Capítulo 6

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- Oque faz aqui? Como me achou?

- Eu... Queria saber como você está.

- James, não, por favor, sai daqui.

- Sarah, eu estou tentando ser seu amigo, quero seu bem, oque aconteceu florzinha- ele costumava a me chamar assim na faculdade.

- Entra. - digo e dou espaço, quando ele está de pé me observando, não suporto e desabo em lágrimas, ele corre até mim e me abraça.

- Não florzinha, não chora.

Ficamos ali abraçados, e sim eu ainda confio nele nesse ponto, ele sempre foi um ótimo amigo.

Nos sentamos no sofá e começo a contar tudo pra ele.

Pov Tomaz.

A minha angústia não me permitiu dormir.

Pego o celular com a esperança de ter uma mensagem dela, porém deparo-me com várias da Larissa.

Reuniões remarcadas com sucesso.

Tom, você vem amanhã?

Como vão as coisas? Resolveram?

Tom, o investidor marcou uma reunião logo pela manhã e disse que tinha um aviso importantíssimo.

Tentei adiar, porém ele avisou que não seria possível.

Tom?

- Larissa. - dou uma risada. - quanto caso ela cria.

Obrigada Larissa, sei que fez seu melhor. Amanhã estarei ai no horário, sim está tudo bem fique tranquila, quando chegar quero relatório do dia e minha lista de compromissos.

Levanto-me apressado e me visto, faço um lanche rápido e pego minhas chaves.

Vou em direção ao apartamento, não posso ficar longe, por mais que eu tente, eu a amo, tanto.

Entro na esperança de encontrar minha princesa, mas ela não está.

Talvez ela esteja melhor com isso do que eu.

Ela ainda me ama?

Eu não sei, mas sei que ela ainda não se foi, então quer dizer alguma coisa.

Mas se ela quer tempo vou dar esse tempo a ela.

Deixo o apartamento com uma enorme vontade de ir a casa do Dr. Collins para saber sobre ela.

Volto para o hotel e deito na cama novamente, voltando a mesma tortura de antes.

Pov Sarah

- Calma flor, ele ama você! Você o ama! Tudo vai ficar bem!

- Obrigada James. - ele está sendo um ótimo amigo, não tentou nada. Suas palavras correm na minha mente

Confia em mim florzinha, eu voltei melhor! Quero seu bem agora, talvez quem sabe eu e Tomaz sejamos amigos um dia?

Eu sei que errei muito com você, mas estou disposto a concertar cada um deles, eu quero seu melhor!

Eu sei que será difícil acreditar em mim depois que te abandonei, mas podemos mudar o passado e esquecê-lo por mais que não vá casar comigo né... - diz com uma cara de bobo. - poderemos ter uma linda amizade.

- Que tal um filme e sorvete? - ele sugere.

- Seria legal.

Não me sinto mais desconfortável com sua presença.

Peguei o sorvete e ele escolheu alguns filmes.

Sentamos na cama com as costas apoiada na cabeceira. Mantemos uma distância saudável e assistimos Frozen, sim, bem infantil, mas foi legal.

Após o filme continuamos tomando sorvete.

- Flor, deixa eu falar uma coisa.

- Diga Jhay.

- Sabe, é que eu conheci uma mulher incrível. - seus olhos brilhavam ao falar dela. - E ela é tão linda e inteligente.

- Nossa, conta mais. - nesse momento parecíamos dois adolescentes.

- Ela está lá em Londres, conheci quando fui. - seu olhar se entristece,mas volta a brilhar. E ela disse que quando terminasse viria pra cá.

Sorrimos com a notícia.

- Que máximo!

-Sempre sonhei em formar uma família. Você sabe, casar, comprar uma grande casa e ter filhos. - por um momento imagino como seria se eu tivesse casado com James, seria completamente diferente.

Acho que Tomaz não quer filhos, ou talvez não agora, ou talvez nem comigo.

Fico imaginando. Como será que ele está agora? Estaria ele com Larissa?

Engulo a bile que sobe com as imaginação deles juntos e tento esconder minha tristeza e angústia por Tom e pela história dos filhos.

-Ai, sujei minha blusa. - ele me acorda dos meus pensamentos e me faz rir com sua careta.

- O banheiro é logo ali, você pode se limpar lá. - aponto para a porta no fim do quarto.

- Volto quando limpar isso. - Ele ri e sai.

Vou até a cozinha e guardo oque sobrou do sorvete, tomo um copo de água e me limpo. Olho as horas e são 01:45.

- Jhay, já viu a hora? - grito.

- Que horas são?

- Quase duas.

- Nossa! Preciso ir, não estou conseguindo dar um jeito nesta camiseta.

- Bom, termine logo.

- Sim senhora.

- Vamos parar de gritar ok?

- Ok!

Gargalharmos.

Como a hora passou rápido, James precisa ir e eu preciso dormir.

Dou uma leve arrumada no quarto e arrumo minhas coisas no pequeno sofá, coloco as chaves e carteira de James na mesinha.

Foi bom ter um amigo por perto, me senti como uma adolescente e foi divertido.

Como será que Tom está? Será que sente minha falta da forma como sinto a dele?

Lavo a louça e levo um susto ao ouvir o som frenético da campainha.

Corro para atender antes que acorde algum vizinho.

Abro a porta e deparo-me com o olhar marejado de Tomaz, ele entra no quarto e fica a poucos centímetros de mim.

-Tomaz, oque fa...

Sou interrompida por sua inesperada atitude, ele dá um passo até mim e envolve minha cintura com uma de suas mãos, com a outra segura minha nuca e me puxa para si. Entramos em um beijo urgente e de saudades, nossas línguas estavam em sintonia enquanto ele caminhava me empurrando para trás.

Suas mãos agora se revezavam entre minha cintura e quadril distribuindo carícias.

- Tom, oque faz aqui? - Digo em meio ao beijo.

- Saudades.

- Mas não se passaram nem 24 horas.

- Eu tentei, mas é impossível dormir sem você ao meu lado.

Sorrio e voltamos a nos beijar, sinto minhas pernas tocarem na madeira da cama e antes que caia nela, somos interrompidos pelo barulho da porta do banheiro se destrancando.

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