1° sinal de ciúmes

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Eu esperei ele me mandar uma mensagem. Quando a recebi, peguei o bálsamo e fui correndo pra casa dele.
- Você veio mesmo né bonequinha.
- Claro.
Ele estava sem camisa, o que deixava o seu peito totalmente definido à mostra. Eu me sentei no sofá e ele também, de maneira que ficou de costas para mim. Eu peguei um pano e molhei com água, fui dando leves batidinhas com o pano em seus cortes. Depois vi que em sua nuca haviam quatro cortes, repeti o processo, e fiz o mesmo em seus braços. Quando terminei fui para o outro lado do sofá de modo que ficamos frente a frente um para o outro, enquanto eu passava o pano molhado em seu peito, percebi que ele ficava me observando, e isso me incomodava pois tirava a minha atenção, então eu parei o que estava fazendo, levantei o olhar e disse:
- O que foi garoto?
- Nada, agora não posso mais olhar você?
- Não. Não enquanto eu estiver fazendo alguma coisa ... ah esquece.
Terminei de molhar todos os cortes e pedi pra ele deitar no sofá de com o peito para baixo, então despejei um pouco do bálsamo em suas costas e fui espalhando com a mão. Fiz a mesma coisa em todos os lugares onde ele havia sido cortado. Coloquei curativos apenas nos cortes da sua nuca, pois eram menores.
- E então, como está se sentindo?
- Bem melhor. Isso arde! - diz ele apontando para um dos cortes mais longos do seu braço.
- Claro que arde.
- Mas, - diz ele mudando de assunto - porque você fez isso?
- Isso o quê?
- Sei lá, você veio cuidar de mim. Você poderia me deixar sozinho aqui e eu daria um jeito.
- Me dever é proteger você, - repito as palavras dele - até depois da morte.
- Valeu a pena aquele cara ter me cortado.
- Por que?
- Porque, talvez, eu nunca teria escutado isso de você.
Eu fiquei meio envergonhada.
- Ok, - eu disse de cabeça baixa - nós dois precisamos dormir. Amanhã tem aula.
- Verdade. Boa noite.
- Boa noite - eu disse abrindo a porta.
Fui para casa e apenas me joguei na cama , eu estava exausta, então acabei dormindo.
Hoje eu acordei mais cedo que o habitual, coloquei uma roupa justa, falaram que hoje terá tiro ao alvo, finalmente vou aprender a usar uma arma.
Peguei a minha carteirinha do CT e fui pra casa do Patrick.
Cheguei lá e não o vi andando pela casa, então lembrei que ele gosta de ficar no telhado, então irei que passar pelo quarto dele, bem eu não queria passar, fui andando em direção ao quarto bem devagar, então percebi que ele estava largado no sofá. Me aproximei dele e vi que ele dormia, ele fica tão fofinho dormindo, peguei uma cadeira e fiquei observando ele, então ele foi acordando e levou um susto tão grande quando me viu que o sofá virou para trás.
Eu não consegui me conter, comecei a rir feito uma retardada enquanto ele se levantava e fazia o mesmo com o sofá.
- Meu Deus! - Ele disse colocando a mão no coração - Pensei que fosse os capangas do cara que eu matei, já que o ser humano que está na minha frente está vestido de preto , né Srta?
- Ai ... - eu disso rindo e sem fôlego - isso foi hilário.
- Pare de rir, isso não foi engraçado. Afinal porque você estava me vendo dormir? Não lembro de contratar nenhum guarda-costas particular.
- É, eu sou tipo isso pra você agora.
- Hoje vai ser aula de que bonequinha?
- Tiro ao alvo.
- Que ótimo.
- Vai se vestir Patrick.
- Tá, que saco.
Eu amarrei o meu cabelo e fiquei lendo um livro sobre guerras, o interessanteé que ele dá dicas e fala de várias táticas que serão muito bem vindas num futuro próximo.
Até que eu percebi que o Trick, estava falando com alguém pelo telefone.
Ele terminou a ligação e veio para a sala.
- Quem era? - Perguntei.
- Ah, era a Karen.
KAREN? Oi?
- A Karen?
- Sim, ela queria saber se eu estou disponível hoje à noite.
- E ... você está?
- Por que quer saber? - ele perguntou confuso, mas depois fez uma cara de esclarecimento - Não acredito ...
- No quê senhor pegador?
- Candel você está com ciúmes!
- Claro que não!
- Ah está sim, - ele disse fazendo cocégas em mim - está estampado na sua cara.
- E se eu estivesse, você é meu irmão agora, então desde o momento que nós criamos laços familiares você deve me contar tudo. Absolutamente tudo.
- Aham, ok, vou fingir que acredito em você senhorita cabelos de fogo.
- Pois deveria acreditar senhor cabelos de ... ah esqueça, não tem como comparar seu cabelo com nada.
Ele riu. E fomos para o carro.

Protegendo a NaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora