Espiões

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Arrumo as minhas coisas e bato na porta que divide os quartos.
- Pronto?
- Espera, ainda falta umas coisas.
- Patrick. Todos já foram. Você trouxe as armas né?
- Sim, estão no porta malas.
- Perfeito, quando você decidir terminar tudo me avise.
- Ha ha há. Que engraçada você Candel. Pronto. Podemos ir.
- Graças...
Ele pagou o hotel e dispensamos os funcionários. Levamos as malas até o porta malas, as guardamos e carregamos os revólveres e peguei outras duas facas.
- Um revólver e uma faca pra você, e outro pra mim.
- Acho que já entendi, podemos ir embora agora Logan.
- Tudo bem Susan.
- Odeio esse nome.
- Por que?
- Por que sim, e pronto.
- Entra logo quatro olhos.
- Há, olha quem fala. - digo e entro no carro, ele entra depois.
- Podemos trocar no meio do caminho? Não vou conseguir dirigir até lá.
- Você ainda está abalado com a morte ... - eu não sabia como me referir a mãe dele.
- Um pouco... - Seus olhos azuis estão apagados, tristes, qualquer um vê que ele não está bem.
Depois de duas horas, quase chegando em Sarvena ouço um barulho e uma dor no braço.
Eu grito de dor.
- ABAIXA CANDY!
Eu abaixo.
- Tá doendo... - digo com os olhos embassado.
- Que merda, atravessou o vidro... Tenta sair do carro.
- Mas e você...?
- Eu vou sair também.
Abro a porta e rolo até a calçada. Entro em um beco e espero ele, que aparece minutos depois.
- Posso ver?
Balanço a cabeça.
- Ligar para... Davis.
Ele liga para todos e dá a nossa localização. Ele rasga um pedaço da camisa fina e amarra no meu braço esquerdo.
- Você é destra, ainda bem, tome essa faca.
Pego a faca da sua mão.
Ele tenta descobrir o que está acontecendo.
Os outros chegam pela parte de trás do beco armados.
- Vamos voltar para o carro e descobrir o que está acontecendo. - diz Patrick e começa a andar.
Todos seguem ele. Caminhamos até o meio da rua. Então cinco homens de preto nos cercaram.
- Espiões. - Diz Alex baixinho.
Patrick atira em um que cai, os outros começam a atirar e nós nos dividimos, vi um atrás de Alex e cravei a minha faca na cabeça dele com meu braço direito e o esquerdo ficou latejando de dor.
- Obrigado...
- De nada Alex.
Tudo fica em silêncio. Nos juntamos de novo.
- Eu, Myla, Candel e Davis matamos um espião, certo? Ou alguém matou o quinto, por que se não, temos um...
Ouço tiros, vejo o último espião na frente do prédio laranja ao lado do carro. Contei os tiros, três, depois outro da arma de Alex, que mata o espião, viro para a esquerda e vejo a camisa regata branca de Jeff perfurada e ensopada de sangue.
- Não... não... não... - Cinder sai correndo e pousa a cabeça dele no seu colo, Linda corre até eles e segura a mão do irmão. Também me junto a eles.
- Cindy... pequenina... eu ainda sou sua dupla... - ele vira para Linda - Desculpe por tudo... você sabe que eu te amo... apesar de tudo - Linda chora feito uma criança, seguro sua outra mão - Candy... cuide de todos para mim...
- Pare de falar isso, pare de falar assim... - digo atordoada.
- Eu... Eu... não posso evitar... - sua pele gelada me assusta, seu rosto cai para o lado.
- NÃO! - Cinder grita chorando. Linda chora muito, seus cabelos estão grudando no seu rosto, Mason senta perto dela e a consola, eu estou em choque, nunca fui tão próxima dele, mas lembro que Patrick era, ele era seu primo. Olho pra ele. Ele enxuga poucas lágrimas.
- Trick eu...
- Não fique preocupada comigo, fique com Cinder. Mas a deixe sozinha agora.
- Tudo bem. Mas eu também fico preocupada com você, ele era seu primo...
- Era... Ele não devia ter morrido... foi tão rápido... tão... tão... - ele se senta na calçada com as mãos na cabeça, segunda morte na família dele apenas essa semana.
- Vou falar um pouco com Cinder, não faça nada, fique aqui. - digo e vou até Cinder, ela ainda está perto do corpo de Jeff, Linda soluça demais, parece que está morrendo, mas eu sei que um pedaço dela morreu.
- Cinder... - Ela me abraça e começa a chorar de novo - Calma eu sei que ele te ajudou, sei que ele foi uma pessoa legal com você... - eu começo a chorar porque lembrei que ele sempre manteve Cinder viva.
- Candy, eu não sei se vou aguentar isso, não quero ver ninguém morrendo...
- Nem eu...
Já estava escurecendo. Percebemos que a cidade que estamos é abandonada. Eu, Patrick e Cindy fomos no carro de Jeff. Depois de duas horas chegamos no prédio onde o presidente se escondia.

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