Capítulo 15

5.4K 424 7
                                    


Quando a girafa de salto chegou em sua frente não pude me conter.

Uma leve insegurança e um amargo na garganta surgiram.

Não que eu não confie no meu taco. Mas ela é tão alta, tão linda, tão perfeita...

Audreen, a ex melhor amiga mais falsa e siliconada da história!

Não durou nem 2 anos na Stanford.

Ela e Tomaz eram muito apegados até o dia em que ela tentou beijá-lo na minha frente. Jurando amores por ele.

É claro que minha sogra preferia ela ao invés da estudiosa garota simples.

Meus pensamentos foram interrompidos por Lana, me abraçando com seu encantador sorriso. Um pouco forçado, mas ainda era encantador.

- Eu sinto falta dele... - ela quebra nosso longo silêncio.

Era como se não houvesse mais ninguém ali, como se eu pudesse sentir sua dor.

- Eu sei pequena, mas vai passar... - confesso que olhar pra ela não estava sendo fácil e achar palavras é quase impossível. - Deus sabe de todas as coisas.

- Eu sei, eu sei... Mas dói tanto! - pude ouvi-la soluçar. - De tanta gente ruim, porque o meu pai?!

Ela grita e viramos alvo de todos os olhares.

Ela chora alto e esse é o único som que reina. Todos estavam em silêncio nos observando.

Seu corpo amolece e caímos juntas de joelhos no chão.

Aquele pequeno choque doloroso se instala junto com o latejar. Uma pequena lágrima de dor me escapa

Enquanto sua cabeça permanece em meu pescoço, meus olhos percorrem o salão em busca de ajuda.

Ele não está aqui.

Engulo a bile que sobe pela minha garganta.

Joe vem até nós e pega Lana em seus braços colocando-a sentada numa cadeira em seguida

Me levantei e a dor fez minhas pernas fraquejarem.

Joe foi rápido me segurando. Com um braço me apoiou pelo cotovelo e com o outro me apoiou pela cintura.

As pessoas permaneciam imóveis com exceção de algumas que tentavam despertar Lana.

Joe me puxou para mais perto para me ajudar a caminhar ao mesmo tempo em que Tomaz cruzou a porta

Pov Tomaz

Merda! Merda! Merda!

No momento em que meus olhos avistaram aquela cena, toda dor sumiu de dentro de mim dando lugar ao ódio.

Eu não irei causar um escândalo, por mais que essa seja minha vontade.

Me aproximei de minha esposa e de meu primo o olhando fixamente.

Paro na frente dos dois e para disfarçar olho apenas para ela.

Eu preciso manter a calma!

- Oque aconteceu? - falei mais calmo ao ver medo em seus olhos.

- Lana desmaiou então caímos.

- Dói? - digo olhando em seus olhos e acariciando seu queixo

Ela me olha confusa, esperando que a bomba dentro de mim se exploda a qualquer momento e depois assente.

- Obrigada Joe! Pode deixar que eu a levo... - digo puxando Sarah para mim. - Poderia fazer o favor de levar Lana para sua cama?

- Claro primo! - ele sorri e vai em direção a minha irmã.

Ele mudou muito, mas será impossível esquecer todas as namoradas que ele me roubou.

Peguei Sarah no colo e a levei para o meu antigo quarto colocando-a na cama e tirando seus sapatos .

Então explodi.

Pov Sarah

Meu coração se acelera o vendo quebrar um abajur.

Ele não se conforma e quebra também o espelho

- Tomaz , para! - grito ao vê-lo andar até sua coleção de bonecos favorita.

- Tomaz, para! - novamente em vão.

Ele perde os sentidos quando está com raiva.

- Tomaz! - grito me levantando devagar.

Vou mancando atrás dele, eu não posso deixar que ele destrua algo que tanto ama.

Quando estava perto de alcançá-lo piso em um estilhaço.

- Tomaz, ai... - choramingo.- me ajuda, por favor...

Então ele sai do transe e se vira para mim.

Ele olha tudo ao redor e depois para mim e meu pé.

- Sarah, você tá bem? - ele vem até mim e me coloca novamente na cama. - Eu preciso tirar esse caco de vidro daí.

Ele vai ao banheiro e volta com algodão e álcool.

Limpa as mãos e ensopa um pedaço de algodão, tira o vidro e cobre rapidamente

Abafo os gritos com o travesseiro ppr causa da ardência.

- Me desculpa - ele diz sério.,

Me levanto e o vejo sentado na beirada da cama como de costume.

- Não aconteceu nada de mais lá em baixo. - digo abraçando suas costas. - ele apenas me ajudou.

- Tá!

- Mas aonde você estava?

Um breve silêncio prevaleceu

- Eu... - ele está estranho. - Eu estava...

Ouvimos leves batidas na porta...

Outra Vez...Onde histórias criam vida. Descubra agora