Capítulo 40

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Sua mão livre colocou meu cabelo atrás da orelha, eu já estava completamente atraída por ele.

Logo após sua mão foi para o meu queixo, mantendo-me olhando pra ele.

Meus olhos se fecharam novamente e meu coração estava super acelerado e pude sentir que o dele também estava.

Quando finalmente sua boca tocou a minha nossos corpos sozinhos fizeram o resto.

Erámos puro desejo e vontade, êxtase e saudade.

Rapidamente sua mão estava na minha nuca me deixando presa a ele e as minhas revezavam em seu pescoço ou puxando levemente seus cabelos.

O calor nos impulsionou a ficar mais perto, parecia que íamos entrar um dentro do outro e ainda assim estaríamos distantes.

Logo saltei para seu colo e com apenas um braço ele continuou me apoiando.

Eu quase não podia mais respirar, porém eu não me importaria em me sufocar desde que eu esteja ali, com ele.

Lentamente ele me levou até a beira da cama e antes de cairmos juntos nela ele sussurrou em meu ouvido.

- Se não pararmos agora, vamos perder o filme.

- Só mais cinco minutos, eu só quero beijar você.

- Sinto sua falta aqui nessa casa, nesse quarto, nessa cama...

- Eu sinto sua falta todos dias.

- Então volta Sarah, não há nada que eu queira mais que ter você.

Quando finalmente conseguimos separar nossos polos opostos corremos para o carro, o trânsito estava tranquilo então chegamos bem rápido.

Ainda encontramos tempo para comprar vários salgados e doces para durar o filme inteiro.

Entramos na sala de cinema antes de começar os trailers. Estávamos assistindo Assassin's Creed*

Tomaz não era muito fã, mas eu sempre gostei muito do gênero.

Foi uma loucura convencê-lo a assistir Star Wars. Pelo menos pelos heróis ele já tinha o gosto.

Não houve muito momento de romance para nós durante o filme, oque o fez me cutucar e implicar comigo durante todo o tempo.

Mas só de deitar em seu ombro e segurar firme em sua mão eu estava feliz.

Ai! - reclamei após receber um peteleco na orelha.

Sua risada mesmo baixa era contagiante.

- É isso que ganha por não escolher um filme em que eu possa te agarrar.

- Você é um filho da mãe!

A sala não estava muito cheia já que lançou mês passado, então ele conseguiu me roubar uns beijos no final.

Após o filme comemos uma pizza maravilhosa e dividimos um milk-shake.

- Você gostou do filme? - perguntou enquanto andávamos para o carro

- Sim! Foi maravilhoso!

- Fico feliz que tenha gostado.

- Mas a melhor parte foi poder dividir esse dia com você.

Neste momento ele parou para me olhar, sorriu de forma encantadora e beijou o meu rosto.

- Você é incrível! - Tomaz aproximou-se de mim e novamente me embalou em um de seus beijos demorados.

- E como está o trabalho? - seu rosto mudou.

- Você quer mesmo falar sobre o trabalho? - engoliu seco

- Bom... Só se estiver tudo bem pra você. - respirou fundo e voltou a sorrir.

- Bom... Estamos quase fechando um contrato que promete elevar muito os lucros. As negociações estão complicadas, mas vamos ver no que vai dar.

- Eu sei que vai conseguir,  você é maravilhoso e não vão perder essa oportunidade. - apoiei

- E como estão as coisas na editora?

- Tudo igual, muita leitura, algumas reuniões... Um novo escritor surgiu e acho que seus livros vão revolucionar. Ele é jovem e escreve bem, se trabalharmos direito, ele vai longe.

- Ótimo! Quero saber qual é o dia em que você vai colocar as historias dessa cabecinha linda - disse cutucando minha cabeça. - para fora e deixar o mundo se emocionar.

- Ah, isso... Eu não sei se devo publicar...

- Mas você tem um talento excepcional!  Você não pode guardar isso pra sempre.

Sorri.

Um enorme engarrafamento impediu com que chegássemos depressa. Já passavam das 20 e ainda estávamos um pouco longe.

Estava demorando muito e em meio a toda essa entediante espera, apaguei.

Pov Tomaz

O dia não poderia ter sido mais perfeito.

Cada minuto com Sarah só me fazia amá-la mais.

O jeito de falar, os pensamentos loucos, a inteligência, a voz, o cheiro e até o andar dela era atraente.

Eu não sei como ela pôde ter se apaixonado por mim.

Mesmo que ela não saiba, ela pode ter qualquer cara.

Não há quem não se apaixone pelo seu jeito doce.

Mas eu fico feliz que ela tenha me escolhido para amar, é uma honra poder tratá-la como meu bebê.

Ela estava tão linda dormindo, não tive coragem de chamá-la.

Estávamos na porta da casa de sua mãe. Com todo o cuidado a retirei do banco e a levei para dentro.

Sua mãe me recebeu com um sorriso carismático.

Entrei no quarto sorrateiramente, todo esforço para não acordá-la.

Depois de colocá-la na cama deixei um beijo em sua testa, em seu nariz e em seu queixo.

Já estava de saída quando ouvi sua voz levemente rouca.

- Hey, você já vai?

- Sim princesa, descanse e amanhã nos falamos.

- Você poderia ficar aqui?

:-* :-* :-* :-* :-* :-* :-* :-* :-*:-*:-* :-*

*Nos EUA o filme estreou no dia 27 de dezembro. Ficção Científica.

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