siga o meu raciocínio. "Seja única.". É isso que está escrito no cartão. Junto com "Assim como a rosa vermelha é única no meio de tantas iguais."
Ah, por Deus, ele seguiu meu raciocínio, eu havia dito isso a ela. Como Karla não sacou que quem havia mandado as rosas havia sido eu?
- É, eu segui seu raciocínio. - Respirei fundo. - Obrigado Bill, te pago uma cerveja. - Ele fez um barulho com a boca.
- Me pague outra coisa, Vanessa me proibiu de beber cerveja enquanto eu estiver de férias por conta própria. Não que eu realmente esteja seguindo essa proibição, mas eu não quero que ela saiba disso. Então me pague um whisky. Vanessa não disse nada sobre Whisky.
- É, ela deve ter dito bebidas no geral. Se duvidar você deve estar proibido de tomar até água. - Ri.
- Estou proibido de tomar refrigerante. E nem pense em rir. - Mas eu já estava. - Não que ela saiba, mas já burlei algumas vezes essa regrinha.
- Claro que sim. - Ri. - Eu vou desligar. Obrigado de novo pelo favor, hesite antes de pedi-lo de volta. - Desliguei.
Eu havia pensando a noite toda nas palavras sem sentido de Karla, sobre ela dizer que eu era um problema na sua vida, o que eu não discordava por completo e quando entrei no seu quarto, Karla estava em um drama em sua vida. Ela não sabia se guardava a rosa vermelha no meio de algum livro para secar ali e poder guardá-la para o resto de sua vida. Claro que ela fez um tremendo drama por isso. Para ela deixar de falar no assunto eu disse para esperar mais algum tempo até ela começar a murchar para depois quem sabe a guardar em um livro. Deu certo, mas isso não quer dizer que ela conseguiu deixar de olhar por muito tempo para as rosas na mesa do lado da sua cama.
- Estive pensando no que disse ontem. - Tive a oportunidade de dizer quando ela entrou no banheiro e parou de olhar para as rosas.
- E o que foi que eu disse mesmo?
- Muitas coisas sem sentido. - Respondi. - Pelo menos para mim. Mas que para você faz todo o sentido com toda a certeza.
- É. - Ela concordou e colocou a cabeça para fora do banheiro, apenas um dos olhos estava maquiado e outro estava limpo.
- O outro olho Karla, é estranho.
- Certo. Já volto. - E sumiu novamente.
Escutei algo caindo e ela xingando seja lá o que for, demorou mais alguns minutos e saiu do banheiro, sentou-se na cama o mais próximo que podia de frente para mim.
- Me explique o que está acontecendo, eu não posso ajudar você, mesmo querendo. Você me frustra de uma forma que muitas vezes o que quero é pedir dispensa do seu caso. Você é uma pessoa difícil de lidar e isso pode explicar o porque você me vê como um problema na sua vida. Mas se sou o chato da história a culpa é sua. - Apontei para Karla. Ela inclinou a cabeça para o lado, respirou fundo e me olhou de um jeito esquisito.
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Lake Forest Academy
RomanceCorrer talvez seja a única forma de me manter viva. Que segredos ela guardava e por que estão atrás de mim? Eu não sei, sei que foi morta e talvez eu seja a próxima. Todos acreditam que eu saiba de algo, algo que está colocando a minha vida em perig...