Capítulo 44

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Capítulo sem revisão

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Allan

Karla estava em uma das poltronas quando acordei. Ela parecia bem concentrada no que estava lendo, um dos diários de Clarisse, pelo que eu podia ver.

- Achou algo?

- Ei. - Ela levantou o olhar e sorriu. - Acho que sim. - Voltou os olhos para o diário, o foleou com calma, levantou e veio em minha direção. - Na margem lateral, demorei um pouco para entender. - O colocou nas minhas mãos e ficou observando.

A culpa está me matando.

Pelo menos era isso que eu achava que estava escrito.

- A culpa está me matando? - Karla concordou com a cabeça.

- Demorei longos minutos até entender. - Respirou pela boca. - Sua letra era cruel. As vezes achava que nem ela mesma conseguia entender o que escrevia.

- Que você nunca seja obrigada a ler qualquer coisa que eu tenha escrito em letra cursiva. - Sentei-me na cama enquanto ria. - Mais alguma coisa?

- Acho que não. Não que eu tenha entendido. - Encolhendo os ombros.

- Continue tentando, nunca se sabe o que pode vir na próxima página. - Beijei sua testa. - Agora, vamos procurar algum lugar que tenha comida.

- Graças aos céus. Minha barriga esta dando sinais de súplica por comida.


Tive que gastar longos minutos do nosso tempo, discutindo com Karla sobre meias que ela não deveria usar. Claro que ela rebateu com todo o fervor que uma Sullivan poderia ter, alegando que estava muito frio lá fora. É claro que estava frio, esse não era o ponto. O ponto era que sua meia não aquecia nada de tantos buracos que havia nela. Tudo bem que suas pernas ficavam bonitas ali. Mas ela morreria de frio e precisava de algo mais grosso como uma calça. Mas eu nem eu e nem o vento lá fora a fez mudar de ideia.

E como já havia perdido a discussão de qualquer forma, e ela não trocaria as meias por nada no mundo, eu me joguei no sofá e apenas esperei. O máximo que poderia acontecer era ela demorar algumas horas, mas como estava com fome, duvidava muito que acontecesse.

Quando ela finalmente deu o ar da graça, ainda muito brava comigo, ou talvez apenas irritada... Que seja, não fazia muita diferença, eu só precisava comer alguma coisa antes que meu estômago encolhesse.

- E olha que eu nem rasguei suas meias. - A guiei para fora da casa.

- Duvido muito que estaria vivo, caso isso tivesse acontecido. - Saiu pela porta sem me olhar.

- Vai existir um momento, em que você vai gostar muito da ideia de ter as meias rasgadas. - Dei meio sorriso a observando andar em minha frente e mexendo nos cabelos.

Escutei sua respiração se alterar, mas ela logo entrou no carro sem me dar uma resposta digna, o que me fez acreditar que sua imaginação foi muito mais longe do que deveria.


Meddie é quem estava de bartender. Eu só queria saber quem eram os responsáveis por inspecionar o lugar, porque uma jovem menor de vinte e um trabalhando com bebidas alcoólicas não estava muito certo. Mas não seria eu a denunciar o lugar, não por agora quando precisava ser bem vindo na cidade.

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