Capítulo 47

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Capítulo sem revisão

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Karla estava a beira da piscina, usando apenas uma lingerie preta que seria o suficiente para querer comê-la bem ali mesmo, passado protetor no braços de um jeito desligado. Parecia estar ali no seu próprio mundinho. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo que balançava com o vento. Eu não sei como ela estava ali. A temperatura não era das mais agradáveis para estar seminua.

Seus olhos pararam em mim, e ela sorriu de um jeito cansado. Ela não estava dormindo muito bem. Dormia tarde e acordava muito cedo.

- Pode passar? - Apontou para as costas.

- Claro. - Sentei-me atrás dela. - Vai ficar doente. - Murmurei jogando um pouco de produto nas mãos.

- Só estou esperando a água aquecer. - Suspirou.

- Você não anda dormindo muito bem.

- Estou preocupada... Eu acho. - Mexeu os pés na água. - E uma sensação de ansiedade dentro do peito. Igual quando eu era criança e viaja para casa da minha avó nas férias. - Deu de ombros. - Achei que seu sono era pesado.

- Você coloca os pés embaixo das minhas pernas pra dormir, Karla. É meio impossível não perceber quando você esta indo dormir e quando esta levantando. - Ri. - Meio que fica um buraco.

- Você sentiu falta dos meus pezinhos. - Levantou os braços quase acertando minha cabeça.

- Você esconde as mãos embaixo do meu travesseiro também. - Desci os dedos pela sua espinha. - Ainda com dor lá em baixo?

- Na vagina? - Riu com gosto.

- É.

- Não, só está sensível. - Continuou a rir. - Muito sexo, pra muito pouco tempo. Vai passar.

- Seu corpo vai acostumar. - Murmurei.

- Primeiro fala coisas como "quero te comer bem aqui" e "quero gozar em você sem camisinha", mas não consegue dizer vagina? - Gargalhou.

- Vagina! - Revirei os olhos.

- Vi que arrumou o quarto enquanto eu estava na cozinha...

- Costume. - Ela soltou um resmungo que mais parecia um gato ronronando.

- Você tem algum defeito? - Virou-se para me olhar.

- Tenho. Muitos. Só questão de tempo. - Ri. - Por que acha que me expulsaram de casa?

- Você foi embora por que quis. - Acertou a mão em meu braço.

- Faculdade em outro estado. Fui obrigado a aprender a morar sozinho. Era diferente do colégio interno. Eu levava a roupa suja todo final de semana, sempre tinha comida pronta e a faculdade foi... diferente. Tive que me virar quando fui pra faculdade, e quando voltei pra cidade não deu certo continuar morando com minha mãe. Pelo menos sozinho as coisas funcionam do meu jeito. - Devolvi o fraco a Karla. - Mas as vezes sinto falta, da bagunça dos meus irmãos, principalmente. Não da minha mãe gritando feito uma louca tentando controlar quatro filhos.

- Mas não é tão ruim morar sem os pais, é? – Ela virou-se de frente para mim.

pegou a embalagem colocando um pouco de produto nas mãos e esfregou em meu braço.

- Tudo é questão de adaptação. - Jogou um pouco de produto nas mãos e esfregou meus braços. - Eu sempre fui muito bagunceiro. O Colégio militar ajudou, mas depois de um tempo sozinho eu nem sabia onde estava minha escova de dentes. Depois de um tempo eu entendi que se eu quisesse ter a casa organizada eu precisava organiza-la. E eu fui adaptando tudo ao meu ritmo e minha vida. - Karla passou mais um pouco de protetor em mim. - Quer parar.

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