Aos poucos a cadeira se virou, por mais que houvesse se ajeitado era evidente que havia chorado
Ela não disse nada, apenas respirou fundo e aguardou com que eu falasse.
Não seria tão simples. Eu não conseguiria vendo-a chorar.
Dei a volta na mesa e segurei em suas mãos e puxei direto para o meu abraço logo em seguida.
Que abraço maravilhoso! A última vez que havia ganhado um daquele foi no meu primeiro dia na Universidade.
Ela estava frágil.
- Não fica assim mãe... - acariciei seus braços - Estava na hora dele.
- Eu não vou conseguir! A empresa, a casa e Lana ainda crescendo, é demais pra mim!
- Bom... Se a senhora achar que é válido, Lana poderia ir comigo. Iria aliviar as coisas.
- Mas ela é minha filha.
- Não precisa ser para sempre, apenas por agora, seria bom até pra ela recomeçar.
- Eu... Eu não posso deixar você levá-la.
- Pensa mãe, organize suas ideias. Meu vôo sai amanhã após o almoço, até lá cuidarei para que ninguém a incomode. Aproveite para conversar com ela, seria bom que ela opinasse.
Ela apenas assentiu, dei um beijo em sua testa e a solto saindo logo após.
Ao sair confesso que meu coração estava um pouco partido. Vê-la daquele jeito, eu nunca havia visto ela assim.
Chegando no quarto Sarah estava dormindo, ela estava arrumada e linda. Seus cabelos um pouco caídos no rosto e os pés calçados com um vans pra fora da cama.
Vê-la assim me faz lembrar do porque eu escolhi ela pra mim. Além de encantadora ela tem uma juventude que nunca morre.
Age e se veste feito uma adolescente. No fundo ela é apenas inexperiente e inocente e é exatamente por isso que eu tenho a obrigação de cuidar dela.
Valeu a pena cada discussão com a minha mãe. Ela foi a melhor missão que Deus me deu. E eu a amo!
Pov Sarah
Acordei e percebi que já estava claro. Eu não tenho a menor ideia de quanto tempo dormi. A única certeza que tenho é que Tomaz não dormiu aqui.
Ao julgar por meus pés descalços e meu short desabotoado sei que ele esteve aqui, mas não ficou.
Alcanço meu celular na cabeceira e são 4:30. Levanto relutante e vou até o banheiro. Faço minha higiene matinal e saio do quarto em busca do meu marido.
Depois de percorrer cada cômodo o encontro na biblioteca.
Ele estava sentado na pequena mesa. Sua cabeça repousada nos braços ao lado do Notebook e do celular.
Passou a noite trabalhando.
Olhá-lo me faz sorrir.
Sua dedicação ao trabalho e tentar sempre esconder o cansaço. Sair comigo mesmo tendo passado o dia todo estudando. Cochilar no cinema. Boas lembranças. Como eu o amo!
- Vai ficar aí me olhando parada? Como uma doida? - ele me assusta. - Se recupera do susto e coloca aquele sorriso lindo no rosto de novo.
Ele me deixa sem graça sempre que quer. Meu rosto não deixou de queimar quando voltei a sorrir. Caminhei até a mesa e sentei-me de lado no seu colo.
- Se você continuar vermelha assim serei obrigado a realizar as devidas providências. - ele sussurrou no meu ouvido logo após dar um beijo em minha testa.
Suas palavras certamente me envergonharam ainda mais e pra matar a ansiedade que estava me dando dei-lhe um beijo.
Parecia que eu não o via a séculos. Estava tão bom ali. Infelizmente poderíamos ser flagrados por minha sogra que me odeia. Oque me fez parar.
- Oque você fez a noite inteira?
- Eu fiquei resolvendo umas coisas pra minha mãe. Falei com ela a respeito de Lana e achei melhor ajudá-la para que ela pensasse.
- Você é um filho maravilhoso! - disse e dei um beijo no canto da sua boca. - Mas acho que precisa descansar.
Ele concordou comigo e juntos arrumamos as coisas. Peguei um livro e passamos pela cozinha para pegar um café.
Subimos e ele fez questão de se deitar no meu colo.
Acariciei seus cabelos e tomei meu café enquanto lia o livro. Sabia que horas haviam se passado quando alguém bateu na porta do quarto.
Tomaz despertou e ao entrar Davi anunciou:
- Dna Laura convoca o Sr. Tomaz para uma reunião de família.
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Outra Vez...
RomanceSarah e Tomaz são jovens e se casaram a 1 ano e meio. Após esse tempo de convivência juntos, descobriram que talvez tenha sido um erro. Agora oque fazer? Voltar a vida de solteiros ou voltar a perfeita vida de recém casados?