Capítulo 2

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- Sarah, oque faz aqui?

- Ainda me diz que está trabalhando. - Ela diz e seu olhar é de medo e raiva.

- Oque faz aqui com ele? - Dessa vez grito, atraindo muitos olhares.

- A gente conversa em casa. - Ela diz por entre os dentes.

- Então vamos agora! - continuo gritando.

- Não, eu não saio a semanas, enquanto você vem aqui a sei lá quanto tempo. - Ela grita. - Volte pra sei lá quem e mais tarde conversamos.

- Eu vim a trabalho!

Ela se prepara pra dizer algo mas para, seus olhos vão para algo que está atrás de mim.

Viro e vejo Larissa caminhando na nossa direção.

Merda, agora não.

- Tom, está tudo bem? - Larissa diz com a mão no meu ombro.

Rapidamente viro para Sarah e vejo seus olhos cheios de água. Uma pequena lágrima solitária escorre por seu rosto e ela corre, deixando o local.

Penso em segui-la principalmente porque James tinha ido atrás

- Deixe- a, ela precisa de um tempo. - Larissa diz.

- Termine essa reunião por mim. - Digo e ela assente.

Saio de lá determinado a encontrar minha esposa. O carro dela está lá e James está saindo do estacionamento.

Entro no meu carro e o sigo.

James é ex de Sarah, eles fizeram literatura juntos e mesmo depois que eu e ela estávamos namorando ele continuou tentando voltar com ela.

Sarah sempre foi uma menina inteligente e linda. Não era cheia de frescura e gostava de esportes. Era cobiçada por muitos e são incontáveis as vezes que precisei brigar ou quase brigar com alguém por causa dela. Principalmente com James.

Pov Sarah

Saio correndo do restaurante, ele disse que estava em reunião então eu estava tranquila, mas quando vi aquela mulher, com um corpo perfeito caminhando em sua direção e o chamando de Tom eu fui completamente destruída.

Não havia necessidade de mentir.

Nem peguei o carro, corri pra fora e segui andando pela estrada chuvosa.

Inferno, precisava estar chuvendo?

Minhas lágrimas se misturaram com as gotas de chuva e minha visão já se encontrava completamente embaçada.

Enquanto caminhava ouvi várias buzinas e muitas gracinhas em minha direção. Mas eu não ligava, minha mente estava concentrada na lembrança de seu toque nos ombros dele.

Sabia que nosso casamento não estava perfeito. Mas não imaginava que estava nesse ponto.

Senti vontade de ir a qualquer lugar, menos pra casa.

Precisamos conversar, mas preciso pensar antes, tenho que ter certeza das minhas ações na hora em que estiver cara a cara com ele. E tenho que escutá-lo também.

Vejo o carro de James se aproximar e rapidamente me escondo atrás de um poste. Não estou afim de vê-lo também.
Espero um pouco e continuo a andar. Sabe-se lá pra onde.

Pov Tomaz

Eu não posso acreditar que Sarah saiu de lá com ele.

Nessa altura do campeonato eu preciso me acalmar. Sei que ela não virá comigo se eu estiver nervoso.

Continuo seguindo o carro dele pela estrada e finalmente ele para.

Depois de uns segundos ele sai e vem em direção ao meu carro.

Ele bate no vidro e eu decido que é melhor sair.

- Porque está me seguindo? - Ele diz com a cara mais cínica do mundo.

Minha vontade é de pegar esse nariz dele e torcer até ficar de cabeça pra baixo.

- Pra te estuprar que não é.

- Ela não está comigo. - Oi?

- Como não?

- Ela saiu a pé. Eu estava tentando achá-la.

Seria muito ruim se eu pegasse a cara dele e esfregasse no asfalto.

- Agradeço pela preocupação, mas não precisa mais procurá-la. Eu mesmo a acharei.

- Você acha mesmo que eu quero esta confusão? Eu quero ser um amigo pra ela! - diz com uma cara inocente.

Fingido.

Cerrar esses dentes na calçada seria tão bom.

- Ela está casada comigo! Se quisesse estar com você ela teria ido.

- Ela pode estar casada com você, mas isso a impede de ter amigos?

- Você não me engana James.

- Você está se enganado, eu juro que oque ficou no passado, está no passado.

Meu sangue está fervendo e o babaca sorri. Ele sabe que estou chegando no meu limite.

- Eu só não te cato aqui mesmo, pela Sarah.

Não espero ele responder, viro e entro no carro.

Se conheço bem a Sarah ela só pode estar em dois lugares.

Vinte minutos depois chego no nosso apartamento. Abro a porta na esperança de encontrar Sarah. Procuro por todo apartamento e não a encontro.

Sei exatamente onde ela está.

Só pode estar naquela praça. Costumávamos a ir lá quando namorávamos. É longe, mas mesmo a pé tenho certeza de que é lá que ela está.

Tranco tudo e dou partida no carro novamente, não paro em sinal algum, me viro com as multas depois.

Uns 30 minutos depois estou na praça. Pego um casaco dela que está no banco de trás e saio do carro.

Vou em direção aquele balanço, era seu lugar favorito. Íamos sempre naquele balanço e eu a empurrava.

Caminho em direção ao balanço, já não chovia mais. De longe posso vê-la, e seu estado é de partir o coração.

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