Ficamos andando por uma pracinha.
- Faz dois dias que estamos aqui... - digo quebrando o silêncio.
- Sim, um dia você acha que sua irmã morreu, eu lhe digo que não. No outro, hoje, você me diz que minha mãe morreu... - seu tom de voz fica embargado.
- Odeio ver você assim. Dê um sorriso.
Ele dá um sorriso, aquele que eu acho mais espontâneo e sincero, mas seus olhos, dizem o contrário, eles estão perdidos, em um mundo paralelo.
- Você não está bem...
- Não mesmo. - ele responde - Mas você também não pode dizer que está em sã consciência. Você quase pulou de uma janela por... - ele para e fala baixinho - mim ...
Fico calada.
- Você já fez isso antes. Não é?
Não respondo.
- Candel, você já tentou se suicidar. Por que?
- Porque eu não queria sofrer com comentários bestas, sabia que entrei em depressão? Tive alucinações em alguns dias? eu quase fui internada...
- Eu também faria isso, e sei que eu fiz esse mal a você. Mas por que você tentou se matar de novo? Eu não te machuco mais... Eu jurei te proteger para sempre...
Eu não consigo responder. Meu rosto fica quente. Ele começa a rir.
- Bonequinha você não está... - ele ri mais uma vez - Não acredito... Candel você gosta de mim?
Meu rosto cora. Eu saio correndo em direção ao hotel. Ele vai atrás de mim sorrindo, entro correndo e aperto o botão do elevador, antes de ele entrar no hotel eu entro no elevador e fecho a porta. Corro para o meu quarto e me tranco no banheiro, ele tem a chave da porta, mas não a do banheiro. Eu não quero falar sobre isso com ele agora.
- Ligar para Alex.
- Oi?
- Alex! Precisamos voltar, a guerra já está chegando em Sarvena.
- Amanhã, pode ser?
- Sim. E o Trick descobriu tudo.
- Você se ferrou, tente ignorar...
- Não dá, ele me perguntou se eu gosto dele.
- Diz a verdade ué.
- Não, não consigo ver a pessoa que me machucou apaixonada por mim, não faz sentido.
- Candel, você vai lutar ao lado dele, e ele pode morrer...
- Nunca mais repita isso. Vou tentar ser sincera,mas não prometo nada. Obrigada por tudo Alex, amo você, como amigo, viu?
- Sim, eu também te amo, como amiga.
- Idiota.
- Tchau, a Myla está tendo um ataque aqui no quarto ao lado, pensando que eu estou falando com uma soldada que ela não conhece...
- Tchau...
Desligo o fone e abro a porta do banheiro. Ele não está lá. Abro a porta do quarto e fico olhando para a varanda.
- Ligar para Cinder.
- Oi?
- Oi, sou eu Susan... Vamos voltar amanhã, ok?
- Sim, Alex me ligou, mas obrigada mesmo assim. Tenho que desligar... Jeff está mal, ele começou a vomitar ontem, nem dormimos direito, eu tive que cuidar dele.
- Deseje melhoras a ele por mim.
Desligo. Fico olhando o sol se pôr. Depois de longos dez minutos, tudo escurece, me levanto e me viro para voltar para o quarto, mas Patrick está na porta.
- Você ainda não respondeu minha pergunta.
- Eu não sou obrigada a nada, você acha que eu vou responder a sua pergunta?
- Claro que vai, senão eu me entrego para o exército tessianico.
- Vá então!
- Claro, só não se jogue do trigésimo quinto andar, entendido?
- Entendido.
Eu abro a porta, mas antes de entrar ele puxa meu braço.
- Responde... Por favor...
- Não.
- Por favor!
- Não!
- Ok... - ele começa a gritar para o nada - Ei eu não sou daqui e eu estou aqui apenas para ...
- Tá! Eu respondo! Mas Cala a boca!
- Então Susan Ritrers você me ama?
- Não.
- É apaixonada por mim?
- Não.
- Gosta de mim pelo menos?
- Como amigo.
- Tá brincando criatura. Não cheguei a esse ponto para você me jogar na friendzone. Tudo bem, tudo ótimo. Vou ali cortar meus pulsos. Falou Candel.
- Você não vai cortar nada, e esse não é meu nome. - faço uma cara feia pra ele - Vai me deixar passar?
- Não.
- Minha mãe morreu, você não sabe o que é se sentir assim, então a não ser que você queira me ver acabado, me responda.
- Você fica feio acabado.
- Mesmo?
- Mesmo. - ele me beija.
Empurro ele.
- Eu disse que isso não pode se repetir, príncipe Patrick!
- Shhhh, que príncipe o que?
- Fique longe de mim até chegarmos no CT.
- CT? Vamos voltar para...
- Sim! Mas não vamos para o CT, vamos para... Você sabe...
- Quando?
- Amanhã, então esteja em perfeito estado amanhã.
- " Susan" minha mãe morreu! Eu não estou e nem vou ficar em perfeito estado! Você sabia que ela ficava no meu quarto todas as noites, aí quando fiz uns 13 ou 14 anos fui para... Enfim, eu sofro com a falta dela, você acha que eu fiquei como ontem? "Susan" é a minha mãe...
- Eu sei, pelo menos você teve mãe, eu não. Quando penso que ainda vou achar minha mãe, surge uma irmã do além e diz que ela morreu, sabe como eu me senti?
- Não...
- Então, se controla, não pira. - entro no quarto. Bato na porta que divide nossos quartos.
- Sarvena precisa de você... inteiro.
Imagino o sorriso que se formou em seu rosto.
- Ligar para Patrick.
- Oi?
- Se eu descobrir que você está falando com outra pessoa eu te mato.
- Isso é um sim para a minha pergunta?
- Qual?
- A segunda...
- Talvez...
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Protegendo a Nação
General FictionEstou sendo treinada para guerrear à favor do meu país. Fiz amigos. Inimigos. Mas pouco me importo com a opinião dos outros. Conseguiremos vencer os outros Países? Estou com medo. Mas preciso esconder minhas emoções. Eu posso não ser a melhor luta...