A Batalha parte 1

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Passo o resto da noite andando com Patrick no pequeno jardim do nosso vizinho, ele até colocou o óculos, ele diz que faz isso para que eu não me sinta diferente. Aproveito cada segundo, podem ser os últimos, ele me deixa na frente de casa.
- Até amanhã. - digo com a testa colada na dele, tentando esquecer todos os pensamentos negativos.
- Até amanhã. - ele diz fechando os olhos.
Ele me beija e eu aproveito o momento, até Myla abrir a porta, com seu humor de tédio e sarcasmo.
- Êê, entra logo ruiva. - Ela diz me puxando pelo braço e fechando a porta na cara de Patrick.
- Nossa Myla, o que foi isso?
- Amanhã temos uma batalha e você fica aí se pegando com o Patrick? Eu que te pergunto o que foi isso? Vamos dormir porque amanhã poderá acontecer coisas que não poderemos reverter.
Vou para o meu quarto e tento dormir, sem sucesso, depois de três horas consigo cochilar um pouco.
***
Carrego todos os revólveres, junto o máximo de armas como, machados, lanças, facas, arcos, flechas, espadas e canivetes. Distribuo as armas para todos e entramos no carro, todos ficam alertas a qualquer movimento suspeito. E a viajem se torna mais desgastante. Quando chegamos uma multidão de soldados e protetores estão no centro da cidade, na praça central, o presidente me vê e diz:
- Menina, você chegou, vamos, vá para frente da multidão e humilhe eles com um discurso intimidador.
Eu me assusto, eu não preparei discurso nenhum, e eu vou para a linha de frente? Como assim? Mas apenas assinto e vou até o início da multidão, no caminho falo para o grupo:
- Tentem se misturar, mas não fiquem longe, de um a cinco metros de distância um do outro no máximo, quero lutar e poder ver vocês. Ou vocês acham que eles vieram fazer mesmo um acordo de paz?
Eles não respondem. Chegamos no início da multidão, vejo um mar negro na minha frente, centenas de espiões. Um deles, acho que seu líder começa falando:
- Vocês são tão ingênuos... Acordo? Nós não fazemos acordos, nós roubamos, coisas e vidas e...
Um prédio atrás dele explode o esconderijo central, com certeza, dou um sorriso sarcástico.
- Acho que nós também roubamos vidas. - digo, pego uma metralhadora e começo a atirar. Muitos espiões estão desarmados, alguns soldados vão para a minha frente, afim de proteger o grupo. Patrick está a um metro de distância de mim. Atirando contra os espiões. Minhas balas acabam, solto a metralhadora e pego um revólver que está atrás do colete a prova de balas, e continuo a mirar nos vultos pretos, vejo um soldado na minha frente atrapalhando a minha visão, percebo que é Davis.
- Davis o que você está fazendo?! Não fique na linha de frente!
Ele não me escuta e avança mais, eu o sigo atirando no máximo de espiões possíveis. Um espião salta em cima de mim e caio com tudo no chão, devagar desembainho a minha faca e rolo para o lado, fazendo ele cair, cravo a faca no seu peito, e pego a arma que ele segurava. Procuro Davis, acho ele um pouco longe a minha esquerda, protegendo Melanee, corro, mas já é tarde, um espião atira na cabeça dele e ele desaba, Melanee fica em choque e paralisada olha para o corpo de Davis, e num piscar de olhos um espião a acerta com um pedaço de ferro na cabeça, fazendo o sangue escorrer pelos seus cabelos enrolados, tomada pela dor, eu corro até lá e atiro com as duas armas, uma em cada mão, e acabo com todos os espiões que cercavam eles, me abaixo perto dos corpos, beijo os meus dois dedos da mão direita e fecho os olhos de Melanee e Davis, me levanto rapidamente não é hora de sentir dor, corro atrás de Patrick, já estou no meio da multidão, o vejo lutando contra dois espiões, vou ajudar ele, acerto uma faca nas costas de um e o outro tenta atirar em mim, mas eu me abaixo e atiro na barriga dele.
- Candel... Ele não acertou você... Mas acertou Mason...
Me viro e vejo Mason no chão no lugar onde eu estava, não posso fraquejar, não agora, não posso, toda a minha dor se transforma em raiva e eu saio correndo até a linha de frente, matando todo o ser móvel de preto, nesse momento eu não sentia, ou escutava algo, apenas via e matava, e não me importava ao ver as minhas roupas e mãos sujas de sangue.

Protegendo a NaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora