Capítulo 32

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Mesmo com toda a confusão decidi subir ao olhar para os seus olhos...

Subi em silêncio e ele foi logo atrás.

Foi só quando a porta se bateu que eu virei para olhá-lo.

- Antes de qualquer coisa, eu não quero brigar! - disse andando e sentando na cama.

- Não acha que é meio tarde pra isso? - agi de forma irônica.

- Sarah!? Me ajuda! - falou manhoso enquanto retirava a gravata.

- Tomaz, você tem noção do quanto eu estou brava com você? - disse enquanto assistia de forma torturante ele desabotoar lentamente a camisa.

- Eu posso imaginar... Eu sei que vacilei...

- Hmmm - oquê ele disse?

- Sarah?!

- Oi?! - voltei a olhá-lo nos olhos.

- Eu sei que sou irresistível, mas estou tentando conversar com você.

- Tomaz, você não pode permitir que sua mãe controle nossa vida! Quando ela está aqui você muda! Sempre foi assim quando sua mãe te visitava no campus... Você me escondeu por meses até enfrentá-la Tomaz. E se eu não estivesse disposta a ficar com você eu não teria permitido isso... Mas você me prometeu que as coisas seriam diferentes independentemente do que sua mãe queira. - Já estávamos abraçados no meio do quarto, eu não me importava  com o suor de seu corpo, queria apenas resolver essas pequenas coisas que estão acabando com a gente.

- Eu sei, eu sei... Mas você sabe o que eu penso a respeito dessas atitudes da minha mãe Sarah. Enquanto ela está aqui, deixa ela, ignora porque ela logo vai embora.

- É o que eu tenho tentado fazer Tomaz, mas a Laryssa foi a gota d'água.

- Do que está falando?

- Da sua mãe preparar um almoço para a sua Secretária na minha casa.

- Sarah, minha mãe não teve nada com isso. - Oquê? - Eu convidei a Laryssa, na verdade nem sabia que minha mãe estava preparando o almoço.

Meus olhos já encontravam-se cheios de água, soltei-me de seu abraço que havia se tornado desconfortável.

- Sarah... Ela é apenas minha secretária. - Disse enquanto prendia meu cabelo. - nada mais que isso. Ela é trabalho.

- Tomaz!? Vá a merda! - disse entre os dentes. - Bati a porta com tudo deixando o quarto.

Catei minhas chaves e coisas na sala mas já podia ouvi-lo chegar.

- Sarah-  disse se aproximando.

- Não toca em mim! - recuei. - Você é um grande bebezão da mamãe acostumado a ter tudo o que quer, do jeito que você quer! Sinto muito se nós plebeus não temos a mesma capacidade mental que vocês,  mas é que nós costumamos pensar! - coloquei a bolsa no ombro - Idiota!

Sai e corri para o elevador, não queria dar chance para ele me alcançar.

Quando a porta se fechou eu perdi toda a minha pose. Fui até o carro e me tranquei lá, desabando logo em seguida em tantas lágrimas que eu não parava de soluçar.

Mesmo com a visão embaçada por causa das lágrimas dirigi com pressa.

Os minutos eram torturantes.

Quando cheguei tentei parecer melhor o possível, peguei tudo e tranquei o carro.

Toquei a campainha e aguardei, estava forçando para não chorar mais.

- Já vai! - era super tarde, mas nessa casa não se dorme cedo.

Meus olhos estavam super vermelhos e inchados, mas procurei sorrir.

- Quem está aqui a essa hora ein? - o portão se abriu. - Sarah?

- Oi mãe!

Pov Tomaz

Merda! Merda! Merda!

Como ela pode ser tão cabeça dura?

Quando alcancei a maçaneta Lana me travou.

- Deixa ela, ela precisa respirar e você precisa pensar um pouco.

- Que pensar oque? Ela não precisava sair desse jeito! - fui rude.

- Ela está magoada Tomaz, nada importa se você não dizer oque ela precisa ouvir.

Mesmo tendo pouca idade Lana neste momento parecia entender muito mais do que eu a respeito do que estava acontecendo.

Sentei para ouvi-la

- Em primeiríssimo lugar... - disse sentando ao meu lado. - Como você se sentiria se chegasse em casa e Sarah estivesse te esperando jantando com o James?

- Não, merda, não! - Lana estava me deixando nervoso, talvez essa conversa não seja uma boa ideia. - Ela não faria algo assim - tentei me acalmar.

A verdade é que se James sonhasse em entrar aqui haveria sangue e provavelmente morte.

- Se você se colocar só um pouquinho no lugar dela já sabe que ela tem sim motivos para estar brava. - talvez Lana tenha razão. - E sem contar que desde que eu era mais nova eu não ouvi 1 vez sequer a mamãe falar algo construtivo pra relação de vocês.

Eu realmente estava prestando atenção, fazia sentido.

- Tomaz - Lana colocou as duas mãos no meu rosto de forma dramática e me deixou com um bico extremamente exagerado. - Está na hora de decidir se o seu futuro é com a sua mãe ou com a sua esposa.

Levantou e foi em direção as escadas.

- Mas convenhamos... - parou para olhar-me. - Você é um bebezão da mamãe!

Lana subiu rapidamente.

Suas palavras ficaram em minha mente.

O meu futuro vai além do colo da minha mãe. Eu casei e agora outra mulher está no controle do meu coração... A verdade é que no final é sempre pra ela que eu vou correr e é dela que eu preciso.

E eu sei exatamente o que eu preciso fazer...

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Hellooooooo amores!

Perdoem o pequeno atraso, minha rinite está super atacada então eu não passo 5 minutos sem espirrar ou tossir.

Oque acham que Tomaz vai fazer?

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