Patrick me carrega para um beco e eu permaneci imóvel em seus braços.
- Ele morreu? - pergunto engasgando de vez em quando.
- Sim, - ele diz calmamente - ele morreu, na verdade, todos eles morreram, minha bonequinha.
Ele me faz sentar na calçada de um beco pouco iluminado, muitas pessoas também estão ali.
- Mas eu estou aqui, e Myla também. - Ele continua. Myla se senta ao meu lado e trás dois cobertores nas mãos. Ela se enrola em um, e eu e Trick dividimos o outro, eu não conseguirei dormir, não com a pilha de nervos que eu estou sentindo.
Espero Myla dormir para conversar com Patrick.
- Acho que deveríamos voltar pra casa...
- Depois de tudo que passamos? De jeito nenhum.
Ele passa a mão pelo meu ombro.
- Tem razão, mas minha irmã morreu nos meus braços... Minha irmã... gêmea...
- Você está certa, mas não podemos abandonar tudo na altura do campeonato.
- Mas... você viu? Você viu a cabeça de Alex explodir diante dos meus olhos? Eu não tenho mais força mental e sentimental pra isso.
- Mas tem força física, tem a mim também, você acha que eu estou bem? Eu vi meus amigos morrendo Candy, isso não é normal.
- Desculpe, eu sou muito egoísta, nem perguntei sobre você.
- Eu não me importo, eu sei o quanto dói, mas sei que você aguenta.
Balanço a cabeça e deito no ombro dele e acabo cochilando.
***
Ouço murmúrios, abro os olhos alertas e vejo que todos estão em pé segurando suas armas e correndo para a praça, se é que eu ainda posso chamar aquilo de praça, acordo Patrick e Myla, pego armas e saio correndo.
Vejo que são muitos a nossa frente, eles atacam, e eu sem pensar duas vezes saio atirando balas e facas, vejo um soldado desajeitado atirar e acertar Myla sem querer. Tampo a boca com a mão, não posso pirar agora, eu me lembro das marcas que marcam meu corpo, eu não sou uma garota qualquer. Saio atirando em todos eles, até que uma onda de espiões nos cercam do lado direito e do esquerdo eu estou no meio da multidão, Patrick está muito exposto, eu entro em pânico, procuro um arco e acho umas flechas, atiro no máximo de espiões que consigo, sei que são poucos que morrem, mas não desisto, atiro com uma metralhadora que encontrei no chão, hoje os espiões estão armados. Procuro Patrick, não o acho, faço a maior besteira da minha vida, corro para trás para procura - lo acho ele e atiro nos espiões ao seu lado, ele está sangrando muito, desvio o olhar para poder me concentrar mais nos espiões, mas não consigo, corro para ajudá - lo, por um golpe de loucura tenho a idéia de carrega - lo a um lugar seguro. Quando coloco seu braço sob meu ombro, ele cai para frente com força e me leva junto, meu rosto bate no asfalto com força, levanto a minha cabeça e vejo um machado em suas costas, deito a cabeça no asfalto e olho uma última vez para aqueles olhos azuis com manchinhas verdes, começo a chorar, me arrasto um pouco e beijo o canto de sua boca, não posso parar, chorando me levanto e quando estou de joelhos, sinto algo me perfurar, olho para o meu peito e vejo a ponta de uma lança, então alguém puxa ela de volta me fazendo sentir uma dor absurda, caio devagar, e a dor pulsa ferozmente dentro de mim, minha vista embassa, eu caio novamente ao lado de Patrick. A aparência dele me faz lembrar dos outros corpos que vi, os corpos dos meus amigos, dos meus verdadeiros irmãos, lembrei de cada sorriso, cada abraço, cada palavra reconfortante, cada olhar, cada momento, os planos, as aulas, os treinos, vai ver Alex tem razão o amanhã é melhor do que esse presente, olho mais uma vez nos olhos dele, lembro das nossas intrigas da escola, de quando cuidei dele, da nossa amizade, de como conseguir me apaixonar, do nosso juramento, dos nossos momentos felizes, momentos que ele me acalmava, momentos que eu o acalmava, dos nosso plano de nós casarmos um dia, de quando, na pracinha, ele manifestou a vontade de ter filhos, de cada Beijo, de cada toque, e agora... Agora não posso mais nem ver ele novamente, minhas lágrimas, as últimas que sobraram não me deixam vê-lo, nem um pouquinho, nós não poderemos mais nos casar, nem ter filhos, nem rever nossos amigos, o que não daria mesmo se estivéssemos vivos, não teremos um beijo de despedida, não sentiremos a pele um do outro, nem o calor de um abraço novamente, vai que um dia estaremos todos juntos, mais uma vez, vendo os filhos de Mel e Davis correndo atrás dos nossos, Linda grávida, Cinder sorrindo, acho que já até consigo ver, todos nós, de branco, sem nenhum mal para acabar com a nossa felicidade, mas isso é apenas um pensamento feliz, que pode não ser real, mas de uma coisa eu tenho certeza... Eu vou te proteger até depois da morte... Eu vou te amar até depois da morte... Meu amor...
FIM.
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Protegendo a Nação
General FictionEstou sendo treinada para guerrear à favor do meu país. Fiz amigos. Inimigos. Mas pouco me importo com a opinião dos outros. Conseguiremos vencer os outros Países? Estou com medo. Mas preciso esconder minhas emoções. Eu posso não ser a melhor luta...